quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Fechamento Novembro/2022: R$ 296.524,66 (-0,09%)

 

O primeiro mês pós-eleitoral foi dos mais agitados, o futuro governo Lula continua sendo uma grande incógnita e não sabemos dizer quem será ou não ministro, em especial quem será o ministro responsável pela condução da política econômica do governo. Os mercados andam apostando em Haddad e Lula ao longo do mês deu algumas declarações que desagradaram o mercado.

Entretanto o foco que quero trazer não é sobre o que Lula fez ou deixou de fazer em novembro e sim no que os investidores fizeram diante dessas notícias. O dólar caiu -2% em comparação ao último fechamento antes do 2º turno já a bolsa brasileira caiu -1,8% no período.

O interessante é que ao longo do mês o dólar e a bolsa viveram momentos de otimismo generalizado e de pessimismo, mas tudo baseado em boatos e pouco em fatos concretos; não quero aqui que vejam esse post como alguma tentativa de “passar pano” para o Lula, mas é fato de que pouca coisa aconteceu na prática e tudo se baseia em idas e vidas. O que restou foi a operação dentro de rumores e esse não é o tipo de investimento que eu não gosto para a minha carteira, é claro, você pode conseguir bons ganhos com um mercado volátil, mas tentar adivinhar a direção do mercado no curto prazo é uma prepotência que não tenho.

Acho que podemos considerar que novembro ficou no zero a zero, a desvalorização da carteira foi de -0,09% o que deixa o resultado anual em 2,75% de crescimento. Faltando apenas um mês para o fechamento do ano é pouco provável que eu alcance uma rentabilidade pelo menos acima da inflação.

Aportes: Foi aportado apenas R$ 1.750,13 em novembro. Infelizmente com a correria do dia-a-dia acabei optando pelo Tesouro Direto IPCA+2026 consegui comprar agora no finalzinho do mês em uma taxa de IPCA+6,22%.

Em novembro foram creditados em conta R$ 209,48 em dividendos, isso representou uma queda de -40,51% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Já no acumulado anual foram recebidos R$ 4.188,60 (+75,17%). É válido lembrar que tracei um objetivo de R$ 4.500,00 em creditados no acumulado anual, sendo assim falta apenas R$ 311,40.

Ações: O fato mais marcante foi o péssimo desempenho de Bradesco no 3T22, é impressionante como o banco ficou atrás do Itaú e do Banco do Brasil. Entretanto o segmento bancário brasileiro costuma andar relativamente junto e acredito que devemos ter uma normalização dos resultados do Bradesco para algo mais em linha com o mercado, isto é, se não assistirmos uma deterioração dos outros bancos. Acabei não comprando Bradesco, mas confesso que continuará no meu radar para os próximos meses.

Fundos Imobiliários: Todo esse stress dos juros futuros acabou prejudicando a cotação de alguns fundos de tijolos que vinham performando bem, apesar disso os fundos de papéis parecem ter um futuro interessante no governo Lula. No momento acredito que ficar de fora foi a escolha mais sábia que eu fiz, em janeiro deve vir uma inflação mais alta e espero colher no final do 1T23 alguns bons rendimentos nos FIIs de Papel.

Ativos do exterior: Os ativos norte-americanos se recuperaram em novembro e destaco a boa recuperação de SCHD (ETF de Dividendos) com alta de +6,5% no mês e do VNQ (ETF de Real Estate) com +6,1% de alta.

Renda Fixa: Com a expectativa de queda da SELIC sendo postergada para o segundo semestre do próximo ano e alguns falando até uma nova alta da taxa de juros acho melhor manter o máximo possível em IPCA+ e CDI. Aqui não tem grandes surpresas e na verdade estou bem satisfeito com o desempenho desse segmento da carteira.

Vida Profissional: Na segunda quinzena de novembro a minha transferência foi finalmente aprovada e já estou na nova filial da empresa. Confesso que minha “promoção” veio com desafios acima do que eu esperava, tenho uma demanda de trabalho muito intensa e envolve dar suporte técnico para operações relativamente complexas e onde tenho pouca experiência.

O que vale destacar é que minha atividade envolve um apoio direto ao time comercial e também contato direto com o cliente, o que eu diria que me posiciona como 75% técnico e 25% comercial. Isso não é muito confortável para mim, pois me considero uma pessoa pouco sociável, entretanto é preciso reconhecer que desenvolver habilidades comerciais pode ser muito importante para minha carreira nessa empresa ou até mesmo no mercado.

O foco no momento é avançar tecnicamente para dominar todas as operações necessárias e atender a intensa demanda do time comercial.

Sou uma espécie de viciado em trabalho e confesso que minha estabilidade psicológica é dependente diretamente do meu desempenho no trabalho, é claro, sei que isso não é saudável, mas eu sou assim e não posso mudar isso.

Vida Pessoal: Com a mudança de cidade vou morar sozinho pela primeira vez. Pesquisei nas últimas semanas por apartamentos e confesso que fiquei frustrado com as opções que encontrei por aqui, é tudo muito velho ou muito caro. No final dei entrada nessa semana em um pedido de aluguel com uma imobiliária e estou nos trâmites burocráticos, espero já estar no meu apê dentro de 15 a 20 dias.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Fechamento Outubro/2022: R$ 295.048,93 (+2,58%)


Confesso que achei a campanha até o 1º turno relativamente pacífica, mas depois parece que todo mundo perdeu a noção da realidade e a única coisa que valia era odiar o eleitor do outro lado. No final quem venceu foi o Lula da Silva (PT) com 50.9% dos votos, achei uma margem relativamente estreita e que mostrou a força do antipetismo ou pelo menos a força do pacote de bondades do governo.

O momento em que percebi que a eleição estava perdida para o Bolsonaro foi no debate da Globo na sexta-feira, quando ele anunciou um salário mínimo de R$ 1.400 em 2023 – é o tipo de coisa que eu esperava da esquerda. Depois da eleição esses dois dias de silêncio só mostram o quão antidemocrático o Bolsonaro sempre foi.

Sobre a galerinha que tá protestando nas estradas? Tenho dó. Essas pessoas estão muito desconectadas da realidade ao ponto de acharem que vão conseguir impedir a posse do Lula com esse tipo de movimento. É uma fase do luto político, logo eles se conformam com a realidade.

Agora para vocês leitores radicalizados politicamente fica como sugestão esse vídeo do Bastter.

Vamos ao fechamento mensal.

O mês terminou com 2,58% de rentabilidade e o acumulado do ano agora é de +2,75% de rentabilidade. O que é válido mencionar é o bom desempenho da carteira ao longo do mês, com as ações brasileiras indo bem e a carteira no exterior também dando um respiro.

Um mês com dividendos menores, onde o total recebido foi de R$ 221,93, o que representa um crescimento de +31,2% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Já no acumulado anual alcançamos R$ 3.979,13, uma alta de +95,2%.

Estamos próximos de alcançar a meta de dividendos desse ano. A expectativa fica por conta dos dividendos de final de ano que devem começar a ser anunciados nas próximas semanas.

Aportes: O aporte foi de R$ 3.214,09. Ele foi feito exclusivamente em ações brasileiras.

AESB3: Comprei 310 ações. Ela ocupava a última colocação na minha carteira de investimentos no critério de % total da carteira. A decisão de aportar em AESB3 foi tomada após observar os bons planos de investimento no médio prazo da companhia e a decisão de transformar a matriz de geração de energia de um componente pesadamente dependente de hidroelétricas para uma matriz diversificada com eólica e solar. A companhia deve passar por um longo ciclo de investimentos até 2025 e por isso não espero bons dividendos no curto prazo.

SAPR3: Comprei 60 ações. A expectativa é que o reeleito governador do Paraná permita a empresa um pouco mais de liberdade e conceda reajustes maiores na tarifa de água e esgoto. A companhia está tocando um megaprojeto que vai melhorar o abastecimento de Curitiba e minimizar os riscos causados pela seca na região da capital, com mais oferta de água e esgoto as receitas tendem a se manter mais estáveis. O maior risco que vejo na companhia são as municipalizações em algumas cidades do estado.

Ações: A temporada de balanço começou oficialmente. A WEGE3 apresentou um resultado espetacular e confirmou novamente o ciclo de alta performance da empresa. A SUZB3 entregou um resultado ótimo e está com uma baixa extremamente robusto e capaz de tocar o Projeto Cerrado, fazer aquisições de companhias, reformar e ampliar fábricas existentes e lançar um novo programa de recompra de ações. A HYPE3 também entregou um resultado sólido.

Fundos Imobiliários: Continuo deixando essa parte da carteira de lado. Os Fundos de Papel têm sofrido com a baixa inflação, mas acredito que devem se recuperar após o fim do pacote de bondades do governo em dezembro.

Ativos do exterior: A expectativa de um pouco menos de juros nos EUA melhorou o preço dos ativos. De qualquer forma continuo de olho em oportunidades de complementar os investimentos no exterior. O SCHD é um ETF que tenho gostado muito de ter em carteira. Já o SCHP (Títulos de inflação) tem uma performance complicada, mas quando a inflação se comportar acho que pode entregar ótimos resultados para a minha estratégia.

Renda Fixa: Tudo nos conformes. Não tenho ficado empolgado em fazer novos aportes.

Vida Profissional: A minha promoção ainda não saiu, de acordo com a empresa está tudo acertado para ser promovido e transferido para outra unidade, mas na prática nada aconteceu. A promessa é que aconteça nas próximas semanas.

O meu atual gestor afirmou que só liberará a minha transferência e promoção quando encontrar alguém para meu cargo atual. Mas como ele é “preocupado com o meu desenvolvimento profissional” ele ofereceu a mim a oportunidade de aprender aqui as novas atividades que vou desempenhar por lá de forma que eu já chegue no meu novo cargo “capacitado”, parece uma boa ideia certo? Pois é. Nas últimas semanas passei a maior parte do tempo fazendo o meu trabalho e no que ele chamou de “aprender as novas atividades” foi basicamente fazer aquilo que já sei fazer, enquanto o que realmente eu precisava aprender eu não tenho a oportunidade.

 Nessas últimas semanas aconteceram algumas mudanças na minha unidade, onde um funcionário anunciou que deixará a empresa e com isso começou uma dança de cadeiras. O meu gestor disse que “como eu escolhi ir para outro lugar eu perdi uma vaga aqui”, supostamente essa vaga seria um salto de 2 degraus em comparação ao meu cargo atual e significaria um salário 15% maior do que o salário que vou receber na outra filial.

Mas a vida é feita de escolhas e eu fiz a minha. Acredito que nas próximas semanas finalmente essa minha transferência com promoção será efetivada. Estou ansioso para aprender as muitas atividades da minha nova função.

Vida pessoal: Nada de relevante.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

sábado, 1 de outubro de 2022

Fechamento Setembro/2022: R$ 284.417,61 (+0,04%)


O SoftBank era um dos maiores queridinhos do bullmarket até pouco tempo atrás, parecia que tudo o que eles compravam simplesmente virava ouro do dia para a noite. O simples boato de que o banco japonês cogitava investir em um negócio já desencadeava um rali naquele papel. Agora parece que a onda virou e como eu tinha previsto aqui neste blog ainda em 2020, é quando a liquidez no mercado fosse removida que iriamos descobrir quem estava nadando pelado.

O mercado está assistindo incrédulo a “velha economia” voltando para a moda, observem que dois anos atrás o que valia na hora de analisar o balanço de uma empresa era “a nota de NPS”, a “quantidade de usuários no App” ou “o sentimento de família criado com seus consumidores”. Indicadores como “lucro líquido”, “EBITDA”, “ROE” e “P/L” já não eram essenciais para a análise. Bastava uma promessa de que a empresa em algum momento no futuro conseguiria deixar de ser ralo de dinheiro e se tornar a nova Amazon para o mercado ficar eufórico e jogar confetes em negócios que não conseguem parar em pé sozinhos.


O mês terminou com rentabilidade de 0,04% na carteira segundo o método do AdP. De qualquer forma eu estou satisfeito com o resultado, pois tivemos um mês muito difícil no mercado doméstico e no exterior.

No acumulado do ano a rentabilidade é de +0,17%, ainda que nominalmente positiva é fato que a meta anual de rentabilidade só poderia ser alcançada por um milagre. De qualquer forma estou satisfeito.

Em renda passiva tivemos um bom desempenho neste mês, com R$ 361,45, ou seja, +111,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano já alcançamos R$ 3.757,20, o que representa um crescimento de +100,9% em doze meses.

O que eu gostaria de ressaltar é o sucesso que estou obtendo com a diversificação da minha carteira. Como vocês podem observar os fundos imobiliários formam uma base de rendimento próxima a R$ 200 mensais, os rendimentos de ações e ETFs no exterior tendem a oscilar ao longo do mês, mas a carteira se complementando; é só ver o baixo pagamento de ações em setembro e o alto pagamento de dividendos no exterior e comparar com agosto que foi no sentido contrário.

A expectativa para outubro é de um mês mais fraco em dividendos, infelizmente ainda que o fluxo de proventos seja balanceado entre BR e EUA, o mês de outubro não apresenta esse padrão, tendo em vista o pouco pagamento de proventos das empresas aqui e lá. De qualquer forma estou animado com a expectativa de poder alcançar a meta anual de proventos neste ano.

Aportes: No exterior adquiri R$ 4.100,00 em ETFs do exterior e nos mesmos ativos de sempre (SCHD, SCHP e VNQ) a única coisa que alterei foi que destinei 70% para o SCHD, 25% para o VNQ e 5% para o SCHP.

No Brasil os aportes foram feitos apenas em ações:

ENGIE: Gosto da empresa pelos bons resultados e o balanço sólido. Assisti uma entrevista com um membro do RI da empresa que me transmitiu uma mensagem boa, eu entendi que a empresa pretende investir e crescer nos próximos anos, mas deve fazer isso com responsabilidade e buscando sinergia nas operações e rentabilidade.

HYPERA: Gosto da empresa pelas boas margens que entrega e um balanço também positivo. A empresa está sendo assediada por concorrentes para ser adquirida, sinceramente não sei se gostaria de ver isso acontecer. Tenho receios de acabe fechamento capital é um ativo que gosto de ter em carteira.

BRADESCO: Já mencionei aqui que gosto de investir no setor financeiro e de seguros. O Bradesco além da operação de bancão, conta com um braço segurador muito forte e que entrega resultados sólidos. Ainda não entendi o que a empresa pretende para o futuro, já que tem pago pouco dividendos e anunciado poucas aquisições relevantes.

ALUPAR: É do segmento de transmissão de energia. Está finalizando o ciclo de investimentos o que deve dar espaço para um fluxo de dividendos maior nos próximos anos. Achei por bem aumentar um pouco a participação.

SANEPAR: Acredito que com o fim do período eleitoral e a quase certa reeleição de Ratinho Jr (PSD) no Paraná a pressão sobre a empresa pode diminuir e reajustes melhores podem estar no horizonte. O Paraná ainda tem muitas cidades sem sistema de esgoto, o que demanda investimentos, mas que no longo prazo também significa receitas melhores. O grande problema que vejo na empresa é que tem pipocado prefeituras buscando a quebra de contrato e municipalização do serviço de água e esgoto, acho que isso é um grande erro de pequenas prefeituras. A prefeitura de Maringá (3ª maior cidade do Paraná) está em uma disputa com a empresa para municipalizar o serviço.

Ações: Achei interessante que apesar dos soluços do mercado a minha carteira se comportou bem em setembro. O único destaque é a queda de BB Seguridade no final do mês, acredito que é algum tipo de receio com um governo Lula pressionar as empresas estatais. De qualquer forma sou indiferente a isso, e estou de olho no papel se a empresa der espaço vou comprar mais. O setor de Seguros não dá muito voto, imagino que não será um grande foco de intervenção.

Fundos Imobiliários: A carteira de papel continua em queda, atribuído por analistas ao cenário deflacionário dos últimos meses. A carteira de tijolos está em alta. De qualquer forma por enquanto vou ficar de fora de aportes em fundos imobiliários, infelizmente é um segmento que meu deu muitas tristezas.

ETF no exterior: Tudo lá fora está sendo pressionado por Wall Street que parece ter azedado para o FED. No longo prazo não tem como eu acreditar no Brasil e desacreditar nos EUA. Os Estados Unidos tem vantagens geográficas, demográficas e econômicas que nenhum país do mundo possui.

Renda Fixa: A Selic parou de subir e a carteira continua rendendo bem, agora parece que é piloto automático por um bom tempo.

Vida Profissional: Como eu já tinha contato no mês passado sobre a transferência interna, eu vou apenas atualizar vocês sobre o que aconteceu neste mês.

Em uma conversa com o novo gestor da minha unidade atual, revelei que estava acertado uma promoção para mim em outra unidade, o mesmo disse que ninguém tinha falado nada para ele sobre isso, mas que apoiava o meu direito de decidir, apesar de que começou um discurso contrário a transferência pensando em “possibilidades de carreira e vantagens financeiras”, enquanto me disse que lutaria por uma promoção aqui na minha unidade (para um cargo que não existe aqui) o que daria praticamente o mesmo salário que a nova vaga, o que seria mais vantajoso por conta de que não precisaria me mudar e nem gastar com aluguel e tudo mais, tudo isso acompanhado de elogios sobre como percebeu em apenas UM DIA o quanto sou um funcionário dedicado e que tem um futuro muito promissor.

Eu respondi agradecendo, mas dizendo que já tinha um compromisso com o futuro gestor que até onde eu sabia o processo no RH já estava iniciado.

O que eu não sabia é que na verdade antes de eu ter essa conversa, já havia sido avisada a outra unidade de que minha promoção não seria autorizada por ele e que pediriam o cancelamento do processo. Entretanto a outra unidade insistiu no assunto (não por conta de eu ser um profissional incrível, mas conta da dificuldade de preencher a vaga e a demora que a busca por outra pessoa geraria), no final a transferência foi aprovada e vai acontecer a qualquer momento nos próximos dias.

Agora vocês podem me perguntar: não seria mais vantajoso ficar por aqui e aceitar essa promoção, invés de ir para uma vaga de salário similar e fazendo uma atividade onde conheço muito pouco?

O que ponderei na análise é que a curto prazo ficar por aqui e receber a promoção é melhor financeiramente, mas não é melhor para o meu currículo profissional. Tenho que pensar que se tudo der errado aqui ou lá, eu serei demitido. Se tudo der certo lá, posso ter uma promoção para vagas melhores com mais facilidade e em prazo menor. Já aqui se tudo der certo, poderia ficar estagnado na carreira por mais tempo ou ser promovido para alguma vaga horrível.

Vida Pessoal: Nada de relevante.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Fechamento Agosto/2022: R$ 274.282,40 (+0,45%)

Quero deixar registrado que faltando mais de um mês para o primeiro turno eu deixei avisado: quem vai eleger o Lula serão os antipetistas.

Não é possível que tantos brasileiros achem que a melhor opção para derrotar o PT seja o Bolsonaro, que é justamente o candidato com o maior índice de rejeição. Já ficou claro que o Lula tem uma base fiel de pelo menos 42%-45% dos votos válidos e que o Bolsonaro não consegue crescer entre os eleitores do Lula, pois eles são justamente os que mais rejeitam o Bolsonaro. As pesquisas também mostram que apenas uma pequena parcela de eleitores se dizem indecisos ou dispostos a votar em branco e nulo e que isso dificilmente é suficiente para derrotar o Lula.

O que todos aqueles que querem impedir a volta do PT deveriam fazer é abandonar a candidatura do Bolsonaro e apoiar outra candidatura com maior viabilidade e menor rejeição, uma alternativa palatável para o eleitorado de direita é Simone Tebet. Claro, faltando um mês para as eleições é difícil que uma onda de bom senso tome conta desse país e que seja capaz de levar uma candidata de 3% dos votos para o segundo turno.

Só não vale dizer depois tal como dito em 2018 que não havia opção, pois havia outros candidatos quatro anos atrás e hoje continuam existindo. E não é apenas Simone Tebet, existem outras candidaturas. Quem quer derrotar o PT tem que acordar para a realidade.

A rentabilidade no mês de agosto foi de 0,45%, de acordo com a Planilha AdP esse mês trouxe pela primeira vez a carteira para o território positivo na rentabilidade do ano. O acumulado agora é de 0,14%. É complicado olhar para uma rentabilidade zero no ano, enquanto a inflação caminha para fechar próxima de 6%. Entretanto é preciso valorizar as boas oportunidades de compra que encontrei em alguns ativos.

Neste mês foram recebidos R$ 755,70 em dividendos. O mês consolidou-se como o melhor desempenho mensal da série histórica. O crescimento em comparação ao ano passado foi de +200%.

No acumulado do ano é de R$ 3.395,76, ou seja, um crescimento de 99% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Aportes: Foram aportados R$ 4.399,62 ao longo do mês em dinheiro novo. Neste mês operei em duas datas:

A primeira, envolveu a troca de ações preferencias ou units de Taesa, Gerdau, Itaúsa e Sanepar por suas respectivas ações ordinárias. Essa estratégia foi inspirada no método Bastter e refletindo a respeito vi que faz sentido para minha carteira a mudança. É válido ressaltar que algumas das ações que tenho em carteira possuem baixa liquidez dos papéis ordinários, entretanto meu objetivo é obter um ganho de longo prazo e com isso a liquidez não é tão relevante, pois imagino que a eventual saída desses ativos possa ser feita paulatinamente.

Uma pequena sobra na corretora foi destinada para RURA11.

No último dia do mês optei por comprar papéis com o dinheiro economizado do mês. Os ativos escolhidos foram:

Itaúsa: Comprei 106 ações. No balanço deste trimestre a companhia anunciou que pretende reduzir as aquisições no momento e focar na redução da dívida. Acho que a posição da empresa faz sentido dentro da minha estratégia e por isso decidi comprar pelo preço atrativo.

WEG: Comprei de 35 ações. É uma rocha na bolsa brasileira, e que reportou um balanço sólido (apesar de pouco impressionante). Fazia muito tempo que não aporta na empresa e ela sempre parece cara demais, apesar da boa qualidade.

Suzano: Comprei 23 ações. Gostei do balanço da empresa neste trimestre e continuo acreditando na tese de longo prazo. A expectativa é sofrer um pouco com a baixa dos preços da celulose nos próximos trimestres, mas é um papel que quero levar para o longo prazo na minha carteira.

Taesa: Comprei 82 ações. Apresentou um bom balanço e a participação no leilão de transmissão terminou com ela arrematando um lote. É uma ótima pagadora de dividendos e tem oscilado muito pouco na cotação. A Taesa é aquele papel na minha carteira que funciona como uma renda fixa dentro da renda variável.

Ações: A temporada de balanço está encerrada. No geral posso dizer que gostei do que as empresas da minha carteira apresentaram. A única exceção foi AES Brasil que anunciou um payout elevadíssimo e poucos dias depois anunciou uma subscrição para financiar a expansão da companhia, acho que uma empresa que está crescendo deveria preferir preservar o caixa ao invés de sair pagando dividendos. Cheguei a cogitar no começo do mês (antes do balanço) em aportar na AESB3, mas decidi esperar a conclusão da subscrição e reavaliar.

Fundos Imobiliários: O KNRI11 tem fechado bons contratos de locação e parece viver uma nova fase.  Os fundos de papel sofreram muito com a queda da inflação. Os proventos mensais caíram.

Renda Fixa: Venceu uma LCI e fiz a reaplicação.

Investimentos no Exterior: Não fiz novos aportes no exterior. A carteira tem andado ao sabor do dólar.

Vida Profissional: Um colega de trabalho me indicou para uma vaga em outra unidade da minha empresa atual, acabei conversando brevemente com o o gestor de lá e ficou acertado que a transferência vai acontecer. Acredito que nos próximos fechamentos terei novidades.

Em comparação a vaga que não fui selecionado em junho, envolve um salário menor e na minha opinião atividades piores (e que não tenho experiência). Estou aceitando pois acho que ter essa experiência no currículo poderá ser interessante pensando em perspectivas de longo prazo. Estou empolgado? Não.

Também recebi a notícia que de meu gestor atual será transferido para outra unidade da empresa (a transferência dele acontecerá agora em setembro), no xadrez politico é uma pena pois eu tinha uma boa relação com ele. Já havia acertado com ele a minha transferência, mas o processo precisará provavelmente da benção do meu novo gestor. É possível ele barrar? Sim, mas não acho provável.

De qualquer forma estou de férias e só vou saber novidades quando eu voltar ao trabalho.

Vida pessoal: Sem informações relevantes.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Fechamento Julho/2022: R$ 268.648,75 (+2,13%)

Estamos avançando pelo segundo semestre e é possível dizer que a economia brasileira tem se saído melhor do que o esperado, apesar da alta prevista de 2% do PIB ser medíocre para um país emergente, o nosso histórico de crescimento não é dos melhores e devemos comemorar qualquer PIB positivo.

O que mudou em 2022? Aparentemente de fatores positivos temos apenas o boom das commodities e a ótima safra que deve ser colhido após dois anos de secas acima da média no centro-sul do país. Do lado negativo, o Brasil continua com um péssimo vício de usar qualquer espaço no orçamento para gastos populistas e de longo prazo. O ajuste fiscal feito no governo Temer e no começo do governo Bolsonaro é simplesmente um redirecionamento de recursos e que ninguém se engane com o suposto superávit das contas públicas, ele só vai acontecer por conta da PEC dos Precatórios e dos gordos dividendos que o governo está recebendo.

A corrida presidencial está começando nas próximas semanas e o cenário é dos mais desanimadores, é muito difícil imaginar que qualquer candidatura com a exceção das de Lula e Bolsonaro tenham viabilidade eleitoral, e justamente as duas candidaturas viáveis mostram até agora uma ausência de plano de governo para os próximos quatro anos, são apenas discursos vagos.

Acompanhei nos últimos dias as entrevistas dos presidenciáveis na GloboNews, gostei da Simone Tebet, ela não promete nada mirabolante e tem propostas centristas que pregam encontrar um meio termo entre os diversos interesses, mas como acreditar que ela pode ser presidente do país com 2% das intenções de voto faltando 60 dias para a votação?

Desde já deixo o meu repúdio que Lula e Bolsonaro estejam fugindo de debates e entrevistas (exceto aquelas feitas dentro da própria bolha), eles jogam dentro da própria bolha onde ninguém os questiona sobre temas espinhosos, contradições e planos para o governo. Espero sinceramente que ambos tenham a dignidade de participar de pelo menos três ou quatro debates de primeiro turno e da entrevista do JN no final de agosto (essa entrevista do JN é muito boa não pelo conteúdo em si, mas pela condução sempre agressiva dos jornalistas que ajudam a mostrar como os candidatos lidam com a pressão).


A rentabilidade em julho foi de +2,13%, o melhor desempenho até agora de 2022 e com isso a rentabilidade nominal acumulada no ano é de -0,32%, uma baita redução em termos nominais, entretanto em termos reais a rentabilidade está sofrendo muito com a inflação alta.

O desempenho foi puxado por esse sentimento global de que o pior já passou, o que eu pessoalmente não vejo sentido e acredito que a tendência ainda é mais de baixa do que alta dos mercados globais nos próximos meses.

Em julho foram recebidos R$ 367,43 em proventos, em comparação com o mesmo mês do ano passado o crescimento foi de +85,7%. No acumulado do ano temos R$ 2.640,06, um crescimento de +82,4%. O mês contou com dividendos atípicos de HGLG11 que pagou um não-recorrente.

Aportes: O menor aporte do ano até agora com R$ 1.335,12. É historicamente um mês de baixos aportes para a carteira e por isso decidi mandar para Renda Fixa (R$ 1.313,69), comprando IPCA+2026 com uma taxa de 6,08%. O restante foi apenas o reinvestimento dos dividendos do mês na Avenue, com a compra de SCHP (ETF de títulos de inflação americana).

Também fiz uma troca de ativos na carteira, optei por vender VINO11 e comprar RURA11.

Ações: A temporada de balanços acabou de começar e por ora acompanhei o resultado de duas companhias da minha carteira. A WEG que mostrou um balanço sólido, mas com sinais negativos nas margens, apesar disso a administração da empresa é extremamente qualificada e continua sendo um baita ativo, adoraria comprar mais de WEG, entretanto se ela caísse um pouco mais seria mais palatável.

A Suzano apresentou um lucro muito modesto, mas sua geração de caixa continua absurdamente grande e com a empresa crescendo seu resultado operacional. A situação da Suzano é interessante, a empresa está com uma perspectiva tão favorável de Caixa que resolveu investir ainda em sua estrutura produtiva neste ano e anunciou mais um programa de recompra de ações. Os meus objetivos com a Suzano são de longuíssimo prazo, espero colher os frutos somente na próxima década e a cotação andando de lado enquanto a empresa entrega evolução de performance me deixa muito satisfeito.

 FIIs: Vendi VINO11 por conta de aquisições que tem se mostrado pouco interessantes e da alavancagem do fundo, a rentabilidade dos aluguéis era muito baixa e a perspectiva de longo prazo parecia frágil.

A opção pela compra de RURA11 é que gosto do Itaú como gestora e considero que a carteira do fundo é atrativa por ser um fundo agro de papel com perfil com foco maior em high grade, o fundo ainda é jovem e está terminando seu processo de alocação, mas já está entregando proventos na faixa de 1% a.m. O financiamento do agronegócio é um case interessante de investimento, é o setor da nossa economia com a melhor competitividade e com ótimas perspectivas de longo prazo, por isso acredito que a tendência é o desenvolvimento do mercado de capitais.

ETF: Oscilando ao sabor do FED.

Renda Fixa: Estava pensando em comprar uma LIG IPCA+, mas são tantas restrições de horários para encontrar no site da Ágora que preferi o tradicional TD IPCA+.

Vida profissional: A crescente pressão por entregas de projetos. A reestruturação que comentei no começo do ano e que parecia provável simplesmente sumiu do radar nos últimos meses, hoje ninguém fala no assunto e não tem havido nenhuma movimentação a respeito.

Vida pessoal: Nada de relevante.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Fechamento Junho/2022: R$ 261.706,18 (-0,68%)

Todo mundo está querendo saber até onde vai o FED, e nesse mês eu vi e ouvi muita gente dando os mais diversos palpites, desde aqueles que esperam um FED extremamente agressivo com juros na faixa dos 6% daqui alguns semestres até aqueles que acreditam que logo o FED vai se dar conta de que é 2% a sua taxa natural e máxima para a economia. O que eu acho que vai acontecer?  Não faço ideia.

A realidade é que o que vimos até agora da pequena alta dos juros e a retirada de liquidez dos mercados é mais do que suficiente para mostrar quem estava nadando pelado na maré da liquidez, estamos assistindo ao vivo o lema “O caixa é o rei” sendo posto mais uma vez a prova e passando. O que não falta no Brasil e no mundo são empresas extremamente alavancadas que rezam todo dia para a queda dos juros, pois é provável que logo mais assistiremos os primeiros pedidos de falência e recuperação judicial. Por outro lado, as boas e velhas empresas da velha economia mostram resiliência e ótimas perspectivas de lucros e dividendos futuros.

A história nunca se repete, mas rima.

No mês de junho a rentabilidade da carteira oscilou entre o levemente positivo nos primeiros dias, passando por uma forte queda negativa no meio do mês. No final terminamos com -0,68% de rentabilidade mensal, com -2,41% de rentabilidade no acumulado anual.

Considero que foi um desempenho satisfatório para a carteira, com alguns bons ativos performando relativamente bem e a composição da carteira que inclui quase 60% de participação em Renda Fixa Pós-Fixada e Pré-Fixada IPCA+ Curto ajuda a amortecer essas oscilações.

Um espetáculo de dividendos no mês. O valor total creditado no mês foi de R$ 541,12, ou seja, o segundo melhor resultado da série histórica. O crescimento na comparação com o mesmo mês do ano passado foi de +151,09%. No acumulado deste ano já alcançamos R$ 2.272,93, um bom crescimento de +82,0%.

Aportes: No total foram aportados R$ 2.751,31 em junho. É um pequeno crescimento de +6,13% no total aportado. Os aportes foram destinados para:

BBSE3: Comprei mais um pouco de ações já pensando na provável distribuição de bons dividendos em agosto. O Banco do Brasil tem performado bem e a perspectiva de Selic alta faz do setor um bom destino de aportes.

SUZB3: Continuo apostando na Suzano para o longo prazo, apesar de ser uma empresa de commodities, ela tem planos claros de expansão, um mercado consumidor que ainda deve crescer muito e a vantagem do custo baixo. No final do mês ela anunciou um novo projeto de construir uma fábrica no Espírito Santo. É uma aposta de longo prazo.

GGBR4: Aqui está uma aposta de risco na carteira. A Gerdau tem perspectiva de pagar bons dividendos no curto e médio prazo, a empresa não passa por um ciclo de investimentos e está bem madura, mas tem uma exposição relevante a América Latina e Estados Unidos, com a queda da construção civil nos EUA pode ser prejudicada. Acabei aportando por conta da queda de -23% no mês, acho que precificou bem.

Nos EUA aportei os dividendos recebidos dos ETFs apenas em SCHD (ETF de empresas pagadoras de dividendos).

Ações: O mês foi bem morno por conta da entressafra de resultados. O Bradesco anunciou e pagou dividendos complementares, mas ficou abaixo do que eu esperava. A Cyrela despencou ainda mais (nessa ação vou ficar de olho no comportamento do endividamento, se mostrar boa situação do voltar a aportar).

No último dia do mês acontece um leilão de transmissão, não consegui acompanhar os resultados para entender se foram feitas boas aquisições pelas empresas da carteira.

Fundos Imobiliários: Não acompanhei de perto durante o mês. O que fiquei sabendo é que rolou um problemão com um imóvel do BTRA11, parece que o fundo comprou um imóvel todo enrolado e que faltou um pouco de atenção na hora de analisar a documentação. Na hora que me informei sobre o assunto já corri me informar se isso poderia ser um problema no RZTR11 que tenho na carteira, a princípio o que foi informado pela gestão do fundo após consulta de um cotista é que os fundos operam com formas de atuação diferentes.

ETF: Lá fora tudo derretendo durante o mês.

Renda Fixa: Tudo na mesma. No meio do mês consegui ver na Ágora as famosas LIG IPCA+, entretanto como já tinha renovado minha LCI decidi não fazer nenhum aporte no momento.

Vida profissional: Participei de um processo interno para uma vaga na matriz. Infelizmente não fui selecionado, cheguei a última etapa e conservei com o gestor da área, saí da entrevista com a sensação de que tinha passado, alguns dias depois veio o e-mail padrão informando a recusa. Fiquei sem entender.

Vida pessoal: Nada de relevante.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Fechamento Maio/2022: R$ 260.736,60 (-0,04%)

No mundo de juros zero surgiram as famosas SPACs, empresas que surgiram do nada com o objetivo de captar bilhões no oceano de liquidez dos Bancos Centrais. Na época o conceito de SPACs era um verdadeiro sucesso em Wall Street, nada melhor do que dar o dinheiro para um CNPJ investir em uma série de empresas, sem precisar aguardar para que essas empresas investidas passassem por um processo de IPO. O negócio de SPACs sempre veio acompanhado de metas de crescimento elevadas, o que era um prato cheio para a liquidez dos mercados de juro zero.

Agora estamos descobrindo que vários desses investimentos não estão sendo tão promissores como o pensando, com vários investimentos sendo duramente questionados quanto a capacidade de se manterem de pé. É sempre válido lembrar que quando você tem um negócio que devora caixa, é preciso que ele seja abastecido com fluxos de caixa dos investidores para manter a engrenagem rodando, enquanto isso acontece a tendência é que o negócio se mantenha em pé. O problema é que o dinheiro sumiu! Parece que o mundo descobriu que não importa o quanto de dinheiro você coloca em um negócio e o quão incrível seja a análise dos “indicadores alternativos”, se uma empresa não é capaz de fazer a lição básica: ter um fluxo de caixa saudável e lucro operacional. Que por coincidência não são aqueles indicadores fora de moda até pouco tempo atrás?

A maré da liquidez está baixando rápido e a queda média de -60% das SPACs tem algo a dizer sobre isso.

O mês de maio encerrou com rentabilidade de -0,04%, ou seja, ficamos praticamente no zero a zero. Entretanto não vejo motivos para pessimismo, pelo contrário vejo que existem várias oportunidades na bolsa brasileira e americana e falta dinheiro para aproveitar.

No acumulado do ano a rentabilidade é -1,76%, muito distante da meta anual.

A renda passiva em maio alcançou R$ 574,72, o que é um crescimento de +17,9% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a maio alcançamos R$ 1.731,81, uma alta de +67,5%.

Gostei muito do desempenho da renda passiva em maio, tendo em vista que batemos o recorde histórico. A Taesa não distribuiu dividendos referentes ao resultado do 1ºTrimestre de 2022, o que se tivesse acontecido o resultado desse mês teria sido ainda melhor.

Aportes: Zerei a minha posição de MXRF11 e com o valor da venda dividi entre CPTS11 e KNSC11. Com o dinheiro novo deste mês fiz aportes no Brasil e nos EUA. No fechamento do mês passado mencionei que uma ordem de compra de Alupar não tinha sido executada, a ordem acabou cancelando e fiz a aquisição dentro de maio.

As compras e o racional por trás delas foram os seguintes:

  • ALUPAR: A empresa está concluindo um ciclo de intensos investimentos que começou em meados de 2017, a maior parte dos gastos devem ser concluído entre o final desse ano e do próximo e as novas linhas de transmissões devem entrar em operação mais ou menos nesse mesmo período. A minha expectativa é que a empresa comece a distribuir um volume maior de dividendos nos próximos anos.
  • BB Seguridade: O resultado do 1º Trimestre me agradou e especialmente o crescimento do volume de vendas o que me deixou com a expectativa da empresa entregar bons dividendos nos próximos anos. A BB Seguridade é uma empresa estatal, entretanto o setor de seguros chama muito menos atenção de governantes do que o setor de petróleo e os bancos públicos.
  • Suzano: Comprei a Suzano depois de analisar essa empresa que estava abandonada na carteira. Estudando um pouco mais a fundo descobri que a empresa tem o menor custo de produção do mundo no setor de celulose, e está fazendo pesados investimentos no Projeto Cerrado que deve agregar uma enorme capacidade produtiva nos próximos quatro ou cinco anos. A Suzano está em um ciclo de investimentos, e em um ramo de atuação onde é difícil surgirem novos concorrentes tendo em vista que o Brasil é um ótimo local para se plantar florestas, que crescem rápido e tem um custo baixo. A demanda mundial de papel e celulose deve crescer nos próximos anos.

Só para reforçar que nenhum post que escrevo deve ser visto como recomendação de investimentos.

Nos EUA os investimentos foram nos tradicionais ETFs americanos: SCHD (ETF de pagadoras de dividendos), SCHP (ETF de títulos públicos de inflação) e VNQ (ETF de Real Estate).

Ações: Os balanços do primeiro trimestre me agradaram, quase todas as empresas da minha carteira reportaram lucros consistentes e boas perspectivas de longo prazo.

Estou de olho na WEG S.A para os próximos meses, a empresa dispensa apresentações sobre a qualidade da administração, entretanto como tudo mundo sabe da qualidade da WEG os múltiplos sempre são estratosféricos (30x ou mais o P/L), agora parece que a ação está ensaiando uma queda e vou ficar acompanhando de perto.

Fundos Imobiliários: O MXRF11 se envolveu naquela polêmica com a CVM, apesar de tudo ter sido resolvido e esclarecido pela CVM, entretanto não quero mais ter o ativo na carteira pois estou com um pouco de birra da qualidade dos FIIs da XP, por isso decidi vender. O CPTS11 e KNSC11 são de duas gestoras sólidas e entregam um Yield mais atrativo.

No geral tenho questionado a capacidade dos FIIs de corrigem a inflação no valor da cota de longo prazo. No momento não pretendo me desfazer da posição de Fundos Imobiliários, mas não vou fazer novos aportes.

ETFs: O dólar caiu e o S&P500 ficou no zero a zero. Nada de relevante por aqui.

Renda Fixa: Minha LCI venceu no final do mês, cheguei a procurar as famosas LIGs da Ágora, mas não encontrei nada disponível no site e olha que entrei pelo computador e no horário da manhã. No final decidi renovar a LCI com taxa de 99% do CDI que foi a proposta do banco.

Vida profissional: Nenhuma novidade sobre a reestruturação da unidade. Tudo segue na mesma.

Vida pessoal: Nada de relevante.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.