sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Fechamento Setembro/2021: R$ 225.028,19 (-0,47%)

Tem muita coisa que poderia ser destaque em setembro, mas vou ficar apenas no desemprego. A queda do número de desempregados deve ser celebrada, apesar do número criminoso de 14%. Mas é preciso se atentar que se gera empregos nesse país, mas são muito mal gerados! E cada vez mais parece ser um problema de difícil solução e ignorado pelo governo.

O levantamento mostra que em 12 meses o salário médio recuou em -8,8%, ou seja, os empregos estão cada vez mais precários, e isso sem falar na inflação acumulada de mais de 10% nesse período, ou seja, o rendimento real caiu em quase ¼ e isso levando em conta a inflação do IPCA que inclui vários itens que não tem tanto impacto na vida direta do trabalhador de classe baixa. Fora isso o grosso do emprego está vindo do trabalho por conta própria, esse tipo de emprego não deve ser romantizado pois causa dois problemas: o primeiro, a redução da arrecadação para a previdência social, o segundo, pela característica instável desse tipo de trabalho, pois causa um impacto menor na confiança do trabalhador para consumir do que um emprego CLT.

Aí você meu amigo leitor pensa: “foda-se! Eu estou empregado, azar o deles!”, pois é, azar deles né? Mas saiba que quanto maior o desemprego e a dificuldade para arranjar trabalho das outras pessoas, mais dependente você fica do seu chefe não te demitir, pois o que te espera lá fora é desemprego e salários baixos e diante disso, você aceita coisas que não aceitaria, em especial: acúmulo e sobrecarga de trabalho. Até uns oito anos atrás quando eu ainda era adolescente era normal ver nos sites de notícias aquelas matérias “como pedir um aumento para o seu chefe?”, vai lá amiguinho, aproveita a economia bombando e pede um aumento para o seu chefe.


Agora são 6 meses de rentabilidade negativa e com uma queda -0,47% na rentabilidade de setembro. O resultado ainda foi completado com a rentabilidade acumulada de 2021 sendo zerada. Esse é o momento que alguns podem duvidar da sua estratégia de investimento, pois não seria melhor eu deixar tudo na poupança e garantir uma rentabilidade melhor?

Não. Eu acredito na minha tese de investimentos, pois apesar da rentabilidade zerada nesse ano eu olho para os meus ativos financeiros e vejo que nenhum deles realmente passou por alguma mudança que causasse perda de valor no longo prazo. É nesses momentos de queda do mercado que continuo aportando, é só mais uma chance de comprar barato os bons ativos.

Acredito que foi o primeiro mês desde pelo menos Abril que nenhuma empresa da carteira pagou algum dividendo relevante a ponto de empurrar o resultado para cima. Em setembro foram creditados R$ 171,06, aqui já inclusos e convertidos com o câmbio do último dia do mês os US$ 3,68, foi uma grata surpresa no mês de estreia dos investimentos no exterior.

Aportes: Pode parecer um pequeno passo para um investidor comum, mas um enorme salto para um jovem fudido do interior do interior do sul do Brasil e por isso tenho o orgulho de me autodenominar um “investidor internacional”.

O total de aportes é R$ 8.498,26. Foi o segundo melhor resultado desse ano em aporte para um único mês, a maior parte desse resultado veio do pagamento do bônus do primeiro semestre que a empresa pagou ainda na segunda quinzena de agosto, mas como tradicionalmente gosto de fazer empurrei para setembro.

O investimento do mês foi feito na compra de ETFs e uma sobrinha em Rumo S.A, vamos ao racional:

  • RAIL3 (Rumo S.A): É a líder brasileira em ferrovias, comprei apenas 8 ações com uma sobrinha do mês. Eu gosto da empresa e acredito no futuro ferroviário desse país.
  • SCHD (ações de dividendos): Gosto da ideia de comprar pagadoras de dividendos, pois se uma empresa paga dividendos eu entendo que ela já cresceu e se estabilizou no seu ramo de atuação, além disso é sinal de que o seu caixa está saudável o bastante para conseguir pagar proventos.
  • SCHP (inflação americana): É apenas para proteção da carteira, não espero uma grande rentabilidade e queria um ativo de renda fixa. Foi lendo o Bilionário do Zero, que vi um comparativo interessante entre alguns ETFs de renda fixa e gostei da performance do SCHP.
  • VNQ (setor imobiliário): Eu poderia comprar REITs diretamente, mas o VNQ me parece uma rápida e simples forma de diversificar.

Eu estabeleci o seguinte percentual para os meus investimentos no exterior: 50% para SCHD, 30% para SCHP e 20% para VNQ.

Estou investindo pela Avenue, sei que a corretagem zero não é para sempre e confesso que o spread no câmbio é alto, posso vir a mudar no futuro a custódia para outra corretora.

Mas existem tantas corretoras e você escolheu logo a Avenue? Sim, sei que existem corretoras com spreads mais interessantes e corretagem zero, mas não são voltadas a brasileiros especificamente e tenho medo de ter algum problema e precisar falar com um atendente americano (ou indiano?) e meu inglês é péssimo.

Ações: Ainda estou tentando me inteirar sobre a queda brusca de AES Brasil, percebi enquanto atualizava minha planilha que ela está literalmente derretendo. Em relação a Rumo S.A, a empresa vai construir uma ferrovia no Mato Grosso ligando vários municípios líderes em agronegócio com sua malha viária, o investimento deve ficar pronto só na próxima década.

Fundos Imobiliários: Parece que sangria deu uma pausa. Preferi não aportar por hora e acompanhar o comportamento dos fundos.

ETF: O IVVB11 andou de lado, não aumentei posição nele por conta dos investimentos direto no exterior. O blog do Mosca faz uma projeção de uma possível correção do S&P500, mas ao mesmo tempo trabalha com um cenário em que o real possa alcançar R$ 6 até o final do ano. Eu imagino que um acabe anulando o outro e confesso que isso me deixaria muito satisfeito.

Renda fixa: Nada relevante. Fiquei tentado em investir em um fundo de crédito privado, mas calculei erroneamente o vencimento de uma LCI e acho que tenho mais um ano antes dela vencer. Eu poderia resgar com liquidez diária, mas decidi que é melhor esperar o próximo ano e aproveitar o mercado estressado pré-eleição para pegar boas taxas.

Apenas percebi que sumiram as ofertas de CDB/LCI/LCA com altas taxas no mercado. No final do ano passado eu conseguia encontrar com facilidade LCI com vencimento para quatro ou cinco anos com taxa de 115% do CDI, hoje dando uma olhada no cardápio encontrei no máximo 103%. Quem lá atrás já acreditava essa violenta alta da Selic se deu bem.

Vida profissional: De férias e tirando algumas folgas acumuladas.

Vida pessoal: Nada relevante. Fiz apenas uma curta viagem nas minhas férias, mas não achei nada de interessante para compartilhar.

 AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.