terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Fechamento Janeiro/2022: R$ 237.725,64 (-0,88%)

 

Eu confesso que normalmente fico com o pé atrás quando leio opiniões ou recomendações de investimentos de corretoras, mas essa matéria publicada na Avenue tem muita semelhança com o que penso sobre essa queda dos mercados. A bolsa americana está caindo pois é isso que uma bolsa de valores faz; ela sobe e desce.

Essa queda na ordem -6% do S&P500 (-12% se levado em conta a variação cambial) é uma correção natural do mercado, os motores do FED estão sendo desligados e a inflação continua dançando solta, a única alternativa é um ajuste e que naturalmente colocará um freio de arrumação na economia, trato isso com uma enorme naturalidade na minha estratégia de investimentos. A retirada da liquidez do mercado é um momento que venho buscando me preparar desde o segundo semestre de 2020, quando já escrevi sobre o tema por aqui e é por isso que sempre preferi focar os investimentos em ativos que já tivessem se provado bons geradores de resultados e passado longe de “promessas”.

Em meados da década passada ficaram famosas aquelas postagens e ações de marketing entorno de um antigo cartaz de guerra britânico que pedia apenas que a população “mantivesse a calma e continuasse em frente”, fica a reflexão.

Infelizmente o ano não começou muito bem para mim no quesito rentabilidade. A carteira mergulhou feio em janeiro (-0,88%) e esse é o pior resultado desde o fatídico março de 2020.

Como já tinha dito na notícia introdutória isso é algo que não me preocupa, pelo contrário considero uma ótima oportunidade para comprar em uma correção que não muda em nada meu cenário de longo prazo.


Os recebimentos de renda passiva trouxeram R$ 213,26 em pagamentos no mês. Os fundos imobiliários trouxeram uma entrega um pouco maior, parte disso causado por um giro de ativos feito em dezembro nessa categoria e parte pelo desempenho de alguns fundos.

Em janeiro do ano passado foram R$ 138,09 recebidos, ou seja, um crescimento anual de +54,43%.

Aportes: Foi aportado R$ 1.609,79 em janeiro. Aproximadamente R$ 1,2 mil foi enviado para o exterior e investido no tradicional (50,30,20) de SCHD, SCHP e VNQ. O restante fruto de dividendos acumulados na corretora foram destinados a compra de KNSC11.

Ações: Acompanhei muito pouco a minha carteira de ações ao longo de janeiro. O que pude observar foi que todas as boas ações que tinham sofrendo foram beneficiadas por esse movimento global em busca de ativos de valor, em especial posso dizer que o setor bancário foi o mais beneficiado na carteira.

Fundos Imobiliários: A maioria passando por uma recuperação na sua cotação, sabe-se lá qual o motivo, visto que a tendência é que os juros SELIC subam um pouco acima do que era esperado no final do ano passado. Agora eu posso dizer que estou mais confortável com a composição da minha carteira. A única notícia ruim foi o MXRF11 que levou um belo puxão de orelha da CVM e que não está muito claro para mim os impactos no fundo e na indústria a longo prazo.

O que posso dizer sobre a decisão da CVM do qual confesso que ainda pouco entendi, é que se ela representa uma mudança para os fundos no sentido que que passem a distribuir aquilo que efetivamente estão entregando de resultado real, é positiva, visto que fico muito insatisfeito ao ver tantos fundos onde a gestora parece preocupada apenas em atender seus próprios interesses do que pensar nos interesses dos seus efetivos patrões os cotistas.

ETFs: Com o dólar recuando e a correção da bolsa americana todos os meus ETFs sofreram bastante. Felizmente aqui é ponto pacífico e não tem nem muito o que comentar.

Renda Fixa: No começo do mês venceu o Tesouro Pré-Fixado 2022 e optei por aplicar o saldo resgatado em Tesouro IPCA+2026. Qualquer possibilidade de renda variável estava descartada, pois não quero tirar dinheiro da RF e outras opções dentro da RF me pareciam pouco atrativas.

Vida Profissional: Um mês que parecia relativamente tranquilo, até que em meados do mês recebi uma “dica” de um colega de que a empresa decidiu reestruturar a minha unidade. Na melhor das hipóteses isso representará 50% de redução no quadro de funcionários. Sinceramente não consegui ainda maiores informações para dizer se minha posição se encaixaria ou não em um possível cenário pós-reestruturação.

Tendo isso em vista me restam duas alternativas: esperar para ver o que acontece (com a possibilidade de que minha posição continue existindo na unidade, cenário esse que imagino pelo menos razoavelmente plausível) ou não pagar para ver e já procurar uma recolocação em outra unidade. A primeira opção acho que não precisa de muitas explicações para vocês, já a segunda eu preciso dar uma sondada em potenciais oportunidades e no interesse de outras unidades em me receber, se isso se tornar viável significa automaticamente uma mudança para outra cidade, uma explosão de custos mensais e queda nos aportes.

Pelo conhecimento que tenho da minha empresa imagino que em até três meses eu saiba o que de fato vai acontecer com a unidade e comigo. Que Deus prepare o melhor para mim!

Vida pessoal: Quanta gente com COVID, é simplesmente uma explosão sem precedentes com qualquer outra época dessa pandemia aqui na cidade. Só para terem uma ideia, nesse mês de janeiro o número de casos foi 250% maior do que no pior mês da pandemia por aqui. 

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.