sábado, 26 de junho de 2021

Reforma do IR

Que fantástica essa Reforma do IR que o Paulo Guedes apresentou! 

Nada melhor do que aumentar uma miséria nas faixas de isenção de IRPF e pedir apenas a quase extinção do desconto simplificado.

Anunciar 20% de tributação de dividendos, com o discursinho de que "bilionário recebe um monte e não paga nada, estamos trazendo justiça", aí coloca uma faixa de isenção de R$ 20 mil por mês para um seleto grupo. Poxa, não dá para deixar o Zé CPF da bolsa que não consegue nem pagar a conta de luz com os dividendos que recebe sem essa tributação, imagina que absurdo seria um negócio desses?

A mesma mão que mantém a LCI e a LCA como instrumentos isentos de IR pois finalmente reconheceu que são instrumentos necessários para fomentar o desenvolvimento do país, também encontrou algum valor para o desenvolvimento e justiça tributária na redução da tributação para day traders. 

Mas tudo bem!

Vamos apoiar essas medidas e pensarmos no bem maior do país, certamente a redução da tributação sobre às empresas vai se transformar em milhões de emprego para o país, novas vagas que vão se somar às centenas de milhões de vagas que a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência já geraram.

No final ainda estou preocupado, será que tamanha bondade ainda permitirá que sobre algum recurso para comprar Covaxin?

Vou rezar para que ainda exista um pingo de bom senso no nosso Congresso e não permitam esses absurdos!

Ansioso por 2022!


terça-feira, 1 de junho de 2021

Fechamento Maio/2021: R$ 208.986,68 (-0,37%)

As notícias nessa semana voltam para o tema da Reforma Tributária, aparentemente dessa vez o jogo político parece estar encontrando um caminho para passar a reforma, claro, após finalmente o ministro descobrir que esse negócio de nova CPMF não vai rolar e parar de ficar abrindo a boca defendendo esse absurdo indefensável.

Eu pessoalmente não sou contrário a discussão de tributação de dividendos, o que lamento é que mais uma vez isso é feito prometendo coisas que não vão ser cumpridas, como uma melhoria dos empregos e do investimento em geral. Mas discutir a aprovação da matéria está fora da minha alçada, pois quem sou eu comparado com deputados, senadores e políticos? Qual a influência de uma postagem desse blog nessa discussão? Realisticamente falando todos nós sabemos que nenhuma.

O que está um pouco mais próximo do meu controle é como essa medida vai impactar os meus investimentos no curto-médio prazo e como devo gerir minha carteira até a derradeira aprovação da reforma. Dentre os vários pontos que ficaram sem ser esclarecidos está a tributação dos Fundos Imobiliários, tecnicamente falando é um bizarrice tributar os proventos, tendo em conta a natureza de constituição dos FII's, o ministro entretanto não deixou claro, e sinto que esse silêncio significa que os FII's estão no alvo. O meu medo não é tanto perder 20% de DY nos fundos, mas principalmente entender se o mercado vai descontar o valor das cotas para manter um Yield elevado e se haverá bitributação (o que me parece o mais provável) em fundos que investem em CRIs, CRAs e nos FOFs em geral. 

O que eu devo fazer? Continuo investindo e ignoro essas medidas, imaginando que o mercado já precifica essa mudança? Suspendo meus investimentos em ações pagadoras de dividendos e Fundos Imobiliários na esperança de que o mercado passe por um ajuste de preços desses ativos? São questões que ainda não tenho a reposta.

Fechamento do mês

O mês terminou com rentabilidade negativa de -0,37%, infelizmente minha carteira jogou contra o CDI e contra o Ibovespa. As minhas ações de forma geral não conseguiram acompanhar a valorização do Ibovespa, mas o grande responsável pelo fraco desempenho foram os dois ETFs da carteira.

O desempenho fraco do mês de Maio acabou correndo toda a rentabilidade acumulada de 2021, perdendo para o CDI acumulado do ano, isso sem falar na inflação, mas é assim mesmo, dias de luta...


O mês foi de recorde de proventos e com ótimos motivos para comemorar, ao todo recebi R$ 486,93. O maior ativo responsável foi a minha queridinha Taesa do setor de transmissão de energia elétrica. Do ponto de vista dos Fundos Imobiliários praticamente ficaram estáveis e continuam fornecendo uma boa base de proventos. 

Aportes: Esse mês fui frugal ao extremo, pois sei que é praticamente a última oportunidade de gastos baixos desse ano e tendo em vista gastos acima do esperado que devo ter nesse mês de junho e no próximo mês, decidi que era importante tentar aportar o máximo em Maio, a própria pandemia ajudou garantindo uma rotina trabalho-casa-trabalho. 

Acabei fechando o mês com R$ 5.452,54 aportados, no último ano eu tinha conseguido aportar mais em Maio, entretanto às receitas do ano passado eram não-recorrentes. 

Acabei aportando em IVVB11, pois considero que é um excelente investimento de longo e a queda do dólar durante o mês ajudou a criar uma oportunidade de compra com desconto. Também aportei um pouquinho em MALL11 e VINO11, pensando no longo prazo pós-pandemia. No setor de ações comprei Sanepar, Engie Brasil e BB Seguridade, às três eu comprei por acreditar que ofereceram um bom preço de entrada para mim.

Ações: A AES Brasil continua caindo (parece o City, cheio de derrotas depois de resolver mudar de uniforme). O Bradesco, mostrou um bom trimestre, mas acabei não comprando pois já estava alto demais quando eu resolvi fazer os aportes do mês. A Taesa minha queridinha entregou ótimos dividendos durante o mês e acredito que é um ótimo player para a crise energética que se aproxima. A Itaúsa parece finalmente sair do atoleiro de 10,00-10,40, talvez pela aproximação da destrava de valor da XP. A Suzano e Gerdau seguem se beneficiando do boom das commodities, porém prefiro manter ela por enquanto fora do radar de novos aportes. A Cyrela é a última ação que quero destacar, apesar de ser uma boa empresa e estar com um preço atrativo as notícias de uma disparada do preço do aço podem impactar a empresa e resolvi deixar de fora dos aportes para entender melhor o que vai acontecer.

Fundos Imobiliários: A discussão sobre a tributação de dividendos pesou na minha decisão de diminuir o ritmo de aportes em FIIs, em especial nos fundos de fundos e nos fundos de papel. De concreto acompanhei apenas CPTS11 que divulgou uma nova emissão, acabei optando por não participar.

ETF's: É daqui a responsabilidade da queda da carteira. O HASH11 despencou e mesmo que ele represente apenas 0,5% da carteira o tamanho do tombo foi muito expressivo, acho que o mercado de cryptomoedas é complicado e extremamente volátil, porém é tão inexpressivo na carteira que vou preferir manter como uma "pimentinha" em uma carteira tão conservadora como a minha. O IVVB11 também registrou uma queda mensal (o que não é muito comum), puxado pelo dólar e aprovetei para aportar mias um pouco.

Renda Fixa: Uma calmaria danada, não fiz novos aportes e devo fazer uma reorganização somente em meados de Setembro quando vence uma LCI.

Vida profissional: Foi muito estressante, mas é o que tem para hoje.

Vida pessoal: Nada relevante. Acabei não fazendo a postagem do meio do mês por ter ficado sem nenhuma ideia.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.