segunda-feira, 1 de abril de 2024

Fechamento Março/2024: R$ 402.029,17 (+1,66%)

 

É sempre curioso o otimismo do mercado com a nossa inflação, e quando vejo notícias como esse reajuste representado da Petrobras só consigo ser cético sobre quem projeta inflação rondando 3,5% nos próximos anos. O Brasil é uma potência inflacionária, essa inflação benigna dos últimos 12 meses é fruto de um pouco de sorte com a queda dos preços dos alimentos, mas também um certo represamento informal de preços que o governo promove.

O represamento dos preços da Petrobras não me incomoda isoladamente, não sou acionista da empresa e nem nunca comprei um papel da companhia, o que me incomoda é que sinto que começa na Petrobras e logo mais estaremos assistindo intervenção artificial no transporte público, na energia elétrica, concessões de infraestrutura e etc. Deixe a porta aberta e quando você voltar para olhar o governo terá levado todos os ovos.

O Lula está acuado e preocupado com a popularidade em queda e a pior coisa para o país é o Lula com baixa popularidade, é nesses momentos em que ele busca a qualquer preço subir seus índices e vai apelar sem medo para políticas com rápidos resultados de curto prazo, mesmo que gerem contas para pagar no médio-longo prazo. O que me surpreende no Lula é que se ele fosse mais esperto (como já foi no primeiro mandato) estaria passando algumas medidas de reformas e pró-mercado, certamente conseguiria colher elas no momento decisivo que é a eleição de 2026, o Bolsonaro só não conseguiu colher a tempo os frutos de suas medidas pois a pandemia atrapalhou a economia por quase dois anos, e claro, ele tinha certas limitações intelectuais. Eu não sei se o presidente se preocupa com a idade que tem, mas acho que o Lula III é muito imediatista, ele anda governando como se fosse morrer amanhã.

O mês foi de boa rentabilidade (+1,66%), novamente conseguimos vencer o CDI de março depois de já ter entregue um bom desempenho em fevereiro. Em termos acumulados estamos atrás do CDI desde o começo do ano, mas não posso reclamar da rentabilidade, considero muito satisfatória.

Em março foram creditados R$ 959,31 em proventos, em relação ao mesmo período do ano passado registrou-se uma queda de -3,51%. No acumulado dos três primeiros meses temos um total de R$ 2.018,15 pagos, crescimento de +21,33%.

A oscilação negativa em março não é fruto de nenhuma atipicidade, na verdade aconteceu por conta de que alguns proventos habitualmente pagos em março terem sido adiantados para fevereiro. O importante é o bom nível de crescimento dos proventos no acumulado do ano. Acredito que o crescimento no indicador acumulado deve desacelerar nos próximos meses, pois algumas boas pagadoras de dividendos devem reduzir os seus proventos, mas é um início de ano positivo.

Aportes: Foi aportado R$ 7.750,01 em março. O aporte expressivo é fruto de parte dos recursos não aportados em fevereiro e também do aporte mensal. Os valores foram totalmente alocados em ações brasileiras: Rumo Logística (RAIL3), Hypera (HYPE3) e Engie (EGIE3).

O motivo? Eram às ações que estavam “atrás” em participação % da carteira.

Renda Variável: A Alupar entregou um balanço sólido, com a novidade de que não deve focar em dividendos a partir de agora, a empresa já anunciou que deve iniciar um novo ciclo de investimentos, principalmente no exterior. A Cyrela entregou um balanço sólido, mostrando que uma construtora do segmento ‘A’ tem boas perspectivas em um segmento tão sensível a juros. Já a Rumo Logística, entregou um lucro praticamente zero, porém o guidance de 2023 foi feito conforme prometido e quase no topo da faixa de projeções positivas, a companhia mostra uma boa capacidade de execução.

FIIs: Não estou acompanhando de perto. O que achei interessante é que já parei de comprar faz dois anos os FIIs e os dividendos que deveriam acompanhar a valorização dos imóveis na teoria, não o fazem na prática, está estagnado frente ao mesmo período de março do ano passado.

Renda Fixa: Nada de relevante, só os juros pós caindo.

Ativos do exterior: O otimismo generalizado no mercado lá fora é preocupante, todo mundo espera um pouso suave.

Vida Profissional: Meu resultado na nova função tem sido considerado ‘bom’, apesar de que não posso dizer que tem sido fácil, me considero tecnicamente muito bom, mas essa questão de relacionamento com clientes internos e externos é algo que não consigo desenvolver bem, que ninguém entenda que eu seja grosso e trate mal às pessoas, não é isso! É que não sei explicar bem, só sinto que isso é uma dificuldade que tenho e querendo ou não, gera alguns impactos no trabalho. De forma geral gosto da função que desempenho.

O que me preocupou recentemente foi que andei vendo os meus pares de função e analisando o histórico de carreira daqueles com mais tempo no cargo, não vi grande ascensão de carreira depois que chegaram nesse cargo, muitos estão faz bons anos sem avançar na carreira, apesar de boas entregas. Isso é algo que me preocupa seriamente, não me mudei de estado para ficar estagnado na carreira. Não estou pedindo uma promoção amanhã, mas sinceramente me ascende um alerta quando vejo esse cenário.

Vida Pessoal: Ando meio triste na nova cidade, não é que não gosto da vida na capital é que me sinto sozinho e distante dos amigos e família. Tento manter o contato online com todos, mas é diferente de ter o contato físico. Ver postagem nas redes sociais e pensando “eu poderia estar lá com meus amigos” também não ajuda. Eu sei que vocês vão dizer para “sair de casa e conhecer pessoas”, mas eu já sou bem introvertido, então é nada fácil.

A diferença cultural e de culinária também anda me pegando, não é uma cultura que eu goste e sinto falta de alimentos e marcas que encontrava no meu estado, são coisas bobas do cotidiano que eu estava acostumado.

Comparado a minha cidade anterior (que já não era a cidade dos meus pais), o lado bom é que aqui tenho um avanço de carreira e o lado ruim é todo o resto. É insuportável morar aqui? Não, mas não me vejo morando aqui a longo prazo.

Tudo na vida é fase e essa não é a última (espero hahaha’), é só mais uma.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Fechamento Fevereiro/2024: R$ 388.126,67 (+1,41%)

Sempre falei que Lula é um político muito mais hábil do que Bolsonaro, enquanto o último é uma máquina de falar coisas sem sentido e que só o prejudicam, Lula é um político safo. É só ver que ele não pensa duas vezes em criticar Israel para agradar sua claque e os árabes, ao mesmo tempo em que silencia sobre à agressão da Rússia a Ucrânia.

Não quero entrar no mérito de quem está certo ou errado nos dois conflitos, mas peço ao leitor que lembre-se de que a politica real envolve interesses em primeiro lugar e não idealismos.  O Lula tem um sonho de ganhar um Nobel da Paz, isso é uma certeza que já tenho faz anos, ele sempre tentou se meter em conflitos internacionais como intermediador, mas sem grande sucesso. O playground preferido dele é a política externa, ele ama ser visto como um estadista global e de fato tem uma boa imagem com os europeus principalmente. O Lula tem anseio de grandeza externa para o Brasil, você caro leitor assim como eu certamente acha um absurdo os bilhões que o Brasil gastou (mal) em países sul-americanos, Cuba e na África financiando projeto de infraestrutura seno que tem tanta obra que precisa ser feita no Brasil, mas existia um pensamento estratégico nisso, na verdade imperialista, o presidente sempre viu a América do Sul como o nosso “Destino Manifesto”, claro, sem a parte polêmica da versão original americana. E convenhamos que o Brasil do primeiro e o segundo mandato dele era o “Brasil Potência”, mas não tínhamos fôlego para entregar resultados sustentáveis.

O resultado foi que com a crise econômica a partir de 2014, o Brasil perdeu protagonismo na América do Sul, hoje somos atores coadjuvantes da China, EUA e até antes da guerra da Ucrânia, os russos pareciam melhor posicionados por aqui. O Lula já deixou claro quer resgatar esse papel e só não está financiando obras lá fora, pois tem juízo e sabe que não existe clima (no momento).

Então quando verem Lula falando sobre Israel, lembrem-se é só o complexo de estadista (pragmático) puxando sardinha para o lado que ele acha que mais lhe beneficia.

Um mês com rentabilidade melhor, a carteira fechou com +1,41%, acima do CDI mensal e recuperando o desempenho negativo registrado em janeiro.

O ambiente doméstico ficou mais calmo, e o Ibovespa subiu quase 1%, várias ações na carteira apresentaram bom resultado, mas o ambiente internacional com a bolsa americana em festa, junto com um Real que não se apreciou possibilitou um bom resultado.

Renda Passiva: Foram creditados R$ 460,19 em fevereiro, esse valor representa um crescimento de +134,8% frente ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano já foram creditados R$ 1.058,84, alta de +58,40%. 
O crescimento pode parecer expressivo, mas recomendo ao leitor que espere o consolidado do trimestre, pois houve distorções de pagamento no início desse ano, no sentido de que empresas fugiram da sua época habitual, caso da BB Seguridade que tem grande relevância como pagadora de dividendos na carteira.

Aportes: Aportei apenas R$ 8.203,84, fevereiro é quando recebemos o bônus da empresa que veio levemente abaixo do ano passado, mas acabei aportando menos pois estou gastando mais e principalmente por que deixei sem querer uma ordem não enviada na corretora. Já pretendo regularizar amanhã ou nos próximos dias.

Os aportes foram em Bradesco e Gerdau, seguindo a estratégia de aportar em quem está mais para trás na carteira em share, aportei em IVVB11 e também reinvesti os dividendos na Avenue em SCHD.

Renda Variável: Itaúsa com resultado fantástico, fruto do desempenho fantástico do Itaú, Sanepar indo bem e Suzano cada vez mais mostrando que é um colosso em construção. De destaque negativo o Bradesco que decepcionou muito no resultado e parece meio perdido na vida, claro, sem chance de falir e tudo mais, mas imagino que se não corrigir o rumo urgentemente pode ser tarde demais para ser competitivo igual antes. Já a AES Brasil enfrenta boatos de que sua matriz quer vender a operação no Brasil, por ora não parece nada quente.

Fundos Imobiliários: Sigo não olhando essa classe, está largada na carteira.

Ativos do exterior: Mercado muito animado lá fora, apesar do FED não dar sinais de que vai começar um corte prematuro e afobado de juros. Tudo muito calmo na economia mundial.

Renda Fixa: Tudo na mesma.

Vida Profissional: Trabalho novo está sendo desgastante, em comparação aos meus pares de função acredito que talvez possa ser o mais preparado para desempenhar às funções, pelo conhecimento que já tenho das minhas atividades. O problema é que tenho tido dificuldade para tocar os projetos, estava até com animação para fazer um bom mês, mas essa semana problemas em cadeia começaram a aparecer e de resolução impossível ou muito complexa. Também descobri que meu salário está bem abaixo dos meus colegas, para ser equiparado aos meus colegas com igual conhecimento teórico, experiência e tamanho das responsabilidades eu precisaria que ele fosse reajusto em +25%. Isso me deixou frustrado. Também descobri que a empresa contratou dois profissionais do mercado para uma posição não muito longe de onde eu morava antes, fiquei chateado pois preferia morar lá do que aqui.

Vida Pessoal: Ando triste com a mudança para a capital, a cidade não é ruim. A questão é que longe de casa e caro para ir visitar a família, tenho saudades dos amigos de lá. Sou uma pessoa mais fechada, não faço amizades tão fácil. Imagino que seja questão de tempo para se acostumar por aqui, mas não tem sido fácil. Por ora vou levanto, mas a ideia hoje é buscar voltar para o meu estado.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Fechamento Janeiro/2024: R$ 375.472,31 (-1,10%)

 

De todos os indicadores econômicos não é de hoje que o desemprego é um dos que dou mais valor, acho que tem que ser a prioridade de qualquer governante a geração de emprego para a população. O trabalhador comum só tem uma chance de se livrar (ou pelo menos diminuir) um pouco os abusos do patrão – vivendo em um mercado de trabalho aquecido. Se a oferta de emprego está grande ele pode simplesmente trocar de emprego com mais facilidade e a partir de um certo nível o patrão tem que começar a remunerar melhor o seu funcionário e até oferecer condições mais dignas de trabalho para evitar a evasão para a concorrência.

Hoje parece que o mercado de trabalho brasileiro em linhas gerais está começando a ver os primeiros sinais desses benefícios, com o rendimento real médios dos trabalhadores subindo 3,6% em 2023. O Lula que não é bobo sabe que isso traz popularidade para o presidente, sempre faltou um pouco de tato no Paulo Guedes em relação a isso.

O que me preocupa é esse momento que vivemos de tanta calmaria econômica aqui e lá fora, parece que não tem grandes problemas econômicos acontecendo e a maioria das dúvidas é se teremos cenários “ótimos” ou “bons” pela frente. Isso não é normal e me deixa com um pé atrás.

O ano começou com queda de -1,02% de desempenho na carteira. Neste mês não consegui realizar aportes adicionais, apesar de ter prometido retomar os aportes em janeiro, acabou que na correria não consegui aportar.

A renda passiva somou R$ 598,65 pagos neste mês, em comparação a janeiro de 2023 o crescimento foi de +26,6% frente ao mesmo mês do ano passado. O destaque foi para a carteira de ações que fez ótimos pagamentos e diversificado entre vários ativos.

Uma pequena menção curiosa é que já vai para dois anos sem aportes em FIIs e veja que enquanto em janeiro de 2023 eu tinha recebido R$ 203,40, esse ano foi apenas R$ 172,95. Eu tenho observado isso já faz alguns meses, isso tem me deixado de fora dessa classe. Não estou vendo se quer a manutenção de valor a longo prazo.

Ações: Boatos que a AES quer vender a subsidiária brasileira, isso caso se concretize me colocaria a frente da primeira empresa da carteira a sair da bolsa, por ora é questão de aguardar se isso vai acontecer ou não. A Hypera não anda muito bem na cotação, tem sofrido principalmente de perspectivas menores de lucratividade no curto prazo por conta de estoque encalhado de medicamentos do último inverno, de qualquer forma continua sendo sólida.

FIIs: Já relatei acima minha desconfiança sobre o assunto. Continuo não acompanhando.

Ativos do exterior: Não estou acompanhando de perto, mas pelo visto tudo andou quase de lado lá fora. O negócio mesmo é saber quando o FED vai cortar.

Renda Fixa: Infelizmente sofrendo com os cortes de SELIC. O tempo do Tesouro IPCA+6% parece que ficou para trás e novamente não aproveitei.

Vida profissional: Já comecei na função nova, mas faz poucos dias e quero trazer um relato daqui a algum tempo quando tudo estiver maduro.

Vida profissional: A mudança de estado acabou custando uma boa grana, mas abaixo da reserva que eu tinha feito para essa finalidade. Por ora estou conhecendo a nova cidade. Sinto saudades da família e dos amigos no meu estado, mas sei que isso vai passar com o tempo, já vivi isso antes na mudança anterior.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Fechamento Dezembro/2023: R$ 379.662,24 (+3,10%)

Post de fechamento de dezembro e por consequência de ano é sempre mais longo, ao contrário dos outros meses vou repetir o ano passado e não falar sobre algo que aconteceu nos últimos dias e sim voltar quase um ano no tempo para as previsões econômicas que tinham sido feitas para 2023.

Os erros sempre se repetem e eu não conheço nenhuma profissão onde exista tamanha tolerância através da margem de erro, alguém já viu esse nível de tolerância em alguma engenharia? Na medicina? Contabilidade? Eu não conheço.

Talvez você caro leitor argumente que eu não levo em conta que a economia é viva e que por isso vários fatores acontecem durante o ano que impactam significativamente no resultado econômico, bom é um argumento válido, mas se você parte do pressuposto que é certo que existem vários eventos não conhecidos durante o ano e que vão causar impacto nas projeções econômicas, o certo não seria se abster de fazer essas projeções?

Ao contrário de 2020 e em menor medida de 2021 e 2022, quando fatores inusitados e extremos surgiram na economia mundial em 2023 tivemos um ano relativamente calmo, sem grandes stress econômicos e políticos. O que justifica tamanha ousadia ou imprecisão?

FECHAMENTO DEZEMBRO 2023 – FECHAMENTO ANUAL

A carteira encerrou o mês com um desempenho positivo de 3,10%, no acumulado anual fechou com 11,97% de alta (segundo a planilha AdP, que sofre distorções causadas pelos aportes que dividendos reinvestidos).

Como rentabilidade alternativa apresento para vocês a rentabilidade do site Status Invest e que decidi adotar como rentabilidade divulgada a partir de 2024.

O StatusInvest indica que a carteira se valorizou 15,28% em 2023, é acima do CDI acumulado de 13,03%, mas abaixo do desempenho do Ibovespa 22,28%.  É de longe o melhor desempenho na série histórica. O principal foi ter vencido a inflação do ano (estimada próxima de 4,5%).  Posso dizer que fiquei extremamente satisfeito com o desempenho.

Em valores nominais o patrimônio cresceu R$ 82.156,76, outro recorde de crescimento anual. E isso em um ano onde aportei menos do que em 2022, com R$ 41.562,10 aportados, uma queda de R$ 11.768,40.

Essa queda no aporte se deve apenas a minha economia de recursos para a mudança de estado que comecei a implementar no mês de setembro, se não fosse por esse motivo teria aportado mais do que o passado.

Em dezembro recebi R$ 891,30 de renda passiva (-16,7% frente dezembro de 2022). A queda está relacionada principalmente a ausência de pagamentos extraordinários por algumas empresas, sem preocupações adicionais.

No acumulado de 2023 foram recebidos R$ 6.601,13, crescimento de +25,5%. Quero frisar que esse ano adotei uma filosofia mais parecida com a do Bastter de ignorar dividendos e focar no equilíbrio de participações das ações da carteira, ou seja, os prognósticos individuais de pagamento e até mesmo de desempenho das empresas foram deixados em segundo plano, ainda assim apresentei um forte crescimento na renda passiva, com uma média mensal próxima de R$ 550.

Você leitor pode achar pouco, mas considere que é cerca de 41% do valor do salário mínimo brasileiro que é a fonte de renda de milhões de pessoas. Se você considerar que ainda sou relativamente jovem e que tenho se tudo der certos vários anos de aportes pela frente, às perspectivas são muito boas.

Composição da carteira de investimentos:

A carteira continua caminhando para uma maior participação de renda variável, hoje os ativos de renda fixa somados alcançam 49,61% da carteira (55,4% em 2022), pela primeira vez estão abaixo de metade da carteira total. O grande responsável por esse crescimento da RV foi a carteira de ações domésticas, que foi o destinatário de grande parte dos aportes, com 28,63% da carteira (19,65% em 2022).

Já outros ativos como Fundos Imobiliários e Agro são agora 6,05% (7,20% em 2022), com zero reais aportados nessa classe. Os investimentos em ativos do exterior apesar de terem recebido aportes, viu sua participação ser reduzida para 15,71% da carteira (17,28% em 2022), o que pressionou essa classe foi principalmente a queda do dólar.

Nesse ano o foco foi equilibrar o peso das ações na carteira, é uma tarefa árdua levando em conta que existe um desbalanceamento significativo, essa ideia foi inspirada na filosofia do Bastter de que eu sou idiota e que não sou capaz de identificar qual ação está barata, restando apenas focar em comprar boas empresas.

Por adotar uma filosofia inspirada nele deixei de acrescentar novos ativos na carteira, e o aporte sempre foi nos papéis com menor participação, exceto a Rumo Logística que deixei na quarentena até final de agosto.

O resultado da estratégia foi satisfatório, consegui deixar a carteira relativamente mais equilibrada, claro, um equilíbrio perfeito significaria 7,14% de participação pra cada papel, e isso é impossível, pois cada empresa está vivendo uma realidade diferente. O plano é manter essa estratégia, confesso que dá mais paz e me permite focar em outras coisas se não investimentos, pois não sinto mais aquela ansiedade de ficar por dentro de tudo, fora que retirou um pouco o viés de aportar nas minhas “queridinhas”.

ATIVO

% da carteira de Fundos Imobiliários

KNSC11 (Papel)

23,0

MALL11 (Tijolo - Shopping)

17,6

CPTS11 (Papel)

15,9

KNRI11 (Tijolo – Diversificado)

13,7

HGLG11 (Tijolo – Logística)

12,0

RZTR11 (Papel)

9,9

RURA11 (FIIAgro - Papel)

7,9

Os fundos imobiliários deixei abandonados na carteira. O grande ponto negativo do ano foi o CPTS11 que está indo de mal a pior, com a gestão deixando de entregar a boa performance de antigamente. No balanço do ano são os fundos de tijolo que se saíram um pouco melhor.

ATIVO

% da carteira de Ativos do Exterior

IVVB11 (ETF brasileiro do S&P500)

52,2

SCHD (ETF de Dividendos)

27,4

SCHP (ETF de Inflação)

10,8

VNQ (ETF de Real Estate)

9,6

No exterior o crescimento das grandes empresas de tecnologia puxou o S&P500, por consequência esse índice apresentou um crescimento na participação da carteira, deixando para trás os outros ETFs.

Metas 2023

No começo do ano defini apenas uma meta de aportar R$ 36.000,00 em 2023, essa meta foi alcançada com o total dos aportes sendo de R$ 41.562,10.

De forma abstrata também disse que buscaria a evolução profissional em 2023, buscando manter meu emprego e evoluir minhas habilidades. Nesse aspecto consegui manter o emprego, evoluir minhas habilidades e consegui mais uma promoção. Foi um bom ano.

-

Foi um bom ano na minha vida, talvez o melhor que eu já tive. Chego a me emocionar escrevendo isso, conheci pessoas boas e que levo como amigos, com a mudança de estado vou ficar com saudades, mas vou sabendo que posso conhecer pessoas legais por lá também.

Que Deus nos guie em 2024 e que seja um ano feliz para todos nós!

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.