domingo, 17 de janeiro de 2021

2021: Ano novo, velhos problemas + Metas 2021

O novo ano já começa com os velhos problemas de 2020, a pandemia segue intensa, com gente morrendo aos montes e muito mais infectados do que antes, o que vejo aqui no interior é recordes e recordes de infectados, isso mostra que ninguém e nenhum lugar está a salvo da pandemia.

O governo continua perdido e falando nada com nada, o negacionismo da vacina é impressionante, o mais curioso é a quantidade de pessoas que questionam a segurança das vacinas, e que ao mesmo tempo apoiam o uso de medicamentos que não tem nenhum estudo sério respaldando, e que apoiam apenas com base em ‘especialistas de Facebook’ que normalmente tiram suas teorias de dentro da bunda.

Se o governo não fala nada com nada, o Congresso por outro lado continua fazendo nada. Faz meses que a produtividade que nunca foi das melhores caiu para quase zero, o que tivemos de relevante aprovado em 2020? O Marco do Saneamento é provavelmente o grande destaque e convenhamos não deveria ser dele o título apesar da relevância setorial, o mais incrível é que tudo parece estar parado por conta de “egos”.

A economia mostra sinais de cansaço com o fim do auxílio emergencial, vários setores já estão sentindo uma pesada desaceleração, o desemprego em 14% segue com viés de alta, a SELIC artificialmente mantida baixa para estimular a economia já perdeu faz muito tempo o seu poder de estimular a economia e agora só resta o crescimento do seu maior efeito colateral (inflação), o dólar nas alturas é a faca de dois gumes, de um lado favorece a exportação, do outro lado dificulta a importação de equipamentos para a indústria brasileira que é dependente de outros países e atrasada tecnologicamente.

Lá fora os EUA já vivem clima de fim de festa com o Trump mostrando que não sabe perder uma eleição, o grande problema de Trump é que seu governo radicalizado gerou um governo sucessor com igualmente potencial de radicalização, foi o antagonismo que alimentou o surgimento de uma linha mais a esquerda nos Democratas e que certamente vai pressionar o governo Biden. O Brexit finalmente aconteceu, mas sinceramente o Reino Unido já não é um protagonista da economia global faz muito tempo, o máximo que vai conseguir é continuar sendo um coadjuvante por mais uma ou duas temporadas. O discurso ambientalista de Macron parece ser sustentado apenas no interesse de garantir a perda de espaço do agronegócio brasileiro para garantir espaço para o agronegócio francês na Europa.

É difícil ficar animado com todo esse cenário, a única escolha é arregaçar às mangas e ir atrás daquilo que depende de nós mesmos e é por isso que mais uma vez faço minhas metas anuais, é nelas que vou guiar o meu novo ano.

METAS DE 2021

  • Patrimônio de R$ 220.000,00 em 31 de dezembro de 2021.
  • Aporte de R$ 28.176,50 ao longo do ano.
  • Recebimento de R$ 2.000,00 em dividendos.
  • Rentabilidade anual de +5,0% no patrimônio.
  • Melhorar meu desempenho e desenvolvimento no trabalho.
  • Encerrar o ano com peso abaixo de 78kg.
  • Fazer uma bateria de exames básicos de saúde.

Encerro deixando para vocês uma pequeno diálogo retirado de um livro clássico:

Alice perguntou: Gato Cheshire... pode me dizer qual o caminho que eu devo tomar?
Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato. 
Eu não sei para onde ir! – disse Alice. 
Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve.

 Alice no País das Maravilhas (1865)

 

Esse blog não tem a intenção de recomendar investimentos para ninguém. Trata-se apenas um blog pessoal, o objetivo é relatar minha opinião pessoal sobre o tema de investimentos e outros assuntos. NENHUMA postagem ou comentário neste blog deve ser levada em consideração na tomada de investimentos por ninguém. Caso deseje orientação sobre investimentos recomendo que procure assessoria especializada no assunto.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Fechamento Dezembro/2020: R$ 184.984,10 (+1,09%)

Senhoras e senhores, o ano de 2020 está oficialmente encerrado. Já no novo ano vamos para o último fechamento mensal e dessa vez o post é especial.

Esse post é composto por três tópicos: Fechamento mensal de dezembro, análise da carteira em 2020 e "Metas de 2020: Projetado vs. Realizado. Não haverá o já quase que tradicional comentário de algum assunto ou notícia como eu vinha fazendo. 

Agora vamos para o que interessa.

FECHAMENTO DE DEZEMBRO/2020


Quando novembro terminou eu acreditava que seria muito difícil um mês tão bom ser seguido de um mês também muito bom, entretanto acabei sendo surpreendido por um dezembro acima das expectativas. A carteira entregou uma rentabilidade de +1,09% no mês, fiquei extremamente satisfeito com o resultado.

Nesse mês eu não aportei nenhum valor, claro, tal como no mês de novembro isso não quer dizer que não sobrou nada do meu salário, o que eu fiz foi destinar todo o valor para o meu “Fundo de Gastos Pessoais”, entretanto ainda não sei se vou conseguir gastar mesmo esse “fundo” ou vou acabar revertendo-o para investimentos, é algo que vou decidir em janeiro.

ETF’s: O IVVB11 continua como o único que eu tenho em carteira, nesse mês ele apresentou valorização positiva e por mais que minha estratégia não envolva a análise técnica de ativos, ele tem oscilado a maior parte do tempo entre R$ 205 e R$ 211, entretanto esporadicamente surge algumas oportunidades abaixo dos R$ 205. A análise técnica não é algo que me aprofundo e não uso para fins de definição de investimentos. Eu continuo gostando do ativo pela combinação de “dólar + S&P500”.

Ações: Um mês bacana para a carteira. Quero destacar o setor bancário, com Itaúsa e Bradesco entregando “data-com” e voltando a pagar dividendos como se espera desse setor tradicionalmente generoso nos proventos, o Conselho Monetário Nacional vai decidir no primeiro trimestre se vai liberar os bancos para distribuir mais dividendos. A Sanepar é um sinal de alerta na carteira, e foi um balde de água fria no final do mês, pelo que entendi o governo do Paraná liberou o aumento da tarifa de consumo, porém ela veio muito abaixo do que se esperava, pois, a tarifa foi represada por muito tempo na pandemia, pelo que entendi o órgão responsável por autorizar os reajustes vai considerar o impacto do reajuste menor em 2021 nos próximos reajustes, é ver para crer.

FII’s: Continuam todos andando de lado. Aqui não tem muita novidade, eu continuo não acompanhado de perto nenhum dos meus fundos e tenho uma dificuldade imensa em escolher ativos para a carteira, entretanto gosto da baixa oscilação e do dinheiro pingando.

Renda Fixa: Os títulos do Tesouro performaram bem durante o mês, entretanto estou começando a ficar preocupado com a inflação e o populismo econômico, se o governo continuar com medidas populistas e se prorrogar os gastos extras com a pandemia acho que a inflação vai subir e ainda não sei se é no dólar ou no IPCA+ que vou encontrar uma boa proteção, quem sabe não seja em um fundo de IMAB+5? Enfim, satisfeito com o resultado do mês, mas preocupado com o futuro.

Vida Profissional: Dezembrão chegou, as demissões aparentemente cessaram, fala-se na rádio peão que vai começar um novo ciclo de demissão no começo desse ano. No cotidiano no trabalho, é a correria tradicional de final de ano, com dias muito estressantes. O resultado principal das demissões é que a carga de trabalho de todo mundo aumentou bastante. A empresa vai aumentar a cobrança por resultados maiores nesse 2021, espero que o facão continue longe de mim.

Vida Pessoal: Sem fatos relevantes.

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ANÁLISE DA CARTEIRA EM 2020


Eu imagino que isso surpreenda muitos de vocês, pois é, sou um “jovem idoso” e minha carteira é composta principal de Renda Fixa.

Hoje eu tenho 76% dos ativos em Renda Fixa, sendo que 63% está em pós-fixados e 13% em pré-fixados. Isso é fruto do saldo da minha carteira nos anos anteriores que basicamente tinha apenas ativos de renda fixa, a primeira diversificação que eu fiz foi comprar títulos pré-fixados e só finalzinho de 2019 é que entrei de vez na renda variável.

A Renda Variável, representa aproximadamente 24% da minha carteira. As ações somam 11%, os Fundos Imobiliários são 6%, o ETF é 7% e os Fundos Multimercados somam menos de 1%.

É por essa característica de ¾ em Renda Fixa que eu tenho oscilações menores de rentabilidade, ao mesmo tempo em que isso limita meus ganhos isso também me garantiu tranquilidade em épocas mais conturbadas como o auge do pânico nos mercados em março.

Vamos dar uma olhada mais de perto na minha carteira de ações?



Hoje 36,5% da carteira de ações é composta pelo setor financeiro, a maior parte por Itaúsa, é difícil para mim imaginar minha carteira sem esse setor, é sólido e paga bons dividendos. É seguido por outro setor bom pagador de dividendos e estável, Utilidades Públicas, com 33,5%, dominado pela Taesa e pela Sanepar em menor grau, a grande curiosidade é que aqui estão às duas únicas ações da carteira com rentabilidade histórica negativa (Sanepar e Engie Brasil). Os outros setores somam apenas 1/3 da carteira de ações, ali estão ações que não comprei por dividendos e sim pois eu acredito na capacidade de entrega de resultados de longo prazo, em especial o setor de Saúde, que hoje é muito pouco representativo na minha carteira e eu acho que tem um bom potencial para o longo prazo.

Agora os fundos imobiliários:



Aqui eu já falei que não entendo muito nas nuances do setor, a maioria destes fundos acabei comprando pela característica principal do fundo e pelo DY. Eu confesso que talvez alguns deles não sejam os queridinhos do mercado em gestão e qualidade de ativos, e que pode haver opções melhores, mas na época que eu comprei eu considerei adequados e não pretendo vender.

Abaixo uma tabela com o DY Médio nos últimos 12 meses de cada Fundo Imobiliário, essa não é a média de recebimento da minha carteira e sim a média do fundo, resolvi trazer aqui para vocês terem uma ideia de como eles tem pagado:


Agora vamos dar uma olhada nos Proventos e Dividendos que efetivamente eu recebi nesse ano, vamos usar o meusdividendos.com que é por onde controlo o desempenho da minha carteira de renda variável:


Em 2019 foi quando eu comecei a investir em renda variável, entretanto fiz as primeiras compras apenas no finalzinho do ano e com isso não consegui receber nenhum real de dividendos.

Em 2020, os dividendos começaram a pingar aos poucos e depois começaram a criar um ritmo bacana de crescimento. O total de R$ 919,13 recebidos é quase 88% do valor do salário mínimo vigente, ou seja, o meu esforço para economizar um pouco de dinheiro me trouxe quase um salário mínimo extra, é gratificante saber dessa informação, pode parecer pouco no pinga-pinga, mas no conjunto da obra é um valor bem bacana.

Por último, vamos conferir como o desempenho da carteira no acumulado de 2020 se compara com alguns indicadores:


A carteira entregou 4,9% de retorno nesse ano, é mais do que o CDI, o Ibovespa e a Inflação, ou seja, acho que é algo para se comemorar, não sou nenhum gestor profissional e acho que acabei “vencendo o mercado” se comparar com alguns indicadores de referência.

O curioso na rentabilidade é que os 4,92% de 2020 é praticamente idêntico aos 4,93% entregues em 2019, acho que foi uma coincidência interessante. 

É isso... está feita a análise da carteira.


METAS DE 2020: PROJETADO VS. REALIZADO

1.   Aportar R$ 26.958,00 ao longo dos 12 meses.

OK. Consegui aportar R$ 38.137,67 ao longo dos 12 meses, com um detalhe importante, só não consegui entregar um valor maior, pois destinei no final do ano uma quantidade muito significativa para esse “fundo de gastos pessoais”.

2.   Alcançar uma rentabilidade de 5,50% no ano.

A rentabilidade foi de apenas 4,92% nesse ano. A pandemia deu uma boa segurada no desempenho, e a exposição ao CDI que simplesmente despencou muito mais do que o que eu projetava também prejudicou o desempenho dos pós-fixados.

3.   Alcançar um patrimônio de R$ 172.458,00.

OK! Consegui fechar o ano com R$ 184.984,10, o que é muito mais do que o projeto, na realidade, a meta do patrimônio tinha sido entregue ainda em setembro. Eu confesso que cheguei a pensar no auge da pandemia que não ia conseguir chegar na meta.

4.   Buscar melhorar meu relacionamento interpessoal.

Não acho que consegui melhorar significativamente, é uma coisa que tenho que persistir melhorar e principalmente com pessoas que não conheço, sei lá, é algo que incomoda.

5.   Melhorar meu desempenho no trabalho.

Acho que melhorei meu desempenho, tenho desenvolvido novas atividades, porém ainda acho que estou abaixo do que eu espero de mim, melhorei? Sim, mas ainda não acho que cheguei no que considero como ideal. De qualquer forma seria injusto não considerar esse indicador como entregue.

6.   Fazer algum curso, certificação, pós-graduação ou idiomas.

Acabei fazendo um curso no começo do ano que foi extremamente útil para o trabalho. Infelizmente a pandemia (e a procrastinação) não ajudaram a tirar do papel pós-graduação ou idiomas.

7.   Realizar uma bateria de exames básicos de saúde.

Eu já tinha feito no ano anterior e repeti nesse ano. Os resultados foram em geral muito positivos, fiquei satisfeito.

8.   Fechar 2020 com um peso abaixo de 78kg.

A pesagem de quarta-feira (30) indicou um peso de 77kg, durante o ano oscilei no peso dentro da faixa de 76kg-78kg e acho que é o patamar confortável para o meu peso, não fiz academia e nem esportes, o meu IMC está dentro do que é considerado como normal.

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Desejo um excelente 2021 para todo mundo, sem dúvidas o último ano foi difícil e espero que todos fiquem bem e prosperem nesse novo ano.

As metas de 2021 eu estou definindo e devo divulgar no próximo post.

 IMPORTANTE: Esse é um blog de cunho pessoal, nada do que escrevo aqui deve ser levado como recomendação de investimento, estou apenas compartilhando minhas experiências e não recomendo a ninguém que tome decisões baseadas em algo que eu escrevo. Caso você deseja orientação sobre investimentos procure especialistas no assunto.