Eu confesso que normalmente fico com o pé atrás quando leio opiniões
ou recomendações de investimentos de corretoras, mas essa matéria publicada na Avenue tem muita semelhança com o que penso sobre essa queda dos mercados. A
bolsa americana está caindo pois é isso que uma bolsa de valores faz; ela sobe
e desce.
Essa queda na ordem -6% do S&P500 (-12% se levado em
conta a variação cambial) é uma correção natural do mercado, os motores do FED
estão sendo desligados e a inflação continua dançando solta, a única
alternativa é um ajuste e que naturalmente colocará um freio de arrumação na
economia, trato isso com uma enorme naturalidade na minha estratégia de
investimentos. A retirada da liquidez do mercado é um momento que venho
buscando me preparar desde o segundo semestre de 2020, quando já escrevi sobre
o tema por aqui e é por isso que sempre preferi focar os investimentos em
ativos que já tivessem se provado bons geradores de resultados e passado longe
de “promessas”.
Em meados da década passada ficaram famosas aquelas postagens e ações de marketing entorno de um antigo cartaz de guerra britânico que pedia apenas que a população “mantivesse a calma e continuasse em frente”, fica a reflexão.
Infelizmente o ano não começou muito bem para mim no quesito
rentabilidade. A carteira mergulhou feio em janeiro (-0,88%) e esse é o pior
resultado desde o fatídico março de 2020.
Como já tinha dito na notícia introdutória isso é algo que
não me preocupa, pelo contrário considero uma ótima oportunidade para comprar
em uma correção que não muda em nada meu cenário de longo prazo.
Os recebimentos
de renda passiva trouxeram R$ 213,26 em pagamentos no mês. Os fundos imobiliários
trouxeram uma entrega um pouco maior, parte disso causado por um giro de ativos
feito em dezembro nessa categoria e parte pelo desempenho de alguns fundos.
Em
janeiro do ano passado foram R$ 138,09 recebidos, ou seja, um crescimento anual
de +54,43%.
Aportes: Foi aportado R$ 1.609,79 em janeiro. Aproximadamente
R$ 1,2 mil foi enviado para o exterior e investido no tradicional (50,30,20) de
SCHD, SCHP e VNQ. O restante fruto de dividendos acumulados na corretora foram destinados
a compra de KNSC11.
Ações:
Acompanhei muito pouco a minha carteira de ações ao longo de janeiro. O que pude
observar foi que todas as boas ações que tinham sofrendo foram beneficiadas por
esse movimento global em busca de ativos de valor, em especial posso dizer que o
setor bancário foi o mais beneficiado na carteira.
Fundos Imobiliários: A maioria passando por uma recuperação na sua cotação,
sabe-se lá qual o motivo, visto que a tendência é que os juros SELIC subam um
pouco acima do que era esperado no final do ano passado. Agora eu posso dizer
que estou mais confortável com a composição da minha carteira. A única notícia
ruim foi o MXRF11 que levou um belo puxão de orelha da CVM e que não está muito
claro para mim os impactos no fundo e na indústria a longo prazo.
O que posso dizer sobre a decisão da CVM do qual confesso
que ainda pouco entendi, é que se ela representa uma mudança para os fundos no
sentido que que passem a distribuir aquilo que efetivamente estão entregando de
resultado real, é positiva, visto que fico muito insatisfeito ao ver tantos
fundos onde a gestora parece preocupada apenas em atender seus próprios
interesses do que pensar nos interesses dos seus efetivos patrões os cotistas.
ETFs:
Com o dólar recuando e a correção da bolsa americana todos os meus ETFs sofreram
bastante. Felizmente aqui é ponto pacífico e não tem nem muito o que comentar.
Renda Fixa: No começo do mês venceu o Tesouro Pré-Fixado 2022 e optei
por aplicar o saldo resgatado em Tesouro IPCA+2026. Qualquer possibilidade de
renda variável estava descartada, pois não quero tirar dinheiro da RF e outras
opções dentro da RF me pareciam pouco atrativas.
Vida Profissional: Um mês que parecia relativamente tranquilo, até que em meados
do mês recebi uma “dica” de um colega de que a empresa decidiu reestruturar a
minha unidade. Na melhor das hipóteses isso representará 50% de redução no
quadro de funcionários. Sinceramente não consegui ainda maiores informações
para dizer se minha posição se encaixaria ou não em um possível cenário
pós-reestruturação.
Tendo isso em vista me restam duas alternativas: esperar
para ver o que acontece (com a possibilidade de que minha posição continue
existindo na unidade, cenário esse que imagino pelo menos razoavelmente
plausível) ou não pagar para ver e já procurar uma recolocação em outra unidade.
A primeira opção acho que não precisa de muitas explicações para vocês, já a segunda
eu preciso dar uma sondada em potenciais oportunidades e no interesse de outras
unidades em me receber, se isso se tornar viável significa automaticamente uma
mudança para outra cidade, uma explosão de custos mensais e queda nos aportes.
Pelo conhecimento que tenho da minha empresa imagino que em
até três meses eu saiba o que de fato vai acontecer com a unidade e comigo. Que
Deus prepare o melhor para mim!
Vida pessoal: Quanta gente com COVID, é simplesmente uma explosão sem
precedentes com qualquer outra época dessa pandemia aqui na cidade. Só para
terem uma ideia, nesse mês de janeiro o número de casos foi 250% maior do que no
pior mês da pandemia por aqui.
AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências
e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular
realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso
em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog
para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação
de investimentos, procure profissionais qualificados.