As notícias nessa semana voltam para o tema da Reforma Tributária, aparentemente dessa vez o jogo político parece estar encontrando um caminho para passar a reforma, claro, após finalmente o ministro descobrir que esse negócio de nova CPMF não vai rolar e parar de ficar abrindo a boca defendendo esse absurdo indefensável.
Eu pessoalmente não sou contrário a discussão de tributação de dividendos, o que lamento é que mais uma vez isso é feito prometendo coisas que não vão ser cumpridas, como uma melhoria dos empregos e do investimento em geral. Mas discutir a aprovação da matéria está fora da minha alçada, pois quem sou eu comparado com deputados, senadores e políticos? Qual a influência de uma postagem desse blog nessa discussão? Realisticamente falando todos nós sabemos que nenhuma.
O que está um pouco mais próximo do meu controle é como essa medida vai impactar os meus investimentos no curto-médio prazo e como devo gerir minha carteira até a derradeira aprovação da reforma. Dentre os vários pontos que ficaram sem ser esclarecidos está a tributação dos Fundos Imobiliários, tecnicamente falando é um bizarrice tributar os proventos, tendo em conta a natureza de constituição dos FII's, o ministro entretanto não deixou claro, e sinto que esse silêncio significa que os FII's estão no alvo. O meu medo não é tanto perder 20% de DY nos fundos, mas principalmente entender se o mercado vai descontar o valor das cotas para manter um Yield elevado e se haverá bitributação (o que me parece o mais provável) em fundos que investem em CRIs, CRAs e nos FOFs em geral.
O que eu devo fazer? Continuo investindo e ignoro essas medidas, imaginando que o mercado já precifica essa mudança? Suspendo meus investimentos em ações pagadoras de dividendos e Fundos Imobiliários na esperança de que o mercado passe por um ajuste de preços desses ativos? São questões que ainda não tenho a reposta.
Fechamento do mês
O mês terminou com rentabilidade negativa de -0,37%, infelizmente minha carteira jogou contra o CDI e contra o Ibovespa. As minhas ações de forma geral não conseguiram acompanhar a valorização do Ibovespa, mas o grande responsável pelo fraco desempenho foram os dois ETFs da carteira.
O desempenho fraco do mês de Maio acabou correndo toda a rentabilidade acumulada de 2021, perdendo para o CDI acumulado do ano, isso sem falar na inflação, mas é assim mesmo, dias de luta...
O mês foi de recorde de proventos e com ótimos motivos para comemorar, ao todo recebi R$ 486,93. O maior ativo responsável foi a minha queridinha Taesa do setor de transmissão de energia elétrica. Do ponto de vista dos Fundos Imobiliários praticamente ficaram estáveis e continuam fornecendo uma boa base de proventos.
Aportes: Esse mês fui frugal ao extremo, pois sei que é praticamente a última oportunidade de gastos baixos desse ano e tendo em vista gastos acima do esperado que devo ter nesse mês de junho e no próximo mês, decidi que era importante tentar aportar o máximo em Maio, a própria pandemia ajudou garantindo uma rotina trabalho-casa-trabalho.
Acabei fechando o mês com R$ 5.452,54 aportados, no último ano eu tinha conseguido aportar mais em Maio, entretanto às receitas do ano passado eram não-recorrentes.
Acabei aportando em IVVB11, pois considero que é um excelente investimento de longo e a queda do dólar durante o mês ajudou a criar uma oportunidade de compra com desconto. Também aportei um pouquinho em MALL11 e VINO11, pensando no longo prazo pós-pandemia. No setor de ações comprei Sanepar, Engie Brasil e BB Seguridade, às três eu comprei por acreditar que ofereceram um bom preço de entrada para mim.
Ações: A AES Brasil continua caindo (parece o City, cheio de derrotas depois de resolver mudar de uniforme). O Bradesco, mostrou um bom trimestre, mas acabei não comprando pois já estava alto demais quando eu resolvi fazer os aportes do mês. A Taesa minha queridinha entregou ótimos dividendos durante o mês e acredito que é um ótimo player para a crise energética que se aproxima. A Itaúsa parece finalmente sair do atoleiro de 10,00-10,40, talvez pela aproximação da destrava de valor da XP. A Suzano e Gerdau seguem se beneficiando do boom das commodities, porém prefiro manter ela por enquanto fora do radar de novos aportes. A Cyrela é a última ação que quero destacar, apesar de ser uma boa empresa e estar com um preço atrativo as notícias de uma disparada do preço do aço podem impactar a empresa e resolvi deixar de fora dos aportes para entender melhor o que vai acontecer.
Fundos Imobiliários: A discussão sobre a tributação de dividendos pesou na minha decisão de diminuir o ritmo de aportes em FIIs, em especial nos fundos de fundos e nos fundos de papel. De concreto acompanhei apenas CPTS11 que divulgou uma nova emissão, acabei optando por não participar.
ETF's: É daqui a responsabilidade da queda da carteira. O HASH11 despencou e mesmo que ele represente apenas 0,5% da carteira o tamanho do tombo foi muito expressivo, acho que o mercado de cryptomoedas é complicado e extremamente volátil, porém é tão inexpressivo na carteira que vou preferir manter como uma "pimentinha" em uma carteira tão conservadora como a minha. O IVVB11 também registrou uma queda mensal (o que não é muito comum), puxado pelo dólar e aprovetei para aportar mias um pouco.
Renda Fixa: Uma calmaria danada, não fiz novos aportes e devo fazer uma reorganização somente em meados de Setembro quando vence uma LCI.
Vida profissional: Foi muito estressante, mas é o que tem para hoje.
Vida pessoal: Nada relevante. Acabei não fazendo a postagem do meio do mês por ter ficado sem nenhuma ideia.
AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.