sexta-feira, 1 de março de 2024

Fechamento Fevereiro/2024: R$ 388.126,67 (+1,41%)

Sempre falei que Lula é um político muito mais hábil do que Bolsonaro, enquanto o último é uma máquina de falar coisas sem sentido e que só o prejudicam, Lula é um político safo. É só ver que ele não pensa duas vezes em criticar Israel para agradar sua claque e os árabes, ao mesmo tempo em que silencia sobre à agressão da Rússia a Ucrânia.

Não quero entrar no mérito de quem está certo ou errado nos dois conflitos, mas peço ao leitor que lembre-se de que a politica real envolve interesses em primeiro lugar e não idealismos.  O Lula tem um sonho de ganhar um Nobel da Paz, isso é uma certeza que já tenho faz anos, ele sempre tentou se meter em conflitos internacionais como intermediador, mas sem grande sucesso. O playground preferido dele é a política externa, ele ama ser visto como um estadista global e de fato tem uma boa imagem com os europeus principalmente. O Lula tem anseio de grandeza externa para o Brasil, você caro leitor assim como eu certamente acha um absurdo os bilhões que o Brasil gastou (mal) em países sul-americanos, Cuba e na África financiando projeto de infraestrutura seno que tem tanta obra que precisa ser feita no Brasil, mas existia um pensamento estratégico nisso, na verdade imperialista, o presidente sempre viu a América do Sul como o nosso “Destino Manifesto”, claro, sem a parte polêmica da versão original americana. E convenhamos que o Brasil do primeiro e o segundo mandato dele era o “Brasil Potência”, mas não tínhamos fôlego para entregar resultados sustentáveis.

O resultado foi que com a crise econômica a partir de 2014, o Brasil perdeu protagonismo na América do Sul, hoje somos atores coadjuvantes da China, EUA e até antes da guerra da Ucrânia, os russos pareciam melhor posicionados por aqui. O Lula já deixou claro quer resgatar esse papel e só não está financiando obras lá fora, pois tem juízo e sabe que não existe clima (no momento).

Então quando verem Lula falando sobre Israel, lembrem-se é só o complexo de estadista (pragmático) puxando sardinha para o lado que ele acha que mais lhe beneficia.

Um mês com rentabilidade melhor, a carteira fechou com +1,41%, acima do CDI mensal e recuperando o desempenho negativo registrado em janeiro.

O ambiente doméstico ficou mais calmo, e o Ibovespa subiu quase 1%, várias ações na carteira apresentaram bom resultado, mas o ambiente internacional com a bolsa americana em festa, junto com um Real que não se apreciou possibilitou um bom resultado.

Renda Passiva: Foram creditados R$ 460,19 em fevereiro, esse valor representa um crescimento de +134,8% frente ao mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano já foram creditados R$ 1.058,84, alta de +58,40%. 
O crescimento pode parecer expressivo, mas recomendo ao leitor que espere o consolidado do trimestre, pois houve distorções de pagamento no início desse ano, no sentido de que empresas fugiram da sua época habitual, caso da BB Seguridade que tem grande relevância como pagadora de dividendos na carteira.

Aportes: Aportei apenas R$ 8.203,84, fevereiro é quando recebemos o bônus da empresa que veio levemente abaixo do ano passado, mas acabei aportando menos pois estou gastando mais e principalmente por que deixei sem querer uma ordem não enviada na corretora. Já pretendo regularizar amanhã ou nos próximos dias.

Os aportes foram em Bradesco e Gerdau, seguindo a estratégia de aportar em quem está mais para trás na carteira em share, aportei em IVVB11 e também reinvesti os dividendos na Avenue em SCHD.

Renda Variável: Itaúsa com resultado fantástico, fruto do desempenho fantástico do Itaú, Sanepar indo bem e Suzano cada vez mais mostrando que é um colosso em construção. De destaque negativo o Bradesco que decepcionou muito no resultado e parece meio perdido na vida, claro, sem chance de falir e tudo mais, mas imagino que se não corrigir o rumo urgentemente pode ser tarde demais para ser competitivo igual antes. Já a AES Brasil enfrenta boatos de que sua matriz quer vender a operação no Brasil, por ora não parece nada quente.

Fundos Imobiliários: Sigo não olhando essa classe, está largada na carteira.

Ativos do exterior: Mercado muito animado lá fora, apesar do FED não dar sinais de que vai começar um corte prematuro e afobado de juros. Tudo muito calmo na economia mundial.

Renda Fixa: Tudo na mesma.

Vida Profissional: Trabalho novo está sendo desgastante, em comparação aos meus pares de função acredito que talvez possa ser o mais preparado para desempenhar às funções, pelo conhecimento que já tenho das minhas atividades. O problema é que tenho tido dificuldade para tocar os projetos, estava até com animação para fazer um bom mês, mas essa semana problemas em cadeia começaram a aparecer e de resolução impossível ou muito complexa. Também descobri que meu salário está bem abaixo dos meus colegas, para ser equiparado aos meus colegas com igual conhecimento teórico, experiência e tamanho das responsabilidades eu precisaria que ele fosse reajusto em +25%. Isso me deixou frustrado. Também descobri que a empresa contratou dois profissionais do mercado para uma posição não muito longe de onde eu morava antes, fiquei chateado pois preferia morar lá do que aqui.

Vida Pessoal: Ando triste com a mudança para a capital, a cidade não é ruim. A questão é que longe de casa e caro para ir visitar a família, tenho saudades dos amigos de lá. Sou uma pessoa mais fechada, não faço amizades tão fácil. Imagino que seja questão de tempo para se acostumar por aqui, mas não tem sido fácil. Por ora vou levanto, mas a ideia hoje é buscar voltar para o meu estado.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Fechamento Janeiro/2024: R$ 375.472,31 (-1,10%)

 

De todos os indicadores econômicos não é de hoje que o desemprego é um dos que dou mais valor, acho que tem que ser a prioridade de qualquer governante a geração de emprego para a população. O trabalhador comum só tem uma chance de se livrar (ou pelo menos diminuir) um pouco os abusos do patrão – vivendo em um mercado de trabalho aquecido. Se a oferta de emprego está grande ele pode simplesmente trocar de emprego com mais facilidade e a partir de um certo nível o patrão tem que começar a remunerar melhor o seu funcionário e até oferecer condições mais dignas de trabalho para evitar a evasão para a concorrência.

Hoje parece que o mercado de trabalho brasileiro em linhas gerais está começando a ver os primeiros sinais desses benefícios, com o rendimento real médios dos trabalhadores subindo 3,6% em 2023. O Lula que não é bobo sabe que isso traz popularidade para o presidente, sempre faltou um pouco de tato no Paulo Guedes em relação a isso.

O que me preocupa é esse momento que vivemos de tanta calmaria econômica aqui e lá fora, parece que não tem grandes problemas econômicos acontecendo e a maioria das dúvidas é se teremos cenários “ótimos” ou “bons” pela frente. Isso não é normal e me deixa com um pé atrás.

O ano começou com queda de -1,02% de desempenho na carteira. Neste mês não consegui realizar aportes adicionais, apesar de ter prometido retomar os aportes em janeiro, acabou que na correria não consegui aportar.

A renda passiva somou R$ 598,65 pagos neste mês, em comparação a janeiro de 2023 o crescimento foi de +26,6% frente ao mesmo mês do ano passado. O destaque foi para a carteira de ações que fez ótimos pagamentos e diversificado entre vários ativos.

Uma pequena menção curiosa é que já vai para dois anos sem aportes em FIIs e veja que enquanto em janeiro de 2023 eu tinha recebido R$ 203,40, esse ano foi apenas R$ 172,95. Eu tenho observado isso já faz alguns meses, isso tem me deixado de fora dessa classe. Não estou vendo se quer a manutenção de valor a longo prazo.

Ações: Boatos que a AES quer vender a subsidiária brasileira, isso caso se concretize me colocaria a frente da primeira empresa da carteira a sair da bolsa, por ora é questão de aguardar se isso vai acontecer ou não. A Hypera não anda muito bem na cotação, tem sofrido principalmente de perspectivas menores de lucratividade no curto prazo por conta de estoque encalhado de medicamentos do último inverno, de qualquer forma continua sendo sólida.

FIIs: Já relatei acima minha desconfiança sobre o assunto. Continuo não acompanhando.

Ativos do exterior: Não estou acompanhando de perto, mas pelo visto tudo andou quase de lado lá fora. O negócio mesmo é saber quando o FED vai cortar.

Renda Fixa: Infelizmente sofrendo com os cortes de SELIC. O tempo do Tesouro IPCA+6% parece que ficou para trás e novamente não aproveitei.

Vida profissional: Já comecei na função nova, mas faz poucos dias e quero trazer um relato daqui a algum tempo quando tudo estiver maduro.

Vida profissional: A mudança de estado acabou custando uma boa grana, mas abaixo da reserva que eu tinha feito para essa finalidade. Por ora estou conhecendo a nova cidade. Sinto saudades da família e dos amigos no meu estado, mas sei que isso vai passar com o tempo, já vivi isso antes na mudança anterior.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Fechamento Dezembro/2023: R$ 379.662,24 (+3,10%)

Post de fechamento de dezembro e por consequência de ano é sempre mais longo, ao contrário dos outros meses vou repetir o ano passado e não falar sobre algo que aconteceu nos últimos dias e sim voltar quase um ano no tempo para as previsões econômicas que tinham sido feitas para 2023.

Os erros sempre se repetem e eu não conheço nenhuma profissão onde exista tamanha tolerância através da margem de erro, alguém já viu esse nível de tolerância em alguma engenharia? Na medicina? Contabilidade? Eu não conheço.

Talvez você caro leitor argumente que eu não levo em conta que a economia é viva e que por isso vários fatores acontecem durante o ano que impactam significativamente no resultado econômico, bom é um argumento válido, mas se você parte do pressuposto que é certo que existem vários eventos não conhecidos durante o ano e que vão causar impacto nas projeções econômicas, o certo não seria se abster de fazer essas projeções?

Ao contrário de 2020 e em menor medida de 2021 e 2022, quando fatores inusitados e extremos surgiram na economia mundial em 2023 tivemos um ano relativamente calmo, sem grandes stress econômicos e políticos. O que justifica tamanha ousadia ou imprecisão?

FECHAMENTO DEZEMBRO 2023 – FECHAMENTO ANUAL

A carteira encerrou o mês com um desempenho positivo de 3,10%, no acumulado anual fechou com 11,97% de alta (segundo a planilha AdP, que sofre distorções causadas pelos aportes que dividendos reinvestidos).

Como rentabilidade alternativa apresento para vocês a rentabilidade do site Status Invest e que decidi adotar como rentabilidade divulgada a partir de 2024.

O StatusInvest indica que a carteira se valorizou 15,28% em 2023, é acima do CDI acumulado de 13,03%, mas abaixo do desempenho do Ibovespa 22,28%.  É de longe o melhor desempenho na série histórica. O principal foi ter vencido a inflação do ano (estimada próxima de 4,5%).  Posso dizer que fiquei extremamente satisfeito com o desempenho.

Em valores nominais o patrimônio cresceu R$ 82.156,76, outro recorde de crescimento anual. E isso em um ano onde aportei menos do que em 2022, com R$ 41.562,10 aportados, uma queda de R$ 11.768,40.

Essa queda no aporte se deve apenas a minha economia de recursos para a mudança de estado que comecei a implementar no mês de setembro, se não fosse por esse motivo teria aportado mais do que o passado.

Em dezembro recebi R$ 891,30 de renda passiva (-16,7% frente dezembro de 2022). A queda está relacionada principalmente a ausência de pagamentos extraordinários por algumas empresas, sem preocupações adicionais.

No acumulado de 2023 foram recebidos R$ 6.601,13, crescimento de +25,5%. Quero frisar que esse ano adotei uma filosofia mais parecida com a do Bastter de ignorar dividendos e focar no equilíbrio de participações das ações da carteira, ou seja, os prognósticos individuais de pagamento e até mesmo de desempenho das empresas foram deixados em segundo plano, ainda assim apresentei um forte crescimento na renda passiva, com uma média mensal próxima de R$ 550.

Você leitor pode achar pouco, mas considere que é cerca de 41% do valor do salário mínimo brasileiro que é a fonte de renda de milhões de pessoas. Se você considerar que ainda sou relativamente jovem e que tenho se tudo der certos vários anos de aportes pela frente, às perspectivas são muito boas.

Composição da carteira de investimentos:

A carteira continua caminhando para uma maior participação de renda variável, hoje os ativos de renda fixa somados alcançam 49,61% da carteira (55,4% em 2022), pela primeira vez estão abaixo de metade da carteira total. O grande responsável por esse crescimento da RV foi a carteira de ações domésticas, que foi o destinatário de grande parte dos aportes, com 28,63% da carteira (19,65% em 2022).

Já outros ativos como Fundos Imobiliários e Agro são agora 6,05% (7,20% em 2022), com zero reais aportados nessa classe. Os investimentos em ativos do exterior apesar de terem recebido aportes, viu sua participação ser reduzida para 15,71% da carteira (17,28% em 2022), o que pressionou essa classe foi principalmente a queda do dólar.

Nesse ano o foco foi equilibrar o peso das ações na carteira, é uma tarefa árdua levando em conta que existe um desbalanceamento significativo, essa ideia foi inspirada na filosofia do Bastter de que eu sou idiota e que não sou capaz de identificar qual ação está barata, restando apenas focar em comprar boas empresas.

Por adotar uma filosofia inspirada nele deixei de acrescentar novos ativos na carteira, e o aporte sempre foi nos papéis com menor participação, exceto a Rumo Logística que deixei na quarentena até final de agosto.

O resultado da estratégia foi satisfatório, consegui deixar a carteira relativamente mais equilibrada, claro, um equilíbrio perfeito significaria 7,14% de participação pra cada papel, e isso é impossível, pois cada empresa está vivendo uma realidade diferente. O plano é manter essa estratégia, confesso que dá mais paz e me permite focar em outras coisas se não investimentos, pois não sinto mais aquela ansiedade de ficar por dentro de tudo, fora que retirou um pouco o viés de aportar nas minhas “queridinhas”.

ATIVO

% da carteira de Fundos Imobiliários

KNSC11 (Papel)

23,0

MALL11 (Tijolo - Shopping)

17,6

CPTS11 (Papel)

15,9

KNRI11 (Tijolo – Diversificado)

13,7

HGLG11 (Tijolo – Logística)

12,0

RZTR11 (Papel)

9,9

RURA11 (FIIAgro - Papel)

7,9

Os fundos imobiliários deixei abandonados na carteira. O grande ponto negativo do ano foi o CPTS11 que está indo de mal a pior, com a gestão deixando de entregar a boa performance de antigamente. No balanço do ano são os fundos de tijolo que se saíram um pouco melhor.

ATIVO

% da carteira de Ativos do Exterior

IVVB11 (ETF brasileiro do S&P500)

52,2

SCHD (ETF de Dividendos)

27,4

SCHP (ETF de Inflação)

10,8

VNQ (ETF de Real Estate)

9,6

No exterior o crescimento das grandes empresas de tecnologia puxou o S&P500, por consequência esse índice apresentou um crescimento na participação da carteira, deixando para trás os outros ETFs.

Metas 2023

No começo do ano defini apenas uma meta de aportar R$ 36.000,00 em 2023, essa meta foi alcançada com o total dos aportes sendo de R$ 41.562,10.

De forma abstrata também disse que buscaria a evolução profissional em 2023, buscando manter meu emprego e evoluir minhas habilidades. Nesse aspecto consegui manter o emprego, evoluir minhas habilidades e consegui mais uma promoção. Foi um bom ano.

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Foi um bom ano na minha vida, talvez o melhor que eu já tive. Chego a me emocionar escrevendo isso, conheci pessoas boas e que levo como amigos, com a mudança de estado vou ficar com saudades, mas vou sabendo que posso conhecer pessoas legais por lá também.

Que Deus nos guie em 2024 e que seja um ano feliz para todos nós!

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Fechamento Novembro/2023: R$ 368.262,17 (+3,96%)

Quando você analisa seus investimentos e faz a decisão de alocação é natural que seja guiado por emoções, mas é preciso que saiba que elas estão ali para lhe prejudicar e não para ajudar. Já faz um ano desde a eleição e daqui a algumas poucas semanas fará um ano desde a posse do governo Lula 3.0. Quero falar sobre esse governo e minhas impressões a respeito, mas deixarei isso para o futuro. A pergunta que fica é: será que todos aqueles brasileiros que frustrados com o resultado das eleições começaram desesperadamente a dolarizar seu patrimônio fizeram uma boa escolha?

Caro leitor, eu sei que você vai dizer que a dolarização é vantajosa no longo prazo e que independente de governo a tendência é que o dólar se valorize contra uma moeda de mercado emergente, mas você precisa admitir que o processo de dolarização de uma carteira de investimentos não deve ser feito guiado por notícias falsas que davam conta de confisco de recursos, implantação de comunismo e etc. O que vimos na época foi apenas disseminação de informações falsas para causar pânico em parte da população (conheço pessoas que precisaram fazer tratamento psiquiátrico por conta da eleição), mas também haviam aqueles “influencers” e “especialistas” que se aproveitavam do clima para incitar a dolarização em troca de gordas comissões de câmbio e investimentos.

Quem dolarizou já na época devia levar em conta o custo de carrego de uma SELIC que estava em 13,75% a.a, isso independente do ano muito positivo que a bolsa tem feito (+19,70% desde 1 de janeiro), mas muito guiados pelo coração.

Tenha calma! Uma vez ouvi uma frase que acho que resume bem o Brasil: esse nunca vai dar nem muito certo e nem muito errado, somos destinados a mediocridade.

No último mês relatei um péssimo desempenho da carteira, onde vários fatores se combinaram para destruir a rentabilidade, agora foi exatamente o contrário. A carteira subiu 3,96% em novembro e acumula 8,61% em doze meses, de acordo com a Planilha do AdP.

O mês de novembro foi mais fraco em proventos em comparação a outubro, mas em linha com o mesmo mês do ano passado, ao todo foram recebidos R$ 211,53, com uma leve alta de +1,06% na comparação mês vs. mês. Já no acumulado do ano temos até agora R$ 5.709,83, com uma expressiva alta de +36,31% frente ao acumulado de igual período de 2022.

Aportes: Esqueci de fazer o aporte no final do mês passado e aportei no começo de novembro um pequeno valor e reinvestimento dos proventos recebidos em outubro. Foi focado em RAIL3 (Rumo Logística), para buscar equilibrar a participação dela na carteira.

Não estou com dificuldades financeiras, mas como vou me mudar para outro estado e grande centro, isso representa uma série de gastos e decidi engordar a Reserva de Emergência para garantir que não precise sacar investimentos.

Ações: Tudo decolando em novembro. O destaque do mês foi o Bradesco que anunciou mudança de CEO, será que agora o banco engata a recuperação? Vamos acompanhando. A Itaúsa também concedeu 5% de bonificação, achei interessante que li notícias e análises de que a companhia não tem tanto apetite para novas aquisições no curto prazo, enquanto o Itaú aguarda apenas um comunicado do BACEN relacionado aos níveis de reserva para traçar um plano de dividendos ou outras formas de remunerar os acionistas.

FIIs: Seguem largados na carteira, por ora sem vontade de aportar e zero acompanhamento.

Ativos do exterior: Bolsa deu animada lá fora e o dólar engatou uma leve queda em novembro. O otimismo tomou conta e a sensação que tenho é que 2024 ou será um belo passeio no parque ou desastre, dificilmente será um ano mediano.

Renda Fixa: A SELIC segue minguando. Pensei em colocar uma parte em Tesouro IPCA+ pois faz tempo que não aporto no Tesouro, mas no final decidi mandar tudo para a reserva.

Vida Profissional: As coisas começaram a andar em relação a minha promoção, fui noticiado pelo RH da aprovação final e o novo gestor já fez contato comigo. Por conta do final de ano nada de ir para a cidade nova, a ordem é finalizar minhas demandas por aqui e assumir a nova posição a partir da segunda quinzena de janeiro.

O interessante é que na reposição da minha vaga, a empresa não encontrou nenhum funcionário de nível abaixo interessado em assumir ou preparado. Eu acho interessante a falta de visão principalmente do pessoal que está em cargos relativamente iniciais da empresa, não posso dizer que meu cargo atual era a coisa mais maravilhosa do mundo, mas é uma oportunidade de aumento de salário e pode fazer sentido para a transição para a equipe comercial que muitos dizem tanto querer (por conta da remuneração bem maior).

Eu não me considero um funcionário fora de série, mas posso dizer que sempre exerci com responsabilidade meu cargo atual. Entretanto vejo a galera mais nova de empresa (não necessariamente jovem de idade) muito parada, sem aproveitar às oportunidades de carreira, eu não sei se esperam que tudo caía no colo deles ou outra coisa.

Conversando com meu gerente a tendência será buscar meu substituto em outra unidade. Eu acho um absurdo, me colocando no lugar do pessoal que estão “atrás” na carreira aqui dentro da unidade, é uma oportunidade de ouro que estão deixando passar.

Vida pessoal: Estou com 70,0 kg. Uma leve engorda depois das férias de setembro que está difícil de eliminar (em agosto eu rondava os 66kg), no final de ano será difícil perder, será um desafio para 2024.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.


quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Fechamento Outubro/2023: R$ 353.332,17 (-1,91%)

Provavelmente sou um dos poucos brasileiros que gosta da agenda internacional do presidente Lula, pouco me interessa se ele gasta alguns milhões por dia nessas viagens, ou o quão pouco relevante é o país visitado para os negócios brasileiros, o que importa é que quando Lula prioriza a agenda internacional às coisas vão melhor aqui dentro, pelo simples motivo dele ficar de boca fechada.

Um governo gastador é quase impossível de evitar nesse país, nossa constituição é longa e cheia de artigos constitucionais que envolvem o compromisso de gastos públicos, além disso, é facilmente emendável o que garante que qualquer coisa será adicionada como compromisso para governos futuros. Seja o governo Bolsonaro ou o governo Lula o apetite gastador é grande, apesar do Bolsonaro ter conseguido um superávit no ano passado ele foi gerado principalmente pela venda de ativos do que uma mudança sustentável na relação de gastos e receitas do governo.

O problema dos governos do PT não é quando às coisas estão boas, nesses momentos eles se comportam bem e falam em reformas estruturantes e responsabilidade, o problema acontece quando o mar fica agitado e é dali que saem às mais bizarras ideias econômicas, foi em uma desaceleração econômica em 2012 que nasceu a crise de 2015-2017. Vamos repetir agora?

Nunca antes na história dessa carteira houve um mês de retorno tão negativo, em outubro fechamos com -1,91% e a rentabilidade do ano recuou para 4,49%. Eu não posso reclamar de 2023, entretanto preciso reconhecer que a queda foi mais forte do que eu esperava.

A queda foi generalizada e espalhada pelos ativos sensíveis a juros futuros (TD IPCA), ações e ativos do exterior.

Em outubro foram creditados R$ 374,71, representado um crescimento de +68,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 2023 temos R$ 5.498,29, e com isso ultrapassamos o acumulado de todo o ano de 2022, quando comparamos os dez primeiros meses desse ano com o mesmo período do ano passado o crescimento é de +38,1%.

Aportes: Não fiz aportes nesse mês. Destinei a maior parte da sobra para uma “reserva de mudança”, pois sei que vou gastar muito com essa transferência no trabalho para outro estado, ainda ia aportar uma pequena quantia e reinvestir os dividendos, mas na correria acabei me esquecendo.

Ações: WEG decepcionou muita gente, mas estou satisfeito com a empresa, eles continuam crescendo e às margens apesar de um pouco menores são muito expressivas. A Suzano registrou prejuízo líquido, mas bem menor do que o esperado e isso que não estamos vendo o auge da celulose.

Fundos Imobiliários: Não estou acompanhando.

Ativos do exterior: Mercado andou se estressando lá fora, o dólar resolveu se acalmar por aqui e o resultado foi rentabilidade negativa.

Renda Fixa: Taxas no pós-fixado começando a minguar e ativos sensíveis a inflação performando mal com a curva de juros subindo.

Vida profissional: Voltei de férias sem informações novas sobre a transferência, passei o mês no escuro e só hoje recebi um e-mail do RH informando que já estão finalizando meu processo e que logo vou receber novas orientações. Imagino que no próximo fechamento vou estar cheio de novidades e possivelmente não estarei mais atuando na minha função atual, provavelmente em transição já para a nova função.

Vida pessoal: Nada de relevante.

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domingo, 1 de outubro de 2023

Fechamento Setembro/2023: R$ 360.218,63 (-0,53%)

Já havia abordado a temática do desemprego no fechamento de agosto, e novamente volto a tratar desse assunto em setembro. Na ocasião havia mencionado que existia gente na Faria Lima que defendia que o desemprego precisava subir para o bem da economia. Nesse mês mais exemplos surgiram de pessoas que abertamente defendem dificuldades econômicas para a população comum em nome de ‘salvar as planilhas’. Nesse mês tivemos o empresário australiano que basicamente quer ver mais desemprego para lembrar aos funcionários “quem é que manda” e que de acordo com ele os funcionários parecem não ter tanto engajamento depois do pleno emprego vivido na Austrália (e vários países) no pós-pandemia.

A verdade é que esse não é um fenômeno exclusivo dos países desenvolvidos, os dados do IBGE apontam que o desemprego está em 7,8% no trimestre fechado em agosto, é de longe o menor patamar do desemprego no país desde pelo menos 2014. O desemprego baixo possibilita que às pessoas busquem empregos melhores, salários menores, o que naturalmente funciona como um ótimo estimulante econômico. Infelizmente encontrei um empresário em um evento social esse mês, e o mesmo reclamou que tem várias posições em aberto na empresa dele para trabalhadores, mas que “às pessoas não tem vontade de trabalhar”, pois bem, a verdade é que por essas bandas do interior do Sul do Brasil o desemprego está realmente baixíssimo, se falarmos do pessoal que busca trabalho em funções digamos mais “braçais”, é impossível ficar desemprego, por aqui você pode literalmente escolher o emprego que quer.

O problema dos empresários que dizem não encontrar pessoas para preencher às vagas é que se esquecem da boa e velha lei da oferta e demanda, se a demanda por profissionais está alta, mas a quantidade de pessoas buscando emprego está baixa, naturalmente você precisa se diferenciar ao ofertar uma vaga de emprego. Quando em uma cidade como a minha alguém acha plausível oferecer R$ 1.700 de salário para contratar uma pessoa por 44 horas semanais, ela só pode estar tirando sarro do trabalhador ao achar que é uma baita oportunidade. Alguns empresários tem que entender que o mercado de trabalho é feito de ciclos, e que ao contrário do período 2015-2021, quando era deles a vantagem agora é dos trabalhadores a vez de ditar às cartas.

Quem reconhecer a nova dinâmica do mercado de trabalho vai atrair bons funcionários, quem não o fizer se contentará com funcionários pouco qualificados e que vão abandonar o barco na primeira oportunidade, isto é, se conseguir encontrar alguém para trabalhar.

A rentabilidade no mês foi de -0,53%, ou seja, o segundo mês consecutivo no território negativo, apesar disso é preciso comemorar os 6,52% de rentabilidade positiva no ano, o que a planilha indica como o melhor ano histórico.

Em setembro foram pagos R$ 515,27 de renda passiva, isso equivale à +42,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado. De janeiro até setembro o total pago foi de R$ 5.123,58, ou seja, +36,3% quando comparado ao mesmo período de 2022.

O interesse de se observar é que deixei totalmente de lado a ideia de investir em ações de dividendos, a partir desse ano o foco foi manter os aportes apenas nos mesmos ativos que eu já possuía, e equalizar a participação entre eles, o que necessariamente significou muitos aportes em ações que não pagam muitos dividendos, mas como o valor pago está 36% maior? É como o Bastter explica, o que importa é aumentar o patrimônio e naturalmente um patrimônio maior significa mais dividendos.

Aportes: Nos EUA eu tinha US$ 25,89 referente a dividendos pagos e sobras na conta que foram destinados a compra de SCHD (ETF de dividendos americanos). No Brasil o aporte foi em RUMO S.A (RAIL3) com pouco mais de R$ 1900 aportados.

A RUMO passou muito tempo na ‘quarentena’ da carteira, mas após o Investor Day da Cosan entendi melhor o que a Rumo pretende para os próximos anos e acredito que faz sentido para a minha carteira, vejo que é uma empresa que demanda muito CAPEX até pelo menos 2030, mas que está em um setor que sempre está mais vantajoso do que o seu principal concorrente e a empresa têm entregado com consistência seus objetivos. Decidi que ela se encaixa bem na minha estratégia de valor de longo prazo e não vi motivos para manter ela na ‘quarentena’, de qualquer forma ela ainda está atrás das outras companhias e vou precisar fazer mais aportes para equacionar.

Ações: O mês foi sem grandes movimentações no mercado financeiro, de destaque posso citar a Rumo que retirei da quarentena pelos motivos acima apontados e a WEG que fez uma aquisição no exterior, mostrando que a empresa que já parecia grande ainda tem uma longa estrada de crescimento nos próximos anos.

FIIs: Ocorreu o desdobramento de CTPS11 (1 cota foi dividida em 10 cotas). Continuo desanimado com esse segmento e por ora sigo deixando a carteira de FIIs perder espaço na carteira total.

Ativos do exterior: Nos EUA às taxas de longo prazo estão em alta, todo mundo está procurando no mar agitado se algum corpo vai aparecer boiando, essa tensão no ar parece ter impedido a continuidade dessa alta (injustificada?) de 2023.

Renda Fixa: A curva de juros deu uma estressada esse mês, a marcação a mercado prejudicou a carteira e a queda da SELIC mostra que dias difíceis se aproximam para essa parcela de investimentos.

Vida profissional: Estive de férias em setembro. Em relação a minha promoção no trabalho, não tenho nenhuma novidade até por estar ausente em férias. Acredito que no próximo fechamento terei novidades para relatar.

Vida pessoal: Engordei 5kg nas férias, já estou focado em voltar para o peso anterior. De qualquer forma apesar de todo esse peso extra continuo com IMC normal.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Fechamento Agosto/2023: R$ 360.117,56 (-0,12%)

Um dos indicadores que mais valorizo em um governo é geração de empregos, em especial os empregos de carteira assinada. O trabalho de carteira assinada por ter uma renda mais previsível gera otimismo e potencializa o consumo, o que gera um efeito cascata em toda a economia. 

O desemprego baixo é sinal de melhores condições de trabalho para os funcionários, pois com um mercado mais aquecido eles tendem a ser mais resistentes a assédio, pois sabem que podem conseguir uma melhor realocação de mercado. O que eu acho triste é ver alguns economistas de Faria Lima defendendo que o desemprego precisa subir nesse país.

Finalmente a onda de otimismo parece que resolveu fazer uma pausa no Brasil, por consequência a bolsa apresentou um desempenho abaixo do mês anterior e o ganho com valorização de marcação em mercado da renda fixa também diminuiu. No mês a carteira desvalorizou -0,12% e no ano está acumulando uma alta de 7,14%.


A renda passiva no mês foi de R$ 1.210,58, isso representa um recorde mensal histórico. Na comparação com o mesmo mês do ano passado o crescimento foi de 60,1%. No acumulado do ano foram creditados até agora R$ 4.608,31, um crescimento de 35,7%.

Aportes: Foram aportados R$ 4.508,73, esse valor é um crescimento de aporte frente ao ano anterior em termos nominais. Os aportes foram feitos todos no mercado doméstico e integralmente em ações. As compras do mês foram dividas entre Taesa, WEG, Hypera e Rumo Logística. A volta dos aportes na Rumo se dá pela retirada da empresa da minha quarentena.

Ações: Os balanços foram mistos ao longo do mês. O destaque vou dar para a Cyrela que mostrou resiliência no momento mais complicado para o mercado imobiliário, a empresa tem sido conservadora na expansão e mantido bons níveis de caixa e isso tudo em um segmento dos mais complexos. A Rumo foi retirada da quarentena pois entendo que a empresa está em um projeto de sobriedade e com foco em boas ações de investimentos para remunerar o acionista no longo prazo. 

FIIs: Não acompanhei.

Ativos no exterior: Um mês de desempenhos não tão positivos lá fora, muito por conta do FED que deve apertar um pouco mais do que o previsto, por outro lado a desvalorização do real ajudou a compensar parcialmente essa queda.

Renda Fixa: Apenas renovação da LCA que venceu.

Vida Profissional: O mês foi bem corrido no trabalho, mas foi relativamente tranquilo. Recebi a oferta de uma vaga em outra filial da empresa que fica em outro estado e acabei aceitando ir, ainda não sei como será a questão dos salários e etc. A rotina de trabalho na teoria é para ser menos estressante, mas ainda conta com aquela terrível parte comercial que detesto. Devo ter mais detalhes no próximo fechamento. 

Vida pessoal: Nada a declarar.

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