segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Reflexões sobre 2020

Olá, pessoal!

Estamos a poucos dias do final de 2020, foi um ano desafiador para todos nós, mas acredito que é nas dificuldades que podemos aprender grandes lições e por isso resolvi compartilhar com vocês algumas reflexões sobre esse ano.


- As pessoas no geral tem uma dificuldade extrema em se manterem "distantes socialmente": Pois é, acho isso uma das coisas mais interessantes do nosso ano, caramba, quando a pandemia começou o negócio era suspender bares, restaurantes e reuniões sociais, mas a galera parece não se aguentar, primeiro o drama por estar longe a pasmem 8 ou 10 dias de uma aglomeração, depois com a justificativa de "estamos cansados" voltando todo mundo a se aglomerar.

- A histeria coletiva da pandemia: o vírus de dezembro de 2020 é o mesmo de março de 2020, a forma como as pessoas interagem com o vírus é totalmente diferente, em março todo mundo tinha medo do coronavírus, até mesmo um pânico excessivo, conheço gente que precisou de amparo psicológico, mas de junho pra cá o pessoal deu uma virada e ninguém mais tem medo do vírus, galera tem agido como se fosse uma "gripezinha".

- As "LIVES" sempre foram uma ideia ruim: no começo da pandemia era bonitinho postar um stories no Instagram fazendo um churrasquinho e bebendo cerveja em casa com a TV ligada no fundo na live de algum artista qualquer, mas vamos ser sinceros aqui? Ninguém suporta LIVES, aquilo é tosco, é chato, é insuportável de se assistir por mais que alguns minutos. A modinha não durou nem 30 dias, hoje em dia ninguém mais liga para essa tosquice.

- Bolsonaro gosta de ser contra qualquer coisa, só pelo prazer de ser contra: O presidente mostrou nesse ano que o que ele gosta é de ser do contra, independente do quão absurdo seja algo e do quão grande seja o consenso a respeito de alguma coisa, ele é simplesmente contra, e  tem orgulho de ser contra. Aqui não vamos falar nem da pandemia, ele joga contra conceitos óbvios sobre preservação ambiental, raça e mais um monte de coisas.

- O governo não tem plano nenhum para o Brasil: Em 2020 o governo não fez nada de relevante para o país, o próprio auxílio emergencial foi construído em um improviso dramático no Congresso, depois de criar o gasto o governo se viu enrolado pois como é típico do Brasil é quase impossível eliminar um gasto. A agenda de reformas simplesmente já não existe nem em palavras, é tudo empurrado com a barriga, o próprio presidente não está interessado nisso. O Paulo Guedes só solta palavras aleatórias ao vento, prometendo um monte de coisa que não é capaz de fazer (tal como as privatizações que prometeu entregar em 90 dias) e sempre prometendo uma grande medida para a semana que vem. Não existe agenda nesse governo. 

- O SUS é um orgulho nacional: No geral os brasileiros adoram odiar o SUS, todo mundo reclama da qualidade do atendimento, e os liberais querem um estado mínimo (o que envolve obrigatoriamente o fim do SUS), na realidade nesse ano eu percebi a importância vital dele para o país. O nosso país é muito pobre e a maioria das pessoas não tem condições de pagar um plano de saúde privado e com o emprego nas empresas sendo destruído é cada vez mais limitado o acesso pelos planos empresariais. A saúde privada no Brasil é proibitiva para o brasileiro pobre, por isso eu defendo a manutenção do SUS.

- Desempenho mínimo no trabalho? O máximo é o mínimo. Na iniciativa privada brasileira para você se manter no "jogo" é preciso rodar o tempo inteiro a 100% da capacidade física e mental esperada (não necessariamente é a sua capacidade), qualquer coisa que não seja a plenitude absoluta vai te jogar pra fora rapidamente, acho que caminhamos para resultados desastrosos em longo prazo. Alguém se importa com isso? Infelizmente eu acho que não.

- A queda da bolsa que parecia ser educativa, foi justamente o contrário: Quando a bolsa mergulhou de 115 mil pontos para 105 mil pontos, a turma da "modinha dos investimentos" falava em oportunidade para compra, depois quando ela vou parar na faixa dos 60k-70k, começou um clima de fim de mundo e a galera parecia estar de volta a um pouco de racionalidade, porém a recuperação rápida da bolsa enquanto a economia real está aos frangalhos, fez com que a turminha da modinha se sinta ainda mais confiante, pois eles sobreviveram a três semanas de perdas, e depois a recuperação da bolsa faz eles imaginarem que aguentam perdas, pois é, ainda quero ver se a galerinha conseguiria aguentar um período de como foi 2010-2015, onde quando a bolsa ficou andando de lado por anos.

- Uma bolha de ativos tecnológicos é o legado da crise: Tudo bem, é inegável que empresas ancoradas em serviços digitais se deram muito bem em 2020, é óbvio que Amazon, Netflix, Magazine Luiza e sua turma mereciam uma alta das ações. A reflexão que deixo é: essas empresas justificam tamanha valorização? Seus múltiplos estratosféricos são sustentáveis? 

- O excesso de liquidez está mantendo infladas as expectativas sobre "castelos de areia": Tem muita empresa ruim no mercado, tem empresa sendo avaliada por bilhões de dólares e que não tem se mostrado capaz de entregar resultados práticos, empresas que prometem ser disruptivas mas só entregam prejuízos trimestre após trimestre. O sucesso da Amazon em sair de anos de prejuízo para uma potência global, fez com que alguns acreditem que qualquer amontoado de merda é capaz de fazer a mesma coisa, independente do quão frágil é sua estrutura ou tão inflados seus múltiplos. O mais interessante é ver analistas criando novos critérios que levam você de nada pra lugar nenhum, mas tem um conceito bonitinho e assim desviam os focos para os fundamentos que realmente importam.

- Em investimentos é preciso estar preparado para o improvável: Quem aqui na blogosfera imaginou em 1 de janeiro que a SELIC despencaria para 2% em 2020? Acho que ninguém. Você imaginava ver o barril de petróleo sendo negociado com preços negativos? Eu não. A verdade é que o cenário improvável se tornou real e será que não é hora de parar um pouco e olhar os riscos envolvidos na nossa carteira de investimentos? Aquele CDB do banco pequeno, está valendo o risco? Aquela reserva de emergência em Tesouro Direto tem liquidez suficiente para ser uma reserva de emergência igual os "influencers" tanto recomendam? Será que aquela ação para aposentadoria que você comprou vai continuar relevante daqui 30 anos? 

- Os influencers de investimento do Youtube e Instagram se multiplicaram: tem muita gente que não sabe de bosta nenhuma que vomita conteúdo e fatura muita grana na internet só falando merda e fazendo caras e bocas, um contingente ainda maior vai atrás desses caras pois acha que são isentos. Depois quem fica com o prejuízo é quem seguiu a "dica valiosa", pois infelizmente são poucos os que realmente tem compromisso com o público e conhecimento.

- A "caridade por Instagram" explodiu em 2020: O Instagram é uma terra de egos elevados, todo mundo é perfeito por ali. O que eu achei interessante é que explodiu a quantidade de anônimos e famosos que usaram as  redes sociais para mostrar para todo mundo o quanto são caridosos e preocupados com o próximo. Seja por publicações de artistas e atletas que fizeram doações para o combate a pandemia, ou aquele conhecido seu que foi doar uma cesta básica para uma família necessitada mas que obviamente precisou escandarar a situação humilhante dos receptores da doação para que ele pudesse posar de bom samaritano. 

        - Liberalismo? Opa, sim! Mas só para os outros.: É maravilhoso ver um monte de apoiadores do liberalismo, que prega o desmonte do estado, dos direitos, impostos mínimos e etc pedir e apoiar programas de incentivo a indústria, comércio e tudo mais para as empresas, pedir socorro governamental na pandemia, ora bolas, pensei que o "mercado" iria se regular na pandemia e resolveria todos os problemas como mágica. Francamente, é muito fácil falar do alto de seus apartamentos e mansões em bairros nobres de São Paulo e Brasília e ignorar a vida real do brasileiro que lida com um país sucateado. 

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Se tudo der certo vamos se encontrar novamente em 2021, desejo desde já um ótimo e socialmente distante final de ano para todos. 

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Esse blog não tem a intenção de recomendar investimentos para ninguém. Trata-se apenas um blog pessoal, o objetivo é relatar minha opinião pessoal sobre o tema de investimentos e outros assuntos.
Nenhuma postagem ou comentário neste blog deve ser levada em consideração na tomada de investimentos por ninguém.
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terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Fechamento Novembro/2020: R$ 182.981,43 (+1,68%)

 


Mais um mês encerrado, e desta vez reviso aqui no blog um conteúdo produzido por um site de primeira linha, o pessoal do VISUAL CAPITALIST, trouxe esse gráfico sobre o histórico global das taxas de juros, o trabalho nada mais envolveu do que converter em gráfico os dados fornecidos pelo Banco da Inglaterra, entretanto é bom ressaltar que não trata-se apenas dos juros na Terra da Rainha e sim de um cenário global, começando nos empréstimos de nobres no século XIV e chegando no mercado online de dívida de 2020.

O que ele mostra é que historicamente as taxas vivem momentos de altas e baixas, porém a linha de tendência aponta para baixo. O gráfico termina com dados de 2018 e com isso não retrata o impacto da pandemia. Acho que não tenho muito a comentar sobre o gráfico, ele fala por si mesmo.

Vamos ao fechamento mensal:


Que mês, senhores... que mês! A rentabilidade de +1,68% é o meu recorde absoluto de retorno mensal, ele supera o recorde anterior de +1,38% alcançado em Abril, porém não posso dizer que são diretamente comparáveis e isso só reforça a excepcionalidade de novembro. Em Abril, o desempenho foi bom, mas ele partiu de uma base fraca, agora o desempenho foi bom e partiu de uma base que mesmo não sendo incrível (+0,16% em outubro) é uma base positiva e relativamente próxima do CDI.

Na verdade essa alta da bolsa foi construída ao longo do mês, eu tentei não ficar empolgado com o possível recorde pois no mês passado cheguei a alcançar +1,29% antes de a carteira mergulhar e se contentar com um +0,16%. 

O aporte do mês foi referente a compra de SAPR4 (Sanepar), foi meu único ativo do mês e é fruto exclusivamente do recebimento de dividendos/juros sobre capital próprio durante o mês. Esse também foi o mês com o recorde de dividendos recebidos, um total de R$ 230,13.

Esse aporte pequenininho do mês não quer dizer que gastei todo meu salário, na verdade eu tive um mês normal de gastos e o que sobrou não foi mandado para os investimentos e sim para o meu Fundo de Gastos Pessoais, decidi que ele receberia todos os valores pois pretendo fazer um gasto estético no primeiro trimestre e já estou provisionando o valor.

ETF'S: O IVVB11 subiu em comparação com o último mês, mesmo com a queda da cotação do dólar, o contrapeso da economia americana que vive uma fase de melhores expectativas conseguiu deixar em um saldo positivo a balança do índice. É por isso que eu gosto desse ativo, ele me conforta com a exposição a moeda forte + exposição ao incrível S&P500. 

Ações: A recuperação do setor financeiro que tem um peso de 1/3 da carteira foi primordial para o resultado do mês. O destaque em especial fica por conta de Itaúsa que subiu, impulsionada pela perspectiva do Itaú entregar resultados melhores e eu particularmente achei incrível a ideia de a Itaúsa se tornar uma das 'donas' da XP. Eu gosto do ativo e particularmente estou animado com ele. 
Outra ação que merece destaque no mês é TAEE11, que pagou ótimos dividendos e além disso viu a ação sair do andar de lado na faixa dos R$ 28 para oscilar na faixa dos R$ 32. Eu confesso que quero conhecer melhor o setor, fico muito animado com o ramo de energia e ainda mais com o de transmissão, parece bom demais para ser verdade. 

FII's: Não aportei durante o mês em fundos imobiliários e não dei muita atenção para esse segmento da carteira. Na verdade eles ficaram meio "mornos", andaram de lado, a cotação subiu mais nada muito expressivo e os dividendos eu fiquei um pouco decepcionado com MXRF11 que reduziu em R$ 0,01 os dividendos, o que é expressivo pela cotação do fundo. A minha lógica com FII's é apostar na renda que eles podem me dar, não fico olhando FIIs pensando em ganhar com a valorização da cota.
Eu reconheço que não dou muita atenção aos fundos imobiliários na carteira, quero ver se consigo pegar para estudar a fundo os que já tenho.

Renda Fixa: Andando de lado, impressionante como o preço dos títulos públicos federais não acompanharam o otimismo do mercado e se mantém com um humor que não é dos melhores. Acabei não comprando nada, porém acompanhei o Tesouro Pré-Fixado 2026 e vi ele passando várias vezes acima de 7,5% a.a, é interessante? Se isso me fosse perguntado um ano atrás eu diria que sim, mas hoje eu não sei se faz tanto sentido pra minha carteira comprar um título nessa taxa em um cenário tão complicado das contas públicas.

Vida profissional: No último mês eu comentei que as demissões se intensificaram no mês de outubro, eu também disse que a rádio peão falava que vinha mais facão em novembro, o que aconteceu? Veio mais facão e mais gente foi demitida, foi mais do que em outubro? Não, mas ainda assim foi bem acima dos outros meses. A expectativa do pessoal é que em dezembro não aconteçam novos cortes, mas a galera acha que no primeiro trimestre eles voltam. É rádio peão? É, mas ela tem acertado.

No cotidiano do trabalho eu continuo em nova função desde julho, entretanto continuo oficialmente no mesmo cargo de antes, na prática é uma mudança lateral e não faria jus a qualquer mudança salarial, segue o jogo.

Vida Pessoal: No começo do mês senti os sintomas e fui diagnosticado com COVID-19. Foram alguns dias de sintomas (uns cinco dias) e não foi fácil, senti muita dor de cabeça, febre, dor no corpo (o sintoma mais persistente) e tosse seca. Eu fiquei bem mal, porém não precisei ficar internado e nem nada do tipo, os remédios faziam efeito por pouco tempo, e como eu estava isolado em casa eu aproveitava esse tempo para vir aqui na blogosfera. Depois eu me recuperei e agora estou me sentindo bem. Não é uma gripezinha!

Do resto minha vida pessoal não mereceu nenhum fato de destaque durante o mês.

Planejo fazer mais um post no meio do mês e depois apenas no começo de janeiro onde vou fazer o fechamento mensal + anual + detalhamento da minha carteira de 2020.

Fui incluído no ranking do Engenheiro Investidor, é um clássico da finansfera esse tipo de ranking, é tão nostálgico e me faz lembrar do Pobretão.
 
-IMPORTANTE: Esse é um blog de cunho pessoal, nada do que escrevo aqui deve ser levado como recomendação de investimento, estou apenas compartilhando minhas experiências e não recomendo a ninguém que tome decisões baseadas em algo que eu escrevo. Caso você deseja orientação sobre investimentos procure especialistas no assunto.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

VIDA NO INTERIOR: Como é o lazer por aqui?



Ah, tem coisa melhor do que sair do trabalho na sexta-feira? Meu Deus, é tão libertador não é mesmo? Depois de uma semana de muito trabalho, horas extras, pressões e tudo mais do que você pode imaginar finalmente você vai ganhar uns dias de descanso. 

Em um grande centro você já pode começar a se preparar para algum festival de música, visitar um shooping center e ir no cinema ou mesmo andar de bicicleta em um maravilho parque urbano enquanto respira a saudável poluição de uma metrópole. E no interior? Bom, o interior é sempre vendido como um lugar pacato, onde a coisa mais interessante a se fazer é sentar na calçada de casa e apreciar os pássaros enquanto conversa com seus vizinhos. 

Bom, na prática tem muita coisa pra se fazer nas horas vagas por aqui! Listei algumas das gratificantes atividades que você pode fazer por aqui nos finais de semana:

Você pode ir em um posto de combustível. Os postos são os points da maioria das cidadezinhas, todas tem um posto que serve de aglomeração dos jovens nos finais de semana. 
No geral, o que as pessoas fazem lá? Bom, vai todo mundo pro posto na sexta e sábado a noite, o negócio consiste em simplesmente estacionar o carro, colocar o som pra tocar um sertanejo e ficar lá. Os filhos dos barões das cidades costumam encostar suas S-10 ou Hilux, mas se você é apenas mais um qualquer de classe média é bom ter uma Fiat Strada ou VW Salveiro pra encostar por lá com um som bom. Ok, conseguiu o carro? Ótimo! O próximo passo é tudo mundo sentar na porta do compartimento de carga e ficar lá bebendo cerveja (ou tereré/chimarão se for de dia). As gurias da cidade vão encostar por lá no posto e quem sabe você não se enlaça com alguma.

Se você quer um programa pro sábado ou domingo a tarde também temos algumas opções:

Que tal passar algumas horas nas famosas "prainhas" ou cachoeiras? Bom, se você mora no interior eu tenho 100% de certeza que você não mora a mais do que uma hora de uma boa cachoeira ou uma praia de rio. Esse é o tipo de programa que bomba no verão.

No caso das cidades com praias de rio, é quase certo que também terá um clube náutico ou condomínio fechado próximo ao rio, normalmente a galera das elites da cidade vão ter uma casa ou serão sócios dos clubes, essas cidades são bem concorridas, a galera das grandes cidades do interior costumam também ir pra lá aos finais de semana e fica tudo bem lotado de lanchas. Mas e se você só for mais um cara qualquer? Também pode ir pra lá. Talvez, a diferença entre você e o pessoal mais rico é que você terá que pagar um barquinho ou lancha que faça o serviço de transporte para a prainha, isso pois as praias não costumam ficar na beira do rio próxima a cidade, normalmente elas ficam fora da rota de estradas e pelo menos alguns quilômetros de um povoado.

As cachoeiras são ambientes que podem ser mais democráticos ou não, muitas cidades já comercializam esses ambientes, como elas costumam ficar dentro de propriedades privas é comum os donos cobrarem algum tipo de ingresso para entrar lá e ir até a cachoeira. O negócio é igual a prainha, mas no normalmente é só a galera da cidade mesmo ou alguns turistas aventureiros que aparecem por lá.

Independente de se é a praia ou cachoeira é bom você levar de casa: a barraca, as cadeiras, a comida e a bebida, em poucas praias existem esse tipo de estrutura, pois como falamos de praias de rios é impossível você construir uma estrutura fixa, pois o rio sobe durante a cheia. No caso das cachoeiras é mais impossível ainda, elas ficam sempre no meio da mata fechada e por questões logísticas e legais não dá pra sair construindo por ali.

Se você quiser também pode ir para pescar, aqui mesmo na minha cidade a pescaria é uma verdadeira febre. Na temporada de pesca os rios ficam cheios de barcos do pessoal que acampa o final de semana inteiro, eu confesso que não sou fã da experiência, mas tem quem goste. Infelizmente, você não vai pegar tantos peixes como imagina.

Não gosta de água? Bom, algumas cidades tem opções de hotéis fazendas ou turismo ecológico. Isso nem sempre é comum, mas também garanto que se você procurar consegue encontrar opções bacanas que poderá ir de carro no final de semana com sua cremosa(o) e relaxar. Esses hotéis são bem aquele conceito de interior, normalmente próximo a áreas de conservação, dão opções de trilhas, andar a cavalo, comida caseira, hospedagem normalmente em chalés (o que dá um pouco mais de privacidade) e tem uma piscina pra você curtir. Tem sempre uma galera que combina de ir em grupo nesses hotéis, passa-se o final de semana com a galera, faz um churrasco legal e dormem no mesmo chalé (que são projetadas para comportar bastante gente).

OS FESTIVAIS!

Em cidades de forte colonização europeia é muito comum algum festival temático daquela cultura, então sempre tem uma festa italiana, alemã ou eslava pra você participar na região. Muitas vezes relacionada com a época de colheita ou o santo padroeiro. Quem organiza normalmente é a prefeitura, a Igreja, a associação de produtores rurais ou de tradições.

A programação depende muito da cidade, normalmente elas duram uns 3 ou 4 dias, mas tem cidades que a programação é para a semana inteira. Tem um festival de culinária para você provar as comidas típicas da cultura ou da região, tem danças tradicionais, algumas tem rodeios, outras tem leilões de animais e competições de criadores de vacas leiteiras, almoços no domingo e o que é certo é que terá música e muito show. Em algumas cidades a cultura é muito forte e os guris e gurias vão vestidos com roupas típicas, mas em muitas delas é só o pessoal mais velho ou que é da organização/exposição que usa roupas tradicionais e você pode aparecer lá vestido igual vai pra alguma saideira em São Paulo que ninguém vai achar você escroto.

O ambiente é muito saudável, se você tem família pode levar seus filhos para participar sem medo nenhum, não costuma ter violência (talvez um ou outro bêbado cause alguma confusão, mas é raro e a polícia sempre tira o cidadão da festa na hora), as crianças podem curtir o parquinho e se divertir, é muito familiar. Se você é solteiro(a) e quer curtição também é uma boa pedida, ainda mais os shows que são o ponto alto, muitos são de música tradicional mas cada vez mais as baladinhas ganham espaço e é uma excelente oportunidade pra quem sabe deslocar alguma ficada ou até um namoro? O negócio ferve! O que é certo é que a cidade inteira vai participar e você poderá conhecer todo mundo! Além disso, junta a galera da região e é aí que você faz bastante amizade com o pessoal e que te chama pras festas nas cidades deles. 

A regra aqui no interior é você ter CARRO pra poder curtir um pouco de lazer! Eu sei que aqui na firesfera muita gente critica a posse do carro e trata ele como passivo financeiro, e sim ele é isso mesmo! O problema é que NÃO EXISTE TRANSPORTE PÚBLICO no interior. NÃO EXISTE! Então se você não tem carro vai acabar não conseguindo ir em muitos desses lugares, e como aqui também não existe motel rsrsrs' ;)

Agora se você não curte festivais tradicionais, praia de rio, cachoeira, pescarias, saideiras no posto de gasolina, bom é melhor ficar aí na sua metrópole mesmo do que se aventurar por essas bandas do interior.

Viva o interior! 
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Se alguém possui alguma dúvida sobre algum aspecto do cotidiano no interior é só escrever um comentário que eu respondo.

domingo, 1 de novembro de 2020

Fechamento Outubro/2020: R$ 179.733,76 (+0,16%)



Antes de qualquer outra coisa esse blog é um registro histórico da minha vida, escrevo ele interessado em guardar uma recordação sobre minha evolução financeira/patrimonial e do meu pensamento social. O fechamento mensal é o clímax desse objetivo, gosto de congregar no mesmo post tanto a minha carteira como algum assunto que me chamou a atenção durante o mês, em Outubro é impossível não eleger às eleições americanas.

Acima a imagem que ilustra esse post é uma simulação feita por mim (você pode fazer a sua simulação do colégio eleitoral americano acessando o 270towin), usei como base dessa simulação às projeções de pesquisas eleitorais e tendências de voto nos estados americanos e o que eu acho que com base na minha falta de experiência sobre o eleitorado americano que pode ser o resultado em alguns estados. Ou seja, é na base do achismo puro e nas ideias da minha cabeça.

Acredito que dificilmente Donald Trump vá conseguir a reeleição, se levarmos em conta a tendência eleitoral hoje dos estados "indecisos", ele só conseguiria a vitória se vencesse em todos os estados indecisos e conseguisse vencer em pelo menos dois estados pró-Biden, como a Pensilvânia e Wisconsin, sem conseguir esse feito ele alcançaria no máximo 248 votos e a eleição terminaria em Biden. Entretanto, acredito que a eleição ainda pode terminar em virada, a participação eleitoral está sendo grande e a polarização faz com que tantos republicanos como democratas compareçam as urnas em maior peso e em um país onde o voto não é obrigatório é isso que decide o jogo. Se eu pudesse apostar acredito que existe 75% de chance de vitória para Joe Biden.

E se eu fosse um eleitor americano? Bom, acho que seria um dos indecisos de última hora. Eu gosto da política econômica de Trump, o conceito dele de "America First" é polêmico, mas ele pelo menos prioriza o que é mais benéfico para o seu país, além disso, a economia americana cresceu bem durante seu mandato e o desemprego estava abaixo de 4% até o começo do ano, ao mesmo tempo eu acho preocupante que ele não ligue muito para o déficit orçamentário e sua política ambiental e racial é deplorável. Já Biden, me atrai pela perspectiva de um presidente mais moderado, que se envolve menos em radicalização política e preocupado com a crise climática, ao mesmo tempo tenho dúvidas sobre a capacidade dele de enfrentar a crise de saúde e não confio na condução econômica dele. 

O Brasil eu acho que perde com qualquer cenário: se Trump vencer o amor cego desse governo pelos EUA vai continuar empurrando o nosso país para uma posição de cachorrinho dos EUA e nosso governo tem uma incrível capacidade de priorizar os interesses americanos em detrimento dos nossos, em especial em temas comerciais, por outro lado, a vitória de Biden vai representar uma pressão inédita sobre o Brasil na questão ambiental, e logo não vou ficar surpreso se o discurso por aqui passar a ser culpar o governo Biden por todos os problemas do Brasil. 

Vamos aguardar os resultados! E você leitor em quem votaria nas eleições americanas?

Ok, agora vamos ao fechamento mensal.

O mês caminhava para um excelente desempenho da carteira, encerrei a semana do dia 24 com uma rentabilidade de +1,29% no mês, eu já estava bem contente com o desempenho que finalmente me colocava a frente do CDI acumulado de 2020. O balde de água fria chegou nessa semana, tudo começou a derreter com a tensão eleitoral americana + "decepção" com as big techs + volta da doença na Europa. Eu confesso que fiquei impressionado com o fechamento de +0,16% que consegui, eu imaginava que terminaria no terreno negativo.

O aporte do mês é referente a integralização no patrimônio de MXRF11 (subscrição de Agosto) e o "dinheiro novo" é fruto de IVVB11 e SAPR4, porém o aporte em Sanepar foi apenas de algumas migalhas que sobraram do IVVB11 e que não eram o bastante para comprar uma cota. 

Eu escolhi o IVVB11 pois acredito que o teto dos gastos já esta condenado a morte e com isso estou apostando na valorização do dólar, e me expondo a bolsa americana acho que vou pegar a recuperação por lá em 2021. O aporte em SAPR4 é por ela ser de um setor sólido (todo mundo precisa de água), o preço estar atrativo e por ser tão "baratinha" que é uma das poucas opções descentes para as migalhas.

ETF's: IVVB11 decolou durante o mês, mas depois arrefeceu com o pânico tomando conta dos EUA. Não tenho vontade de investir em outros ETFs no momento, não acho Ibovespa atrativo, não tenho perfil para Small Caps e o mercado brasileiro de ETFs é muito pobre, estou na torcida que o futuro nos reserve um desenvolvimento melhor desse mercado.

Ações: Mais um mês sem grandes fatos para contar. A minha preocupação é buscar reduzir o peso de Itaúsa na carteira, hoje ela representa quase 21% da carteira acionária. Eu acho uma empresa incrível e não é a primeira vez que menciono isso aqui, mas reconheço que não posso me expor demais no ativo, além disso, no começo do ano escrevi minha Política de Investimentos Pessoais para 2020 e determinei que não ultrapassaria os 20% de concentração em nenhuma ação.
Dos balanços que foram divulgados até agora eu acompanhei pouco, acho que o que mais marcou foi WEG, foi mais um trimestre fantástico, tem horas que o dedo chega a coçar para comprar, mas já parece tão esticada.

FIIs: Não aportei durante o mês. A subscrição de MXRF11 foi finalmente integralizada. Se a pandemia causar um novo pânico estou pensando em encher a mão de algum fundo exposto em logística. 

Renda Fixa: Sem grandes fatos. É uma vergonha essa Selic em 2%, o que me alenta é que continuo achando que ela vai subir em 2021.

Vida profissional: Os cortes que já aconteciam faz alguns meses, deram um verdadeiro salto nesse mês. Na verdade eu já tinha adiantado aqui que em Setembro a rádio peão falava em vários cortes, no começo do mês parecia pacífico, porém na segunda semana aconteceram muitos cortes, todo dia tinha bastante gente sendo demitida. Depois da terceira semana não fiquei sabendo de demissões, porém a rádio peão já fala que vão demitir muito mais em novembro.
Por enquanto continuo tendo um emprego. É o que importa.

Vida Pessoal: Saí algumas vezes com amigos durante o mês. No geral, foi um mês comum e sem fatos relevantes para relatar. Me espanta o quanto as pessoas estão desleixadas com o vírus, ninguém mais respeita distanciamento social, álcool em gel e uso de máscaras. Aqui mesmo na minha cidade em meados de abril acho que 100% das pessoas usavam máscaras nas ruas, hoje em dia, acho que não passa de 40%.
Meu peso na última medição do mês foi de 75,9kg. Estou feliz pois retornei a faixa de peso que eu estava antes das férias, espero conseguir manter o peso sob controle. 
Como mencionei no mês passado eu destinei recursos para o Fundo de Gastos Pessoais, os valores destinados ao fundo não são contabilizados no aporte. 

IMPORTANTE: Esse é um blog de cunho pessoal, nada do que escrevo aqui deve ser levado como recomendação de investimento, estou apenas compartilhando minhas experiências e não recomendo a ninguém que tome decisões baseadas em algo que eu escrevo. Caso você deseja orientação sobre investimentos procure especialistas no assunto.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Longo prazo: ações individuais ou ETFs?

 


O pessoal do Visual Capitalist (clique no link para ver em tamanho original), publicou mais um excelente artigo, e já fica aqui desde o princípio deste post a recomendação aos amigos da blogosfera que sigam esse site incrível (Instagram: @visualcap) que traz através de gráficos, mapas e tabelas vários dados sobre temas relativos a economia, negócios e sociedade. 

O post que chamou a minha atenção é esse estudo sobre a composição do Down Jones desde 1928. Todos sabemos que o Down pode não ser um dos índices mais recomendados para retratar o mercado americano, é um índice com composição simples e que não tem sistemas de pesos e contrapesos para evitar grandes distorções como o S&P500. Entretanto é um índice histórico e que sempre contou na sua composição com as empresas referências e líderes da economia americana em cada época, ou seja, quando essas empresas entraram no Down eram na pior das hipóteses boas opções de investimento na opinião de quase todo o mercado.

O problema que quero trazer aqui é justamente uma reflexão sobre um investidor em 1928 no começo desse gráfico. O que se investidor em 1928 tinha no mercado acionário com opções? Bom, ele tinha empresas que pareciam promissoras: General Motors, Texaco, Goodyear, Union Carbide e etc. Todas na época pareciam ações boas, a economia americana era dominada pelo setor industrial, petrolífero e de transportes. Haviam empresas incríveis surgindo, o mundo vivia em uma época quase sem paralelos com os tempos atuais. A maior parte do transporte internacional de passageiros era feito por navio, o Reino Unido era uma potência global e dono de um vasto império, a China era apenas um caos, a sensação tecnológica da época eram aviões, a eletricidade não chegava em muitas casas e muitas coisas ainda eram inimagináveis.

Esse investidor tomou decisão de investimentos com base nessas empresas e em como o mundo funcionava na época, se ele estivesse pensando em investir para o longo prazo ( e para fins desse post vamos considerar pelo menos +30 anos) o que ele podia contar era com opções de ações promissoras com esse perfil e certamente ele não conseguiria prever todas as mudanças que a economia e a sociedade passariam nas próximas décadas. E se você olhar para o Down Jones em 1960, poderá ver que várias empresas deixaram o índice nos primeiros trinta anos e logo empresas que pareciam excelentes se tornaram decadentes ou mesmo nem existiam mais. O setor de ferrovias norte-americano que produziu os famosos "barões dos trilhos" no começo do século XX deixou de existir em poucas décadas.

Se o investidor tivesse começado em 1960 e olhasse para trinta anos no futuro, as empresas que eram líderes nos anos 60 já não eram as mesmas nos anos 90. A economia americana mudou muito, deixou a base industrial muito forte do pós-guerra e migrou para o setor de serviços, você pode ver a partir de meados dos anos 70 e com mais força nos anos 80, o crescimento de ações do setor de comunicações, financeiro e saúde. Fruto dos EUA alcançando uma renda média-alta, a sua posição de dominância no mercado financeiro global através do financiamento para as economias destroçadas da Europa que ficaram endividadas por décadas com bancos americanos e o crescimento da expectativa de vida.

Em 1990 ainda era cedo para falar de empresas de tecnologia, elas se quer apareciam no Down Jones e um investidor que tivesse escolhido a dedo dificilmente escolheria (ou encontraria) empresas de tecnologia. Os setores tão promissores nos trinta anos anteriores aos anos 90, começaram a entrar em crise e "envelheceram" e foram substituídos pelo setor de tecnologia, veja o setor financeiro americano que dominava o ranking das maiores empresas americanas a 20 anos atrás e que hoje está se tornando cada vez mais coadjuvante.

Agora pense comigo: estamos em 2020, a tendência parece ser as empresas de tecnologia para as próximas décadas, um investidor tem essa informação em mãos, o mundo é cada vez mais digital, a economia chinesa está se tornando protagonista, a Europa é só um amontado de países estagnados e correndo em círculos e o Brasil segue atolado em problemas. 

Mas veja como o mundo mudou desde 1928 em intervalos de 30 em 30 anos.

Qual será a realidade da economia em 2050? Será que empresas líderes e que por isso garantem seu lugar no Down Jones como a Microsoft, IBM e Apple vão ter lugar em 2050? A GM parecia muito forte a trinta anos atrás.

Eu usei o Down Jones apenas para dar uma referência pois ele reúne empresas que são líderes e que sempre chamam a atenção dos investidores. Peço que o foco da discussão não seja o uso dele como investimento em ETF.

As questões que deixo são: será que vale a pena escolher ações individuais para o longíssimo prazo? Ou será melhor investir por ETF's e de certa forma suavizam a transição da economia? Mas será que investir em ETF's não é manter na carteira ações no qual não acreditamos ou que mesmo enfrentando períodos de decadência ainda vão se manter por vários anos na carteira do índice e assim vão puxar os retornos para baixo? Será que devemos escolher ações a dedo e ficar girando a carteira tentando prever o futuro?

Eu ainda estou pensando a respeito disso. 

AVISO: Esse blog não tem a intenção de recomendar investimentos para ninguém. Trata-se apenas de um blog pessoal, o objetivo é relatar minha opinião pessoal sobre o tema de investimentos e outros assuntos. 
Por isso nenhuma postagem ou comentário neste blog deve ser levada em consideração na tomada de investimentos por ninguém. Caso deseje orientação sobre investimentos recomendo que procure assessoria especializada no assunto.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Fechamento Setembro/2020: R$ 176.967,21 (-0,47%)

 


Mais um mês terminou e agora já estamos começando a ver 2021 no horizonte, infelizmente para milhões de brasileiros a situação é desalentadora, o país está visivelmente mergulhado em uma crise econômica sem fim, o desemprego de 13,8% parece não assustar e nem preocupar a tão serena Brasília, duvido muito que quando ele alcançar 15% no final do ano ou aos 18,5% no primeiro trimestre do ano que vem existirá alguma sensibilização com isso.

Já vivemos uma década perdida, a economia não cresce em ritmo minimamente descente desde pelo menos 2013, e não existem sinais de melhora pelo menos até 2023. Os economistas falam em um crescimento de 3,5% no próximo ano, na minha opinião é só conversa fiada. 

Agora vamos ao fechamento do mês.


O aporte esse mês veio turbinado, como estive de férias ao longo de setembro eu entrei quase em "modo zumbi" e somando uma sobra de recursos não aportados de agosto, com pagamento de férias e um pequeno bônus do trabalho (que achamos que não ia rolar esse ano) consegui o segundo melhor aporte do ano.

O aporte do mês foi em Tesouro Pré-Fixado 2026 na renda fixa (em taxa de 6,76% a.a)  e na renda variável aportes em ações de Itaúsa, Sanepar, Taesa que já eram parte da carteira, enquanto chegaram duas novidades: CYRELA e BB SEGURIDADE. 

A escolha de BB Seguridade foi para entrar em uma ação que paga bons dividendos e ao meu ver está atrativa, já a Cyrela eu escolhi para balancear a carteira de ações visto que 2/3 da carteira estão alocados no setores de Utilidades Públicas e Financeiro e eu quero evitar uma exposição excessiva a esses dois setores que são os meus queridinhos.

ETF's: IVVB11 caiu em comparação com o fechamento do mês anterior, acabei não aportando no ativo e reconheço que havia espaço quando ele chegou em R$ 190, porém resolvi deixar passar pois a expectativa é de um ambiente volátil nos EUA nas próximas semanas, os analistas dizem que a vitória do Joe Biden vai empurrar o S&P500 para baixo e enfraquecer o dólar, mas como sempre não dá pra confiar em analistas, vamos acompanhar.

Ações: Nada muito significativo que eu tenha percebido durante o mês, talvez seja digno de comentário apenas BBDC4 que é hoje a maior desvalorização da minha carteira, estou com uma performance histórica de -25% nesse ativo e admito que entrei quando ela estava em R$ 34 o que foi um erro imenso, depois comprei um pouco o que reduziu o PM, mas resolvi continuar deixando o ativo de fora da minha lista de compras, já tenho ITSA4 que me expõe aos grandes bancos, na minha cabeça não faz muito sentido novos aportes em BBDC4 nesse momento.

FII's: O MXRF11 foi o alvo de todo o meu aporte de fundos imobiliários, infelizmente o ativo parece que virou modinha e talvez tenha começado a se inflacionar, eu gosto do ativo pois ele paga um ótimo DY. Eu queria investir em logística mas eles parecem caros, os shoppings parecem fracos em DY, sei lá, tudo muito confuso na minha cabeça e fui de MXRF11 mesmo.

Renda Fixa: Impressionante o Tesouro Selic com rentabilidade negativa, estamos destruindo o Brasil? kkkkk

Vida Profissional: Estive de férias em Setembro, já voltei a trabalhar e ainda tenho um emprego kkkk, a correria só que cresce. 
Na empresa já ficou evidente que vão acontecer muitos cortes nas próximas semanas, é rezar para o facão não acertar meu pescoço. Tomara que não aconteça nada, na verdade não quero que ninguém seja demitido, uma demissão nunca é bom, e nesse cenário econômico é um desastre.

Vida Pessoal: Como falei passei o mês quase em "modo zumbi", fiquei em casa durante as minhas férias a maior parte do tempo, no máximo sai com uns amigos pra um barzinho.
Sei que muitos podem criticar, mas penso que tomei a decisão certa. 

Decidi que a partir de agora vou criar um Fundo de Gastos Pessoais, vai ser uma pequena parte do que sobrar do meu mês que vou mandar para uma aplicação que vai ser um CDB de Liquidez Diária ou um Fundo DI, o foco é usar esse valor para gastos que não vou contabilizar no meu controle mensal. 

É isso.

Até breve.

IMPORTANTE: Esse é um blog de cunho pessoal, nada do que escrevo aqui deve ser levado como recomendação de investimento, estou apenas compartilhando minhas experiências e não recomendo a ninguém que tome decisões baseadas em algo que eu escrevo. Caso você deseja orientação sobre investimentos procure especialistas no assunto.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Quando a maré da liquidez baixar...

Ah liquidez
Liquidez, liquidez... como é boa a liquidez!

Algumas informações de bastidores dão conta de que está chegando por ai o IPO mais aguardado dos últimos tempos, veja as principais características dessa empresa e prepare o Home Broker para entrar nessa oportunidade única.

  • Ela tem um nome bonitinho, em inglês ou alguma sigla.
  • Seu CEO é um sujeito que adora fazer mídia, sempre disponível para entrevistas com jornalistas e muito ativo no mercado na hora de divulgar os novos projetos revolucionários da empresa.
  • O ramo de negócio é disruptivo, vai mudar completamente o mercado atual dominado por empresas velhas e antiquadas. Quem quer ganhar dinheiro com arroz e feijão? Vamos fazer uma disrupção!
  • Pregar o potencial impacto da transformação social da empresa, ela não quer lucrar, ela quer uma sociedade melhor.
  • A base de fãs de é tão grande e apaixonada quanto a de um tipo de futebol ou do seu político favorito.
  • Não consegue entregar lucro, na verdade ela entrega rombos incríveis no balanço todos os anos, mas o mercado não liga, todo mundo sabe que ela é uma empresa de crescimento e que prejuízos de centenas de milhões são totalmente aceitáveis, afinal de contas a Amazon registrou prejuízos por anos, e como todos sabemos ela não é a exceção e sim a regra entre as empresas.
  • Os últimos detalhes estão sendo acertados e basicamente o que falta é definir onde vai acontecer o IPO, se vai rolar nos trópicos, na imponente Nova York, em alguma bolsa emergente da Ásia ou aproveitar o inverno europeu para estrear em grande estilo.
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Todos nós já vimos essa história ser contada, quem não se lembra daquela petrolífera que prometia ser uma nova potência nacional com a exploração do pré-sal e que decolou na bolsa de valores sem apresentar resultado nenhum, apenas com a promessa, aí furaram o poço e TCHARAM! fracasso total. 

E aquela empresa que prometia revolucionar o comércio varejista eletrônico lá pelos meados dessa última década? Era uma verdadeira máquina de vendas, era case de estudo em qualquer curso de administração nesse país, crescimentos estratosféricos e uma base de fãs crescentes, veio o IPO a projeção de crescimento dos lucros e resultados foi feita, o mercado comprou, a ação decolou e aí se deu conta de que a empresa não entregava resultados, terminou sendo vendida por menos do que a sombra dos seus dias mais gloriosos, e hoje é um "puxadinho" de uma grande varejista.

E que tal aquela empresa disruptiva que vai revolucionar o centenário mercado de montadores de automóveis? Aquela empresa que decolou igual um foguete em 2019-20 depois de entregar um "lucro" pela primeira vez em anos, mas que na prática não consegue lucrar com sua atividade principal e o tal lucro nada mais é do que operações com créditos regulatórios, enquanto isso o que deveria ser o seu principal ramo de negócios assiste a uma piora de resultados.

E isso para nem entrar no mérito das fintechs que são a modinha do momento, igual foram franquias de paletas mexicanas alguns anos atrás.

E vamos parar por aqui, pois imagina só se resolvemos dar uma olhada naquele emaranhado de empresas que recebem injeções de liquidez de fundos multibilionários que só colaboram para inflar o mercado.

O que me assusta é que alguns analistas parecem estar deixando de lado os critérios de análise objetivos sobre as empresas (pois eles escacaram a realidade) e focando em "novas métricas" que podem até ser bonitinhas no conceito, mas que na prática não garantem nem de longe uma noção sobre a sustentabilidade do negócio.

Não existe nada de errado na presença dessas empresas no mercado, seja na bolsa ou na carteira de investimentos de fundos, o problema é que os investidores precisam passar a reconhecer o que é realisticamente possível para uma empresa entregar e não aquilo que é utópico. A entrada de centenas de milhares de novos investidores no mercado em 2020 me faz questionar quantos deles estão preparados para analisar de verdade os negócios onde colocam suas economias?

Cedo ou tarde os juros na economia mundial vão precisar subir, a torneira da liquidez vai fechar e aí quando a água baixar vamos descobrir quem estava nadando pelado.

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IMPORTANTE: Esse é um blog de cunho pessoal, nada do que escrevo aqui deve ser levado como recomendação de investimento, estou apenas compartilhando minhas experiências e opiniões, não recomendo a ninguém que tome decisões baseadas em algo que eu escrevo. Caso você deseja orientação sobre investimentos procure especialistas no assunto.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Fechamento Agosto/2020: R$ 169.780,63 (+0,29%)

 


É o final de mais um mês, e esse agosto que normalmente é travesso e parece levar uma década para passar esse ano passou em um piscar de olhos.

A reportagem que destaco esse mês é do Brazil Journal, esse site tem produzido conteúdo de excelente qualidade é uma pena que muitos não conheçam, eu diria que no ambiente de economia e negócios é um rival para a Exame. Nesse mês destacaram um estudo do FED que aponta o crescimento dos monopólios na economia americana, e essa pandemia só tem potencializado tudo.

De forma geral a economia está cada vez mais concentrada em algumas empresas e essas  estão apresentando lucros cada vez maiores, por outro lado, a classe média trabalhadora tem enfrentado perda salarias nas últimas décadas, isso tem empurrado a economia mundial para um estado de dependência do crédito para sustentar o crescimento do consumo da classe média, o fruto desse crédito que é o dinheiro novo acaba indo parar nessas mesmas empresas, e as grandes companhias não são tão eficientes na distribuição de renda. 

Você acha que aquele grande rede de supermercados ou eletrodomésticos na sua cidade distribui renda aí na sua localidade com a mesma eficiência do que se fosse uma rede local? Você pode até dizer que os salários são melhores e que pequenos comerciantes muitas vezes não conseguiram dar conta da folha de pagamento, mas não se esqueça que uma empresa não traz o dinheiro de volta para a sociedade apenas com a folha, a ampla concorrência garante a diversificação do crédito, amplo espaço para novos fornecedores e mais oportunidades para clientes.

A pandemia só tem contribuído para o problema, as grandes companhias tem acesso facilitado para captar dinheiro no mercado de capitais, possibilidade de ofertar condições de pagamento diferenciadas, normalmente possuem gestão com maiores recursos no compilamento de dados, tem maior capacidade competitiva no ambiente digital e isso para ficar em alguns exemplos. Nos EUA e na Ásia, o fenômeno da quebradeira de pequenas empresas é uma realidade pós-pandemia, ao mesmo tempo o S&P500 está nas alturas e isso se justifica pelo ganho de participação de mercado das grandes companhias.

Quebrar esse ciclo é complicado, e processo deve passar por garantir regras justas a empresas e não por um sistema de premiação pela incompetência apenas para forçar uma concorrência inútil (o governo gosta de chamar de subsídios), mas é bom saber que o tema está em debate.

Agora vamos ao fechamento mensal:

Como adiantei no mês passado eu acabei não aportando em julho e deixando para agosto, principalmente por ter tido despesas altas em julho acabou sobrando muito pouco e então não me senti com vontade de comprar nada antes da virada do mês.

Nesse mês a rentabilidade 0,29% foi satisfatória, são cinco meses de rentabilidade positiva. 

A carteira continua com aproximadamente 1/5 em renda variável e 3/4 em renda fixa (Tesouro Pré e Pós-Fixado e LCI pós-fixada).

ETF'S: O IVVB11 continua apresentando bons resultados. Com o cenário político-econômico se deteriorando aqui nos trópicos é esperado um alta do dólar o que por si deve empurrar o fundo pra cima, além disso, caso venha uma segunda onda de vírus no outono/inverno do hemisfério norte eu acredito que isso vai tencionar os mercados e quando o mercado fica tenso a primeira coisa que ele procura é dólar e cotação alta do dólar é IVVB11 subindo, mesmo que o S&P500 esteja pressionado por uma eventual tensão dos mercados, acredito que a eventual alta do dólar deve mitigar os impactos. 

Aportei em IVVB11 esse mês, foi o líder de aportes.

Ações: Aportei em SAPR4 apenas hoje, ou seja, depois da ação cair de preço com o bloqueio do reajuste das tarifas pelo Paraná. Na carteira de ações destaco:
  • Setor financeiro: ITSA4 e BBDC4 continuam patinando na carteira. Os bancos são o segmento mais tensionado da bolsa, por um lado é o mais sólido por outra a tal disrupção e ameaças regulatórias tem sido uma pressão muito forte para segurar em baixa os preços, ao mesmo tempo não me sinto animado para investir em empresas disruptivas que estão com indicadores inflados.
  • VVAR3: Continua subindo, mas não consigo aportar nela, sei lá, ela cheira problemas, pode ser uma nova Magazine Luiza? Pode. Mas ainda não me sinto confortável em aportar nada.
  • TAEE11: Apenas observei a resiliência dessa companhia, o preço da ação está estacionado na faixa dos R$ 28 faz mais de três meses, acabei não aportando nela pois não queria me expor nesse mês ao setor elétrico, mas é uma ação previsível e que os dividendos me atraem.
FII'S: Fiz subscrição de MXRF11, achei o preço atrativo e o DY na faixa de 0,6%-0,7% a.m é bem atrativo.
Aqui um ponto importante, no meu aporte do mês não está considerada a subscrição, tendo em vista que as cotas ainda não foram integralizadas, acredito que ficará para setembro ou outubro.

Os outros FIIs apenas acompanhei.

Renda Fixa: Tudo na mesma.

Vida Profissional: As mudanças na empresa foram grandes durante o mês, no final das contas a equipe foi reduzida. Ninguém foi demitido, apenas remanejados para outras unidades. Estou fazendo atividades diferentes da que estou acostumado habitualmente, tem sido desafiador.
De qualquer forma estou oficialmente entrando nas minhas férias que estavam programadas desde janeiro, volto só no finalzinho e espero não ter grandes novidades hahaha.

Vida Pessoal: Nada a declarar. Inclusive sem planos para as férias.

IMPORTANTE: Esse é um blog de cunho pessoal, nada do que escrevo aqui deve ser levado como recomendação de investimento, estou apenas compartilhando minhas experiências e não recomendo a ninguém que tome decisões baseadas em algo que eu escrevo. Caso você deseja orientação sobre investimentos procure especialistas no assunto.


quinta-feira, 13 de agosto de 2020

EX-GORDO: Minha jornada e considerações

O meu post de meio de mês nem seria sobre isso, na verdade eu entrei no blog para escrever sobre outro assunto, mas antes fui dar uma lida nos blogs do meu blogroll (sim, eu leio todos os posts de todo mundo que está listado ali, só comentar que infelizmente não consigo sempre). O texto do Cowboy me deixou impactado demais, na verdade eu comecei a escrever uma resposta lá no post dele mas acabou ficando tão longa que virava outro post e então resolvi escrever aqui.

Aqui está o link do Cowboy Investidor. Não leu? Corre lá então e depois volta aqui. Ah, o texto é bem polêmico.

 um restaurante localizado no no Reino Unido criou um hambúrguer ...

Ler aquele post me deixou muito pensativo na minha jornada em busca do emagrecimento e vi naquele post muito do que eu considerava como parte do meu antigo ‘eu’, e dois anos atrás eu provavelmente relutaria em aceitar o texto. Vamos dividir esse post em algumas etapas: primeiro alguns fatos sobre como eram as coisas quando eu era gordo.

  1.       Eu não tomava café-da-manhã, ia para o trabalho e depois almoçava perto das 12h, no almoço eu repetia pelo menos 2x. Depois voltava pro trabalho, a tarde não dava tempo pra comer e já ia direto pra faculdade, na faculdade quando minha condição financeiro melhorou eu acabei conseguindo sair um pouco com os colegas pra comer ou beber alguma coisa no intervalo, infelizmente isso foi muito mais frequente, normalmente 2x ou 3x por semana e convenhamos que comida de intervalo é uma das piores coisas que existe, aquelas fast foods e refrigerantes fazem um bem danado para o peso. Chegava em casa à noite e ainda jantava.
  2. .     Meus amigos sempre disseram que eu devia ir pra academia e perder o peso, só que como eu era gordo desde a pré-adolescência e nem lembrava como era ter um ‘peso normal’ e os benefícios que isso me traria eu me sentia bem.
  3. .     Confesso que ainda como pizza, macarrão, arroz, feijão, refrigerante, tortas salgadas e etc. Mas a diferença é que passei a privilegiar alguns alimentos: por exemplo, passei a comer mais carne, legumes e vegetais. Por sorte eu nunca tive problema em comer saladas, pelo contrário, sempre gostei. O X da questão é que eu comia quantidades enormes de arroz, feijão (sempre gostei), pizza, salgados e refrigerante, e tudo virava uma bomba calórica.
  4. .     Minha rotina na época não devia somar 500m de caminhada durante o dia, o resto era tudo motorizado. Sem atividade física e comendo a quantidade que eu comia era impossível perder peso.
  5. .      Não gosto muito de doces, sempre preferi salgados. Mas quem disse que comer 8 fatias de pizza e beber um refrigerante não é tão ruim quanto comer aquela fatia de bolo ou aquele milkshake de Ovomaltine? A comida “salgada” é cheia de açúcar.
  6. .      Aqui é um X importante, eu descobri só depois que estava na jornada que eu comia por ansiedade e por não ter o que fazer acabava me afogando na comida de forma inconsciente, aquela imagem que temos de uma pessoa chorando enquanto devora um prato de comida é totalmente fake, mas no subconsciente eu comia para esquecer os problemas.
  7. .    Eu não tinha força de vontade para emagrecer pois eu achava que emagrecer alguns quilos não significaria nada na prática e que uma pessoa de ‘peso normal’ tinha uma vida igual a minha.
  8.    Não, eu não achava que era tão gordo como eu acho hoje. É impactante e até constrangedor ver fotos minhas de 2,3 anos atrás.
  9.       Achava que eu tinha ossos grandes (kkkkkk) e que minha genética era assim mesmo e que eu nunca conseguiria mudar isso.
  10.      Eu achava que não havia nada de errado em ser gordo e que todos os problemas que eu tinha e que eram causados por ser gordo não estavam diretamente relacionados a essa condição.

Como foi a jornada?

            Passei alguns dias no começo de 2019 em uma outra unidade da empresa pois eles precisavam de uma força, foram poucos dias, mas era uma loucura a correria no dia-a-dia. Nesses dias acabei não almoçando e jantava muito pouco, e no último dia passando em frente uma farmácia resolvi me passar e estava quase 2kg mais magro e isso em poucos dias! Acabei ignorando isso de início, apesar de ter ficado surpreso.

            Passado algumas semanas me pesei em uma balança e vi que tinha engordado, e então pensei: “bom, se naqueles dias emagreci tudo aquilo sem dificuldades e não morri, acho que consigo novamente”. De inicio não controlei o peso, mas então resolvi levar a sério com pesagem semanal.

            O ponto de partida: 92,6kg e 1.77m de altura em março de 2019.

            A meta inicial era alcançar os 90kg, resolvi cortar o almoço e diminuir o jantar. O nosso corpo ajuda demais nas primeiras semanas, seguindo essa rotina tinha semanas de eu perder quase 1kg por semana e isso sem mudar a atividade física. Depois de passar pelos 90kg resolvi que queria buscar os 85kg e assim foram mais alguns meses, depois baixava para 83kg e depois para 81kg. Naturalmente é impossível manter o ritmo inicial de perca de peso, mas a “curva” apontava pra baixo.            

            No final de 2019 terminei com 79kg. E olha que minha meta era ficar abaixo de 90kg no final do ano.

            No começo de 2020 estabeleci que queria chegar ao IMC normal e dei um gás por mais algumas semanas, alcancei isso em meados de fevereiro e depois o peso continuou caindo aos poucos. No final de março alcancei o platô dos 76kg e desde lá não tenho conseguido descer o meu peso, parte disso é que surgiu uma questão de saúde não relacionada ao peso e/ou emagrecimento que me impede de fazer atividade física moderada/intensa e convenhamos que cortar na alimentação depois de chegar ao peso normal já não vai surtir mais efeitos.

            Me pesei hoje mesmo e estou com exatamente 75,9kg e um IMC de 24.2, ou seja, peso normal. Ainda tenho uma “barriguinha de leve”, sei que pra queimar ela preciso partir pra atividade física, mas estou restrito a fazer isso por pelo menos mais alguns meses.

Que mudanças eu percebi após me tornar um ex-gordo?

·         Troquei minhas calças jeans de tamanho 48 para 38. Sério, quando eu usava 48 eu não achava que minhas calças eram grandes. Esses dias peguei uma calça velha no guarda-roupa e comparei com uma calça nova, é chocante e constrangedor!

·         Troquei minhas camisetas de GG para M ou até mesmo P, senhores, que diferença! Agora tenho muito mais opção de camisetas nas lojas, o estoque de GG muitas vezes acabava rápido (tiragem menor) ou se quer tinha para aquele modelo.

·         Passei a suar menos, ou melhor, tipo pelo menos 75% menos. Antes qualquer dia fresco me deixava com aquelas pizzas, e até suava nas curvas dos “pneuzinhos”, agora é vida nova e convenhamos aquelas pizzas eram constrangedoras, mas achava que não tinha nada haver com ser gordo, achava que minha genética fazia eu suar mais, felizmente me enganei.

·         Alguns meses atrás fiz um trajeto a pé idêntico à um trajeto que eu fazia quando era gordo, meu Deus, que diferença. Antes bastava eu chegar na metade do caminho que me sentia cansado, suava e sofria de dores fortes no tornozelo. Agora eu faço com bastante tranquilidade.

·         É muito gratificante escutar das pessoas “nossa, como você emagreceu!” ou então “você está tão diferente!”

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O que encerro dizendo é em especial aos leitores gordos: senhores, emagreçam! Se você não tem um diagnóstico médico que categoricamente diga que a culpa não é sua e que você não vai conseguir, então a culpa é sua! Emagreça, se você tem 120kg hoje e deveria ter 80kg, não coloque como meta os 80kg, pense assim: vou chegar em 114kg até o final do ano, depois se chegar coloque pequenas metas extras, vá descendo devagar seu peso, talvez você não chegue nos 80kg, mas te garanto se chegar na metade do caminho já vai ser incrível!

Priorize você! Priorize sua saúde!