domingo, 1 de agosto de 2021

Fechamento Julho/2021: R$ 213.828,58 (+1,09%)

 
Depois de mais uma ideia absurda do Paulo Guedes para "resolver" os problemas do nosso país, parece que a proposta evoluiu com a pressão do lobby dentro do Congresso e os fundos imobiliários vão manter a isenção, é cedo para comemorar e se tratando de Brasil devemos aguardar até o final da tramitação.

Apesar disso tudo é preciso reconhecer que essa proposta continua escancarando dois problemas históricos do nosso país: primeiro, a necessidade de proteger os privilégios de parte da sociedade (O assalariado de R$ 3 mil paga IR, mas é um absurdo cobrar do empresário que ganha R$ 20 mil) e segundo, a sanha gastadora de nossos governantes (planejam cortar impostos e abrir um buraco de pelo menos R$ 20 bilhões e que aparentemente ninguém está preocupado em tampar). Espero que todos já tenham percebido que seja de esquerda ou de direita sempre que parece sobrar um espaço nas contas públicas o destino é sempre para mais gastos e subsídios (e sempre o mais ineficiente possível), a dívida e o déficit que lutem por si.

Enquanto o Legislativo segue mostrando suas deficiências matemáticas, do outro lado da Praça dos Três Poderes parece que estão querendo organizar uma rolê com temática dos anos 60, mas não se preocupe esse é tipo de evento onde só participa se tiver o nome na lista e você leitor não está nela.


Depois de amargar dois meses consecutivos de rentabilidade negativa a carteira finalmente voltou para o terreno positivo. A valorização de +1,09% é comemorável, mas quando olhamos para o acumulado do ano com alta de apenas +0,57% não existem muitos motivos para celebrar, ainda mais considerando que no mesmo período do ano passado o acumulado era de +2,31%.



Os dividendos vieram acima do que eu esperava, com um total de R$ 197,85 recebidos ao longo do mês. A carteira de fundos imobiliários foi responsável por 2/3 desse montante. A surpresa positiva nos dividendos ficou por conta de BBDC que entregou dividendos que eu não esperava quando o mês começou.

Aportes: Conforme o esperado foi um mês muito magro de aportes, fruto de gastos previstos (abaixo do esperado) e imprevistos (acima do esperado), entretanto considero que o simples fato de ter aportado é motivo para comemorar, pois o mês de Julho não tinha previsão de aportes quando elaborei o planejamento do ano.
Investi apenas R$ 1,1 mil e foi tudo para Fundos Imobiliários. Optei por MALL11 (apostando na reabertura da economia e na volta da ocupação dos espaços vazios em shoppings no médio-prazo) e MXRF11 (escolhi por ter um bom yield e por ser tão baratinho que era o único destino possível para as sobras).

Ações: No mês passado falei que Bradesco estava chamando minhas atenções por conta da minha estratégia pós-tributação de dividendos, mas preferi aguardar mais um pouco na expectativa de entender melhor como o Open Finance vai impactar as atividades do banco, vou ficar de olho no resultado do 2º trimestre do bancão, a linha que me chama mais atenção é a de redução de despesas o banco deu uma bela remodelada na estrutura física.
Vou ficar de olho em Via (VVAR3) a empresa não tem me agradado e nem apresentado performance interessante, estou querendo adquirir novos ativos, mas sinto que tenho que manter a quantidade de ativos sob controle e penso em substituir ela por alguma outra posição mais agradável.

Fundos Imobiliários: Uma boa recuperação para a galerinha como um todo. Andei pesquisando um pouco mais a fundo sobre a gestão dos meus fundos e descobri que a galera não está nada contente com a qualidade de RBFF11 (Rio Bravo) e existem alguns asteriscos em VINO11 (Alto % de aluguel para a própria gestora). A diferença aqui nos FIIs é que quero melhorar a qualidade da carteira, mas sinto dificuldade em encontrar bons ativos no setor, ultimamente fiquei com a impressão de que o foco é simplesmente fazer emissão encima de emissão para aumentar o PL e a receita com taxa de administração. 

ETFs: O IVVB11 subiu (o que ajudou muito na boa performance da carteira) fruto do otimismo na economia americana. O HASH11 também resolveu subir com força na segunda quinzena do mês, entretanto não me empolga para uma nova aplicação, imagino que depois de VVAR3 é um possível alvo para cair fora da carteira.

Renda Fixa: A Selic subindo ajuda minha LCI  e meus pós-fixados. Aqui o ambiente é tranquilo e está no piloto automático. Imagino que TD possa ocupar uma posição mais central nos aportes da minha carteira em 2022 quando a turbulência oferecer janelas de oportunidade.

Vida profissional: Cobrança muito intensa no trabalho, com algumas demissões acontecendo. Estou mais reflexivo com minhas perspectivas e planos na empresa, vamos ver como o cenário se molda nos próximos meses.

Vida pessoal: Eu sai com colegas algumas vezes durante o mês, com a doença diminuindo a galera está ficando mais solta e por aqui quase ninguém ainda leva realmente a sério os protocolos sanitários. A vacinação por faixa etária avança na minha cidade, mas infelizmente sou praticamente um dos últimos que vai receber a vacina.

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AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.