Esse governo é um escárnio
completo, o mês inteiro foi dominado pela disputa envolvendo o Orçamento de
2021, inclusive me pergunto como é possível aprovar um orçamento depois do ano
ter começado? Fruto da dupla competência de nosso Executivo e Legislativo.
O governo cortar o Censo 2021
é de uma piada completa, francamente todas às pessoas com o mínimo de neurônios
funcionais sabem que o Censo é imprescindível para qualquer país, ainda mais
quando esse país diz que pleiteia a entrada na OCDE de forma séria. O governo é
tão absurdamente ridículo que mesmo antes de todo rebuliço da pandemia já
cortava o tamanho do Censo, achando importante reduzir o questionário de
perguntas quando na verdade deveríamos era ampliar ainda mais a qualidade da
pesquisa. O desrespeito completo pela ciência e pela pesquisa é um ultraje para
mim.
Eu sei que os colegas da
blogosfera têm sua grande maioria preferência pelo governo atual, mas me desculpem,
não consigo compactuar com essas atitudes. É muito retrocesso em coisas que não
deveríamos estar retrocedendo.
Aproveitando para não passar
pano aos governos Petistas e ao governo Temer, entre 2010 e 2020 era tempo o
suficiente para colocar em prática a opção do preenchimento online do Censo
Demográfico (e claro, sem abandonar a visita presencial dos agentes nos domicílios
que não respondessem a versão online), mas parece que por preguiça mental
ninguém quis colocar em prática uma iniciativa dessas, o que é muito comum em vários
outros países. É surpreendente como independente do governo ser de direita ou
de esquerda ninguém parece ter um plano de longo prazo para o país.
O mês parecia caminhar para
uma rentabilidade alta, em dado momento cheguei a atualizar a planilha e indicava
+0,70% de crescimento, porém logo veio a correção do mercado pressionada pela
depreciação do dólar e pelo desempenho fraco de algumas ações com peso alto na
carteira.
Ainda assim acredito que o
acumulado de +0,40% no ano é positivo e espero manter ele com tendência
ascendente até o final do ano para alcançar os meus objetivos de rentabilidade
da carteira.
Em relação aos dividendos, o
desempenho do mês foi satisfatório com R$ 136,38. O foco em ampliar a carteira
de fundos imobiliários ao longo do primeiro trimestre do ano foi importante
para alcançar o resultado, como podem observar no gráfico eles formam uma base
crescente do resultado mensal.
Aportes: O
mês foi de aportes acima do objetivo mensal e levemente abaixo do realizado em
março, considero muito positivo o valor que consegui aportar.
Na hora de distribuir isso em
ativos financeiros escolhi o clássico IVVB11, acabei aportando nele no
finalzinho do mês e acho que foi uma boa oportunidade de entrada em um ativo que
raramente passa por correções no preço da cota.
Aportei também em dois ativos
novos, o “badalado” HASH11, que é o primeiro ETF de criptomoedas do Ibovespa.
Confesso que não pretendo dar ao segmento de criptos uma participação relevante
na carteira e aportei nele com duas premissas: primeiro, finalmente me expor a
criptomoedas e segundo, garantir uma exposição segura e nenhum pouco complicado,
pois a ideia de exposição direta me deixou receoso pela questão de segurança e
não sou nenhum nerd de computador para entender todos aqueles mecanismos que
podem ajudar a proteger a carteira.
Também voltei a adicionar um
ativo de renda fixa, o Tesouro IPCA+2026, com um pequeno aporte na carteira. A
verdade é que minha carteira de renda fixa estava abandonada e analisando percebi
que devo ter um vencimento relevante em 2022 do Tesouro Pré-Fixado e então é
hora de começar a montar uma nova posição. Na minha estratégia atual não me sinto
confortável em comprar títulos para 20 ou 30 anos, pois se tratando de Brasil
tudo é possível.
A sobrinha que ficou na corretora
eu dediquei para a carteira de ações, eu quis focar em olhar os ativos onde eu
estava com prejuízo e tentar aproveitar isso para reduzir o preço médio, optei
por Engie Brasil e comprei essa ação, eu particularmente acredito no futuro da
empresa e gosto do setor.
Ações: O destaque
do mês fica por conta de AES Brasil, que desde a mudança de nome só tem
derretido kkkkk’ vou ficar de olho no próximo balanço para atender melhor o que
está acontecendo nesse ativo, é uma das minhas “ações fundadoras”.
A BB Seguridade também derreteu
ainda mais em Abril, é uma empresa muito bacana e de um setor que eu gosto, ela
está até abaixo do pior momento da pandemia, estou de olho na ação e quero ver
como o balanço dela vai se comportar principalmente em relação à BrasilPrev. É uma
ação que vinha pagando bons dividendos e na faixa de R$ 22-24 por mês eu vou
colocar no radar dos próximos meses.
No setor financeiro, Itaúsa segue
andando de lado, pessoal lá do fórum InvestingBR tá ficando louco com essa empresa.
Eu particularmente continuo acreditando no negócio, para mim faz sentido a ideia
de diversificação da holding e acredito que a volta dos bons dividendos do Itaú
vai ajudar muito a empresa, não fiz novo aporte esse mês pois tinha opções mais
interessantes. O Bradesco fez a bonificação de ações dele e lançou um novo
programa de recompra de ações que foi celebrado, mas segue andando de lado na
bolsa.
Já a Via (antiga Via Varejo)
segue no meu radar e pode deixar a carteira se não mostrar o quer para o
futuro.
Fundos Imobiliários: Todos
estáveis durante o mês e nenhuma notícia preocupante de nenhum deles. É o que
eu quero da minha carteira de Fundos Imobiliários.
ETF’s: O
IVVB11 recuou -0,96% no mês, um dos poucos meses que apresentou retorno
negativo em sua história. Eu continuo acreditando na tese e apostando na economia
americana de longo prazo, fora do fato de proteção da carteira.
O HASH11 como já falei chegou
para fazer companhia ao IVVB11, no momento vou ficar acompanhando o seu
comportamento e confesso que nesses poucos dias o que chamou a atenção foi o
quanto ele é volátil, imagina essa galera que só investe em bitcoins? Haja coração!
Renda Fixa: Para
quem quer comprar novos títulos o mês ofereceu boas oportunidades, eu tenho um preço
médio que considero adequado para os títulos pré-fixados e estou tranquilo com
essa alta da SELIC.
Vida Profissional:
Segue aquela sensação de que você faz, faz, faz e continua patinando no lugar.
Falta de perspectiva profissional? Não sei. Vamos ver.
Vida Pessoal: Nada
de relevante.