Senhoras e senhores, o ano de 2020 está
oficialmente encerrado. Já no novo ano vamos para o último fechamento mensal e
dessa vez o post é especial.
Esse post é composto por três tópicos: Fechamento
mensal de dezembro, análise da carteira em 2020 e "Metas de 2020: Projetado vs. Realizado.
Não haverá o já quase que tradicional comentário de algum assunto ou notícia como
eu vinha fazendo.
Agora vamos para o que interessa.
FECHAMENTO DE DEZEMBRO/2020
Quando novembro terminou eu acreditava
que seria muito difícil um mês tão bom ser seguido de um mês também muito bom,
entretanto acabei sendo surpreendido por um dezembro acima das expectativas. A
carteira entregou uma rentabilidade de +1,09% no mês, fiquei extremamente
satisfeito com o resultado.
Nesse mês eu não aportei nenhum
valor, claro, tal como no mês de novembro isso não quer dizer que não sobrou
nada do meu salário, o que eu fiz foi destinar todo o valor para o meu “Fundo
de Gastos Pessoais”, entretanto ainda não sei se vou conseguir gastar mesmo
esse “fundo” ou vou acabar revertendo-o para investimentos, é algo que vou
decidir em janeiro.
ETF’s: O
IVVB11 continua como o único que eu tenho em carteira, nesse mês ele apresentou
valorização positiva e por mais que minha estratégia não envolva a análise técnica
de ativos, ele tem oscilado a maior parte do tempo entre R$ 205 e R$ 211, entretanto
esporadicamente surge algumas oportunidades abaixo dos R$ 205. A análise técnica
não é algo que me aprofundo e não uso para fins de definição de investimentos.
Eu continuo gostando do ativo pela combinação de “dólar + S&P500”.
Ações: Um
mês bacana para a carteira. Quero destacar o setor bancário, com Itaúsa e Bradesco
entregando “data-com” e voltando a pagar dividendos como se espera desse setor tradicionalmente
generoso nos proventos, o Conselho Monetário Nacional vai decidir no primeiro
trimestre se vai liberar os bancos para distribuir mais dividendos. A Sanepar é
um sinal de alerta na carteira, e foi um balde de água fria no final do mês,
pelo que entendi o governo do Paraná liberou o aumento da tarifa de consumo,
porém ela veio muito abaixo do que se esperava, pois, a tarifa foi represada
por muito tempo na pandemia, pelo que entendi o órgão responsável por autorizar
os reajustes vai considerar o impacto do reajuste menor em 2021 nos próximos
reajustes, é ver para crer.
FII’s: Continuam
todos andando de lado. Aqui não tem muita novidade, eu continuo não acompanhado
de perto nenhum dos meus fundos e tenho uma dificuldade imensa em escolher
ativos para a carteira, entretanto gosto da baixa oscilação e do dinheiro
pingando.
Renda Fixa: Os
títulos do Tesouro performaram bem durante o mês, entretanto estou começando a
ficar preocupado com a inflação e o populismo econômico, se o governo continuar
com medidas populistas e se prorrogar os gastos extras com a pandemia acho que
a inflação vai subir e ainda não sei se é no dólar ou no IPCA+ que vou encontrar
uma boa proteção, quem sabe não seja em um fundo de IMAB+5? Enfim, satisfeito
com o resultado do mês, mas preocupado com o futuro.
Vida Profissional:
Dezembrão chegou, as demissões aparentemente cessaram, fala-se na rádio peão
que vai começar um novo ciclo de demissão no começo desse ano. No cotidiano no
trabalho, é a correria tradicional de final de ano, com dias muito
estressantes. O resultado principal das demissões é que a carga de trabalho de
todo mundo aumentou bastante. A empresa vai aumentar a cobrança por resultados
maiores nesse 2021, espero que o facão continue longe de mim.
Vida Pessoal: Sem fatos
relevantes.
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ANÁLISE
DA CARTEIRA EM 2020
Eu imagino que isso surpreenda
muitos de vocês, pois é, sou um “jovem idoso” e minha carteira é composta
principal de Renda Fixa.
Hoje eu tenho 76% dos ativos
em Renda Fixa, sendo que 63% está em pós-fixados e 13% em pré-fixados. Isso
é fruto do saldo da minha carteira nos anos anteriores que basicamente tinha
apenas ativos de renda fixa, a primeira diversificação que eu fiz foi comprar
títulos pré-fixados e só finalzinho de 2019 é que entrei de vez na renda variável.
A Renda Variável, representa
aproximadamente 24% da minha carteira. As ações somam 11%, os Fundos
Imobiliários são 6%, o ETF é 7% e os Fundos Multimercados somam menos de 1%.
É por essa característica de ¾
em Renda Fixa que eu tenho oscilações menores de rentabilidade, ao mesmo tempo
em que isso limita meus ganhos isso também me garantiu tranquilidade em épocas
mais conturbadas como o auge do pânico nos mercados em março.
Vamos dar uma olhada mais de
perto na minha carteira de ações?
Hoje 36,5% da carteira de
ações é composta pelo setor financeiro, a maior parte por Itaúsa, é difícil
para mim imaginar minha carteira sem esse setor, é sólido e paga bons dividendos.
É seguido por outro setor bom pagador de dividendos e estável, Utilidades Públicas,
com 33,5%, dominado pela Taesa e pela Sanepar em menor grau, a grande curiosidade
é que aqui estão às duas únicas ações da carteira com rentabilidade histórica negativa
(Sanepar e Engie Brasil). Os outros setores somam apenas 1/3 da carteira de
ações, ali estão ações que não comprei por dividendos e sim pois eu acredito na
capacidade de entrega de resultados de longo prazo, em especial o setor de Saúde,
que hoje é muito pouco representativo na minha carteira e eu acho que tem um bom potencial para o
longo prazo.
Agora os fundos imobiliários:
Aqui eu já falei que não entendo muito nas nuances do setor, a maioria destes fundos acabei comprando pela característica principal do fundo e pelo DY. Eu confesso que talvez alguns deles não sejam os queridinhos do mercado em gestão e qualidade de ativos, e que pode haver opções melhores, mas na época que eu comprei eu considerei adequados e não pretendo vender.
Abaixo uma tabela com o DY
Médio nos últimos 12 meses de cada Fundo Imobiliário, essa não é a média de
recebimento da minha carteira e sim a média do fundo, resolvi trazer aqui para
vocês terem uma ideia de como eles tem pagado:
Agora vamos dar uma olhada nos
Proventos e Dividendos que efetivamente eu recebi nesse ano, vamos usar o meusdividendos.com
que é por onde controlo o desempenho da minha carteira de renda variável:
Em 2019 foi quando eu comecei
a investir em renda variável, entretanto fiz as primeiras compras apenas no
finalzinho do ano e com isso não consegui receber nenhum real de dividendos.
Em 2020, os dividendos começaram
a pingar aos poucos e depois começaram a criar um ritmo bacana de crescimento. O
total de R$ 919,13 recebidos é quase 88% do valor do salário mínimo vigente, ou
seja, o meu esforço para economizar um pouco de dinheiro me trouxe quase um
salário mínimo extra, é gratificante saber dessa informação, pode parecer pouco
no pinga-pinga, mas no conjunto da obra é um valor bem bacana.
Por último, vamos conferir
como o desempenho da carteira no acumulado de 2020 se compara com alguns indicadores:
A carteira entregou 4,9% de
retorno nesse ano, é mais do que o CDI, o Ibovespa e a Inflação, ou seja, acho
que é algo para se comemorar, não sou nenhum gestor profissional e acho que acabei
“vencendo o mercado” se comparar com alguns indicadores de referência.
O curioso na rentabilidade é que os 4,92% de 2020 é praticamente idêntico aos 4,93% entregues em 2019, acho que foi uma coincidência interessante.
É isso... está feita a análise
da carteira.
METAS
DE 2020: PROJETADO VS. REALIZADO
1.
Aportar R$ 26.958,00 ao longo dos 12 meses.
OK. Consegui
aportar R$ 38.137,67 ao longo dos 12 meses, com um detalhe importante, só não consegui
entregar um valor maior, pois destinei no final do ano uma quantidade muito
significativa para esse “fundo de gastos pessoais”.
2.
Alcançar uma rentabilidade de 5,50% no
ano.
A rentabilidade
foi de apenas 4,92% nesse ano. A pandemia deu uma boa segurada no desempenho, e
a exposição ao CDI que simplesmente despencou muito mais do que o que eu
projetava também prejudicou o desempenho dos pós-fixados.
3.
Alcançar um patrimônio de R$ 172.458,00.
OK! Consegui
fechar o ano com R$ 184.984,10, o que é muito mais do que o projeto, na
realidade, a meta do patrimônio tinha sido entregue ainda em setembro. Eu
confesso que cheguei a pensar no auge da pandemia que não ia conseguir chegar
na meta.
4.
Buscar melhorar meu relacionamento
interpessoal.
Não
acho que consegui melhorar significativamente, é uma coisa que tenho que
persistir melhorar e principalmente com pessoas que não conheço, sei lá, é algo
que incomoda.
5.
Melhorar meu desempenho no trabalho.
Acho
que melhorei meu desempenho, tenho desenvolvido novas atividades, porém ainda acho
que estou abaixo do que eu espero de mim, melhorei? Sim, mas ainda não acho que
cheguei no que considero como ideal. De qualquer forma seria injusto não
considerar esse indicador como entregue.
6.
Fazer algum curso, certificação,
pós-graduação ou idiomas.
Acabei
fazendo um curso no começo do ano que foi extremamente útil para o trabalho.
Infelizmente a pandemia (e a procrastinação) não ajudaram a tirar do papel
pós-graduação ou idiomas.
7.
Realizar uma bateria de exames básicos de
saúde.
Eu já
tinha feito no ano anterior e repeti nesse ano. Os resultados foram em geral
muito positivos, fiquei satisfeito.
8.
Fechar 2020 com um peso abaixo de 78kg.
A
pesagem de quarta-feira (30) indicou um peso de 77kg, durante o ano oscilei no
peso dentro da faixa de 76kg-78kg e acho que é o patamar confortável para o meu
peso, não fiz academia e nem esportes, o meu IMC está dentro do que é
considerado como normal.
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Desejo um excelente 2021 para todo mundo, sem dúvidas o último ano foi difícil e espero que todos fiquem bem e prosperem nesse novo ano.
As metas de 2021 eu estou definindo e devo divulgar no próximo post.
- IMPORTANTE: Esse é um blog de cunho pessoal, nada do que escrevo aqui deve ser levado como recomendação de investimento, estou apenas compartilhando minhas experiências e não recomendo a ninguém que tome decisões baseadas em algo que eu escrevo. Caso você deseja orientação sobre investimentos procure especialistas no assunto.