sexta-feira, 1 de abril de 2022

Fechamento Março/2022: R$ 253.248,79 (+1,13%)

 

A economia dos EUA está vivendo um dos períodos mais pujantes da história recente. O desemprego recua a níveis próximos do pleno-emprego, enquanto milhões de vagas estão disponíveis no mercado de trabalho frente a uma oferta muito menor de trabalhadores interessados a preenchê-las. Nos bancos os americanos nunca guardaram tanto dinheiro. E a economia segue extremamente dinâmica com até mesmo fábricas de grandes companhias anunciando a construção de plantas em pleno solo americano, em um possível sinal dos novos tempos da economia 4.0, onde os salários menores em países subdesenvolvidos já não são tão atrativos para grandes corporações.

Do outro lado vemos a curva de juros dos EUA se invertendo, com vários analistas projetando de que quando o FED subir suas taxas para 2% (ou seria 3%) a.a, a economia entrará em colapso e mergulhará o país em uma imensa recessão, inclusive vi “analista” no Twitter projetando queda de até 50% quando um suposto crash dos juros se materializar.

Em cenários como esses é que precisamos voltar nossa estratégia dentro os conceitos básicos que nos fazem investir. Eu pessoalmente estou aqui pelo longo prazo, pela busca de bons investimentos sólidos, lucrativos e inseridos em mercados que indicam ter capacidade de manter a relevância daqui 20 a 30 anos. É nessas águas duvidosas de 2022 que sigo navegando com tranquilidade, enquanto fujo de fazer “grandes apostas” ou se meter na modinha do momento.

Vamos ao fechamento mensal.

Depois de dois meses complicados no começo do ano, é hora de comemorar um resultado positivo. O mês de março registrou +1,13% de rentabilidade, por outro lado, o desempenho ainda que positivo não foi o suficiente para apagar o acumulado negativo dos dois meses anteriores, faltando ainda 0,79 p.p para voltar para o zero a zero, e isso sem falar da já significativa defasagem para o CDI.

Agora vamos dar uma olhada na renda passiva:


Em março foram recebidos R$ 484,51 em dividendos. No mesmo mês do ano passado o recebimento havia sido de R$ 174,91 (+177%). Os principais destaques são os gordos dividendos da Itaúsa e da Engie. O mês foi tão positivo em dividendos que ficou por um triz de ultrapassar maio do ano passado (na época foram R$ 486,93).

No exterior foi o mês de receber os dividendos trimestrais de SCHD e VNQ, que se completaram com o dividendo de SCHP e alcançaram R$ 61,38, o melhor resultado em dividendos do exterior desde dezembro.

O bacana é que no primeiro trimestre de 2021 os dividendos haviam somado R$ 409,99, enquanto nesse ano alcançou R$ 924,35 (+125%).

Aportes: Todos os aportes foram feitos nos últimos dias do mês. Ao todo o aporte foi de R$ 3.856,47. Desse total aproximadamente R$ 65 foram alocados em SCHD através da Avenue, trata-se apenas do reinvestimento dos dividendos recebidos dos ETFs americanos.

No Brasil os investimentos foram feitos em ações, ETF e fundos imobiliários. Eu percebi que não vinha deixando claro a proporção dos investimentos em cada ativo:

            - Alupar (ALUP3): 110 ações

            - BB Seguridade (BBSE3): 40 ações

            - Cyrela (CYRE3): 3 ações

            - ETF do S&P500 (IVVB11): 4 cotas

            - Kinea Securities (KNSC11): 8 cotas

O racional por trás desses investimentos foi buscar exposição a ações defensivas e que podem se beneficiar da alta dos juros (BB Seguridade) ou que estão finalizando seu ciclo de investimentos e entrando em um momento de consolidação (Alupar). Enquanto isso, decidi aproveitar a baixa do dólar para investir em S&P500. A aposta em KNSC11 é em busca do bom yield do fundo que é alinhado com a qualidade da gestão, pensei em investir em tijolos, mas me lembrei já o tinha feito no mês anterior.

Ações: Incrível como nenhuma das minhas ações brasileiras sofreu em março, fiquei acompanhando ao longo de todo o mês para encontrar boas ações descontadas na carteira e que oferecessem uma chance de entrada. Acredito que não encontrar essas oportunidades é sinal de que consegui construir uma carteira sólida e que é resistente aos ruídos do mercado.

Na análise específica de cada ativo posso dizer que gostei da Cyrela, pois a empresa entregou um balanço sólido no quarto trimestre e por focar no público de alta renda eu acredito que sofrerá pouco com a desaceleração (recessão?) da economia.

Fundos Imobiliários: Todos andaram meio de lado em março. Entretanto decidi que vou me desfazer de MXRF11 quando ele voltar ao preço de R$ 10 ou se aproximar desse patamar, o ativo é muito enrolado e analisando mais de perto vejo que poderia entregar mais. Se eu sair do MXRF11 o destino será outro fundo imobiliário e provavelmente algum da carteira (talvez um mix entre CPTS11 e KNSC11).

Acabei sendo forçado a abrir conta na Genial para ter acesso ao meu informe de rendimento do MALL11, decidi me render e abrir a conta quando percebi colegas da internet que não tiveram nenhum respaldo da CVM ou do Bacen quando abriram reclamação.

ETFs: O dólar despencou e o valor na carteira acompanhou, de qualquer forma não vejo motivos para preocupação no longo prazo.

Renda Fixa: Liquidei todas as minhas posições em títulos pré-fixados, acabei deixando a RF um pouco de lado e quando fui olhar na corretora vi que a maioria dos meus títulos estavam travados na faixa de 7% a.a (vencimentos em 2025 e 2026), fiz uma conta rápida e vi que seria mais vantajoso trocar para o IPCA+2026. Acredito que escolhi um bom momento, peguei taxas na faixa de IPCA+5,40%-5,50% a.a.

Vida Profissional: Na saga da reestruturação da empresa surgiram algumas novidades. A princípio sondei a possibilidade de conseguir uma transferência lateral para outra unidade, conversei com o gestor e recebi um positivo dele de que sondaria com o RH a possibilidade da transferência, o RH, entretanto vetou a ideia de uma transferência lateral e indicou que deveria buscar uma transferência com promoção.

No final do mês recebi de um contato interno a informação de que por ora a ideia de reestruturar está congelada. De qualquer forma não estou muito confiante das coisas terem sido colocados na geladeira, vou manter vocês atualizados de eventuais novidades.

Vida Pessoal: Acabei saindo apenas em um final de semana do mês e não gastei muito. Com a tensão no trabalho resolvi racionalizar os gastos.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.