Post de fechamento
de dezembro e por consequência de ano é sempre mais longo, ao contrário dos
outros meses vou repetir o ano passado e não falar sobre algo que aconteceu nos
últimos dias e sim voltar quase um ano no tempo para as previsões econômicas que
tinham sido feitas para 2023.
Os erros sempre
se repetem e eu não conheço nenhuma profissão onde exista tamanha tolerância
através da margem de erro, alguém já viu esse nível de tolerância em alguma engenharia?
Na medicina? Contabilidade? Eu não conheço.
Talvez você
caro leitor argumente que eu não levo em conta que a economia é viva e que por
isso vários fatores acontecem durante o ano que impactam significativamente no resultado
econômico, bom é um argumento válido, mas se você parte do pressuposto que é
certo que existem vários eventos não conhecidos durante o ano e que vão causar
impacto nas projeções econômicas, o certo não seria se abster de fazer essas
projeções?
Ao contrário de
2020 e em menor medida de 2021 e 2022, quando fatores inusitados e extremos
surgiram na economia mundial em 2023 tivemos um ano relativamente calmo, sem
grandes stress econômicos e políticos. O que justifica tamanha ousadia ou imprecisão?
FECHAMENTO
DEZEMBRO 2023 – FECHAMENTO ANUAL
A carteira
encerrou o mês com um desempenho positivo de 3,10%, no acumulado anual fechou
com 11,97% de alta (segundo a planilha AdP, que sofre distorções causadas pelos
aportes que dividendos reinvestidos).
Como
rentabilidade alternativa apresento para vocês a rentabilidade do site Status
Invest e que decidi adotar como rentabilidade divulgada a partir de 2024.
O StatusInvest
indica que a carteira se valorizou 15,28% em 2023, é acima do CDI acumulado de
13,03%, mas abaixo do desempenho do Ibovespa 22,28%. É de longe o melhor desempenho na série
histórica. O principal foi ter vencido a inflação do ano (estimada próxima de 4,5%).
Posso dizer que fiquei extremamente
satisfeito com o desempenho.
Em valores
nominais o patrimônio cresceu R$ 82.156,76, outro recorde de crescimento anual.
E isso em um ano onde aportei menos do que em 2022, com R$ 41.562,10 aportados,
uma queda de R$ 11.768,40.
Essa queda no
aporte se deve apenas a minha economia de recursos para a mudança de estado que
comecei a implementar no mês de setembro, se não fosse por esse motivo teria aportado
mais do que o passado.
Em dezembro
recebi R$ 891,30 de renda passiva (-16,7% frente dezembro de 2022). A queda
está relacionada principalmente a ausência de pagamentos extraordinários por
algumas empresas, sem preocupações adicionais.
No acumulado de
2023 foram recebidos R$ 6.601,13, crescimento de +25,5%. Quero frisar que esse
ano adotei uma filosofia mais parecida com a do Bastter de ignorar dividendos e
focar no equilíbrio de participações das ações da carteira, ou seja, os
prognósticos individuais de pagamento e até mesmo de desempenho das empresas foram
deixados em segundo plano, ainda assim apresentei um forte crescimento na renda
passiva, com uma média mensal próxima de R$ 550.
Você leitor
pode achar pouco, mas considere que é cerca de 41% do valor do salário mínimo brasileiro
que é a fonte de renda de milhões de pessoas. Se você considerar que ainda sou relativamente
jovem e que tenho se tudo der certos vários anos de aportes pela frente, às
perspectivas são muito boas.
Composição da
carteira de investimentos:
A carteira
continua caminhando para uma maior participação de renda variável, hoje os
ativos de renda fixa somados alcançam 49,61% da carteira (55,4% em 2022), pela primeira
vez estão abaixo de metade da carteira total. O grande responsável por esse
crescimento da RV foi a carteira de ações domésticas, que foi o destinatário de
grande parte dos aportes, com 28,63% da carteira (19,65% em 2022).
Já outros
ativos como Fundos Imobiliários e Agro são agora 6,05% (7,20% em 2022), com
zero reais aportados nessa classe. Os investimentos em ativos do exterior
apesar de terem recebido aportes, viu sua participação ser reduzida para 15,71%
da carteira (17,28% em 2022), o que pressionou essa classe foi principalmente a
queda do dólar.
Nesse ano o
foco foi equilibrar o peso das ações na carteira, é uma tarefa árdua levando em
conta que existe um desbalanceamento significativo, essa ideia foi inspirada na
filosofia do Bastter de que eu sou idiota e que não sou capaz de identificar
qual ação está barata, restando apenas focar em comprar boas empresas.
Por adotar uma
filosofia inspirada nele deixei de acrescentar novos ativos na carteira, e o
aporte sempre foi nos papéis com menor participação, exceto a Rumo Logística
que deixei na quarentena até final de agosto.
O resultado da estratégia
foi satisfatório, consegui deixar a carteira relativamente mais equilibrada,
claro, um equilíbrio perfeito significaria 7,14% de participação pra cada
papel, e isso é impossível, pois cada empresa está vivendo uma realidade
diferente. O plano é manter essa estratégia, confesso que dá mais paz e me
permite focar em outras coisas se não investimentos, pois não sinto mais aquela
ansiedade de ficar por dentro de tudo, fora que retirou um pouco o viés de
aportar nas minhas “queridinhas”.
ATIVO |
% da carteira de Fundos Imobiliários |
KNSC11 (Papel) |
23,0 |
MALL11 (Tijolo - Shopping) |
17,6 |
CPTS11 (Papel) |
15,9 |
KNRI11 (Tijolo – Diversificado) |
13,7 |
HGLG11 (Tijolo – Logística) |
12,0 |
RZTR11 (Papel) |
9,9 |
RURA11 (FIIAgro - Papel) |
7,9 |
Os fundos imobiliários
deixei abandonados na carteira. O grande ponto negativo do ano foi o CPTS11 que
está indo de mal a pior, com a gestão deixando de entregar a boa performance de
antigamente. No balanço do ano são os fundos de tijolo que se saíram um pouco
melhor.
ATIVO |
% da carteira de Ativos do Exterior |
IVVB11 (ETF brasileiro do S&P500) |
52,2 |
SCHD (ETF de Dividendos) |
27,4 |
SCHP (ETF de Inflação) |
10,8 |
VNQ (ETF de Real Estate) |
9,6 |
No exterior o crescimento
das grandes empresas de tecnologia puxou o S&P500, por consequência esse
índice apresentou um crescimento na participação da carteira, deixando para trás
os outros ETFs.
Metas 2023
No começo do
ano defini apenas uma meta de aportar R$ 36.000,00 em 2023, essa meta foi
alcançada com o total dos aportes sendo de R$ 41.562,10.
De forma
abstrata também disse que buscaria a evolução profissional em 2023, buscando
manter meu emprego e evoluir minhas habilidades. Nesse aspecto consegui manter
o emprego, evoluir minhas habilidades e consegui mais uma promoção. Foi um bom
ano.
-
Foi um bom ano na
minha vida, talvez o melhor que eu já tive. Chego a me emocionar escrevendo
isso, conheci pessoas boas e que levo como amigos, com a mudança de estado vou
ficar com saudades, mas vou sabendo que posso conhecer pessoas legais por lá
também.
Que Deus nos guie
em 2024 e que seja um ano feliz para todos nós!
AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.