sexta-feira, 1 de julho de 2022

Fechamento Junho/2022: R$ 261.706,18 (-0,68%)

Todo mundo está querendo saber até onde vai o FED, e nesse mês eu vi e ouvi muita gente dando os mais diversos palpites, desde aqueles que esperam um FED extremamente agressivo com juros na faixa dos 6% daqui alguns semestres até aqueles que acreditam que logo o FED vai se dar conta de que é 2% a sua taxa natural e máxima para a economia. O que eu acho que vai acontecer?  Não faço ideia.

A realidade é que o que vimos até agora da pequena alta dos juros e a retirada de liquidez dos mercados é mais do que suficiente para mostrar quem estava nadando pelado na maré da liquidez, estamos assistindo ao vivo o lema “O caixa é o rei” sendo posto mais uma vez a prova e passando. O que não falta no Brasil e no mundo são empresas extremamente alavancadas que rezam todo dia para a queda dos juros, pois é provável que logo mais assistiremos os primeiros pedidos de falência e recuperação judicial. Por outro lado, as boas e velhas empresas da velha economia mostram resiliência e ótimas perspectivas de lucros e dividendos futuros.

A história nunca se repete, mas rima.

No mês de junho a rentabilidade da carteira oscilou entre o levemente positivo nos primeiros dias, passando por uma forte queda negativa no meio do mês. No final terminamos com -0,68% de rentabilidade mensal, com -2,41% de rentabilidade no acumulado anual.

Considero que foi um desempenho satisfatório para a carteira, com alguns bons ativos performando relativamente bem e a composição da carteira que inclui quase 60% de participação em Renda Fixa Pós-Fixada e Pré-Fixada IPCA+ Curto ajuda a amortecer essas oscilações.

Um espetáculo de dividendos no mês. O valor total creditado no mês foi de R$ 541,12, ou seja, o segundo melhor resultado da série histórica. O crescimento na comparação com o mesmo mês do ano passado foi de +151,09%. No acumulado deste ano já alcançamos R$ 2.272,93, um bom crescimento de +82,0%.

Aportes: No total foram aportados R$ 2.751,31 em junho. É um pequeno crescimento de +6,13% no total aportado. Os aportes foram destinados para:

BBSE3: Comprei mais um pouco de ações já pensando na provável distribuição de bons dividendos em agosto. O Banco do Brasil tem performado bem e a perspectiva de Selic alta faz do setor um bom destino de aportes.

SUZB3: Continuo apostando na Suzano para o longo prazo, apesar de ser uma empresa de commodities, ela tem planos claros de expansão, um mercado consumidor que ainda deve crescer muito e a vantagem do custo baixo. No final do mês ela anunciou um novo projeto de construir uma fábrica no Espírito Santo. É uma aposta de longo prazo.

GGBR4: Aqui está uma aposta de risco na carteira. A Gerdau tem perspectiva de pagar bons dividendos no curto e médio prazo, a empresa não passa por um ciclo de investimentos e está bem madura, mas tem uma exposição relevante a América Latina e Estados Unidos, com a queda da construção civil nos EUA pode ser prejudicada. Acabei aportando por conta da queda de -23% no mês, acho que precificou bem.

Nos EUA aportei os dividendos recebidos dos ETFs apenas em SCHD (ETF de empresas pagadoras de dividendos).

Ações: O mês foi bem morno por conta da entressafra de resultados. O Bradesco anunciou e pagou dividendos complementares, mas ficou abaixo do que eu esperava. A Cyrela despencou ainda mais (nessa ação vou ficar de olho no comportamento do endividamento, se mostrar boa situação do voltar a aportar).

No último dia do mês acontece um leilão de transmissão, não consegui acompanhar os resultados para entender se foram feitas boas aquisições pelas empresas da carteira.

Fundos Imobiliários: Não acompanhei de perto durante o mês. O que fiquei sabendo é que rolou um problemão com um imóvel do BTRA11, parece que o fundo comprou um imóvel todo enrolado e que faltou um pouco de atenção na hora de analisar a documentação. Na hora que me informei sobre o assunto já corri me informar se isso poderia ser um problema no RZTR11 que tenho na carteira, a princípio o que foi informado pela gestão do fundo após consulta de um cotista é que os fundos operam com formas de atuação diferentes.

ETF: Lá fora tudo derretendo durante o mês.

Renda Fixa: Tudo na mesma. No meio do mês consegui ver na Ágora as famosas LIG IPCA+, entretanto como já tinha renovado minha LCI decidi não fazer nenhum aporte no momento.

Vida profissional: Participei de um processo interno para uma vaga na matriz. Infelizmente não fui selecionado, cheguei a última etapa e conservei com o gestor da área, saí da entrevista com a sensação de que tinha passado, alguns dias depois veio o e-mail padrão informando a recusa. Fiquei sem entender.

Vida pessoal: Nada de relevante.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.