quinta-feira, 1 de maio de 2025

Fechamento Abril/2025: R$ 499.224,45 (+2,64%)

 

Não me lembro de nenhum especialista em economia que um mês atrás esperava o tamanho do pacote de tarifas que o Trump anunciou, realmente surpreendeu qualquer modelo e até mesmo as projeções mais negativas de um dos FEDs dos EUA. Entretanto cerca de um mês depois já podemos ver que a maior parte das tarifas caíram e com exceção da China tudo parece relativamente no mesmo lugar que estava antes em termos de tributação.

Todo o burburinho e o clima de fim do mundo (ou pelo menos da pax americana), com VIX alcançando um patamar similar ao começo da pandemia de COVID no distante ano de 2020, já ficou para trás. Naqueles dias mais tensos quem acompanha Instagram, Youtube e Twitter foi bombardeado com gente elaborando 1001 teorias do que fazer com seus investimentos. Dentre todas essas teorias eu sigo aquela que o Bastter sempre ensinou: não faça nada.

E o mercado sempre se acama, por isso se você diversifica em bons papéis, tem uma boa parcela de renda fixa para a volatilidade não destruir seu sono e tenta não abrir o homebroker tudo fica mais fácil para gerir seus investimentos. O desempenho da minha carteira nesse mês provou que a minha estratégia alcançou justamente o efeito que eu queria, amorteceu impactos e ainda conseguiu entregar um bom retorno.

No meu ponto de vista devemos olhar para nossas carteiras com uma visão um pouco mais fria e sem querer acertar uma grande cacetada, o segredo dos investimentos não é ganhar mais rápido o jogo e sim permanecer na partida.

O mês foi de ótima rentabilidade, com a carteira entregando uma alta de +2,64%. No acumulado do ano o desempenho é de +3,65%, entretanto ainda abaixo do CDI no período que é de +4,02%.

A contribuição positiva veio principalmente de Bolsa Brasileira, apesar da queda da bolsa americana durante o mês, boa parte dessa queda foi recuperada nos últimos 10 dias e com isso a carteira fez um resultado muito bom.

Em abril foi recebido R$ 488,97 em proventos, isso representa uma alta de +116,15% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. Os destaques do mês foram Itaúsa e Bradesco que foram os únicos pagadores fora dos fundos imobiliários. No acumulado do ano, alcançamos R$ 3.509,16, um crescimento expressivo de +56,35%.

Aportes: Aloquei os US$ 70,33 que estavam parados na Avenue fruto de proventos que eu ainda não tinha dado destinação em cotas do SCHD. No Brasil em um mês com fortes gastos pessoais, principal com revisão do carro, aloquei apenas R$ 1.095,12 e foi totalmente destinado para compra de Gerdau, já que pelo critério ela era a empresa de menor participação na carteira de ações.

Ações: Gerdau entregou um resultado misto, ainda é dúvida como a empresa se comportará caso os EUA sofram com uma grande desaceleração. A WEG divulgou um balanço que se você olha isoladamente é um bom balanço, talvez o sonho de qualquer empresa, entretanto como o mercado sempre espera melhoras contínuas de margens e lucro que façam jus o alto P/L que a companhia é negociada, um balanço que entregou “estabilidade” fez a empresa mergulhar -11% no primeiro pregão pós-balanço. Eu particularmente não vi nada de preocupante, exceto a natural reação de pânico com uma empresa que mesmo após a queda ainda é negociada acima de 30x lucro, em uma bolsa que a maioria das grandes empresas é negociada abaixo de 10x lucros.

Fundos imobiliários: Subiram forte no mês, parece que em reação a queda de taxas de juros. Fico pensando o impacto de uma alta de inadimplência, pois o balanço do Santander pode ter trazido o primeiro sinal de deterioração da inadimplência no Brasil.

Ativos do exterior: Bolsa dos EUA despencou forte no mês, mas já devolveu boa parte das quedas. Podemos assistir um ciclo de queda ou estabilidade da bolsa americana pelos próximos trimestres, não tem muito fator positivo no radar para impulsionar o mercado.

Renda fixa: O pós-fixado está voando com a SELIC em 14,25% a.a, enquanto a expectativa de queda de juros puxa o spread para baixo dos papéis atrelados ao IPCA+, o que ajuda a performance da carteira.

Vida profissional: Meu gestor está de férias, então sem novidades nesse assunto. O clima sem ele é tão melhor. Saíram alguns relatórios de desempenho no primeiro trimestre, meu desempenho foi muito bom, confesso que fruto de muita coisa que comecei a plantar ou tentar resolver desde o ano passado, somado a boa parceria com nossas filiais, agora nos próximos meses tenho enormes desafios para lidar, mas esse começo de ano foi bem animador.

Vida pessoal: Dei uma engordada nessa páscoa, mas já estou tentando me controlar na alimentação e preciso urgentemente estabelecer uma rotina melhor de aeróbicos. Na academia para musculação continuo indo 2x por semana, confesso que são 5 meses de academia continua e não vejo resultados estéticos, mas acho que isso faz bem para a saúde dos músculos a longo prazo. Pretendo seguir na academia.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Fechamento Março/2025: R$ 485.243,34 (+0,36%)

Eu sei que tenho muitos leitores que são fãs de carteirinha do Trump, eu pessoalmente considero que era hora de dar um basta no avanço de uma agenda completamente woke que era impulsionada a partir dos Estados Unidos, mas não posso de deixar de ficar perplexo com a forma como ele tem conduzido a relação com outros países.

Os aliados mais tradicionais, leais e confiáveis dos americanos no mundo pós-guerra sempre foram:  Canadá, Japão, Reino Unido, Austrália e a Europa Ocidental. Quando olhamos para o governo Trump 2.0 percebemos que são justamente esses aliados os mais afetados por medidas retaliatórias na economia e um certo abandono do compromisso estratégico de defesa. A questão é: os EUA podem jogar sozinhos? Hoje o mundo é sem dúvidas multipolar, você tem claramente países como Rússia e China se posicionando como rivais capaz de tirar o sono dos americanos que não estavam habituados com isso nos últimos 30 anos, deixar os aliados na mão não abre espaço para os inimigos se aproximarem deles?

Sinceramente acho que é um desserviço abandonar os aliados tradicionais, falta de lealdade é uma das coisas que não é bonito de se ter como características. Nos próximos dias devem vir mais tarifas contra outros países, vamos ver como os mercados reagem, por ora parece que o sentimento é que os EUA é o principal perdedor.

Um mês difícil, com o mercado americanos sofrendo com as tarifas de Trump, mas a bolsa brasileira apesar da volatilidade parece quer engrenado em uma bela alta, apesar de não ter analisado de perto, parece que a alta da bolsa brasileira foi puxada por papéis que apanharam mais nos últimos anos, de empresas com nem tanta qualidade, não é o perfil da minha carteira e por isso não fui um dos grandes beneficiados. De qualquer forma prefiro a segurança.

O melhor mês da história em proventos. Ao todo foram creditados R$ 1.776,01, o que é uma alta de 85,13% em comparação a março do ano passado. No acumulado do ano alcançamos R$ 2.985,39, um crescimento de 47,95% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse recorde no mês foi parcialmente fruto dos dividendos abaixo do esperado no mês passado, mas quando olhamos para o acumulado é inegável que temos uma bela evolução.

Aportes: Ao todo foram aportados R$ 5.644,19 no mês. As compras foram basicamente de Bradesco e WEG S.A que eram os papéis que estavam com a menor participação na carteira de ações. O interessante é que o começo de ano foi animado para a carteira, ao todo os aportes somam até agora R$ 27.792,38, um alta de +74,20% em comparação ao ano passado. É natural que parte disso seja por conta do ano passado ter contado com um gastos da minha primeira mudança de estado, mas de fato não ter mais que gastar com passagens para o meu estado e os gastos inerentes a isso ajudaram. Acredito que os próximos meses como terei algumas despesas extras devem trazer aportes bem menores, mas vamos ver como evolui.

Ações: Temporada de balanços encerradas. De destaque na carteira sigo acompanhando o desdobramento da guerra pela Hypera, um papel que tem sofrido muito nos últimos 12 meses. Ao mesmo tempo vimos bons balanços da Cyrela, mostrando que o mercado de classe A continua resiliente ao cenário de alta de juros.

Fundos imobiliários: Não acompanhei de perto, mas pelo que vi o IFIX deu uma bela andada.

Ativos no exterior: Tudo sofrendo com o Trump. Vamos ver como a economia americana reage nos próximos meses a essa guerra comercial, o mercado parece acreditar que os EUA serão os maiores prejudicados.

Renda fixa: Indo bem com a SELIC em alta. Tive um vencimento de TD Selic 2025 e reapliquei no TD Selic 2031.

Vida profissional: Bem ruim, como de costume. Meu gestor veio a minha unidade, haveria um projeto da diretoria da empresa sendo tocado com alguns clientes, basicamente eram eventos, e seria preciso realizar uma apresentação técnica, eu fiz todas às apresentações para os clientes, foi elogiado por clientes e também por colegas de trabalho. Eu tenho uma didática boa e me considero um bom palestrante, pessoal gosta de como transformo assuntos complexos em algo leve e de fácil compreensão.

Acompanhando os eventos estava um Diretor da empresa, ele me disse (e fez isso em público na frente do meu gestor) que gostou muito e que achou impecáveis às minhas apresentações.

Entretanto após os eventos em uma conversa com meu gestor, ele me disse que ninguém gostou da minha apresentação, que o diretor inclusive tinha me criticado. Sinceramente, qual a necessidade disso? Soma-se a isso meu gestor mentindo sobre um colega que saiu da empresa e foi para a concorrência, ele perguntou se eu tinha contato com essa pessoa, eu disse que fazia tempo que não falava (mentira minha, queria ver onde ia esse papo), ele disse que conversou com essa pessoa alguns dias atrás e que esse ex-funcionário não está feliz lá. Pois bem, fui perguntar a ex-funcionário se o fulano tinha conversado com ele, pois ele disse que não e que não tem tido contato desde que saiu da empresa.

Perguntei também nessa conversa sobre o motivo da minha remuneração salarial ser menor do que dos meus pares, escutei um silêncio, sim não respondeu.

Lembram que mês passado eu falei que seria trocado de função? Pois é, aconteceu de uma forma bizarra, agora tenho que tocar a função nova e a minha função antiga. Entretanto eu sou mensurado pela função antiga, mas minha prioridade deve ser a nova (???). Fora os empecilhos que ele tem colocado para o meu trabalho.

Para completar meu gestor conseguiu se livrar da equipe (transferência forçada) de um outro funcionário que ele detestava, agora ele pode se dedicar a mim.

Vida pessoal: Estou indo na academia 2x por semana, por ora sem resultados perceptíveis. Acho que ando comendo muito doce e não faço cárdio, preciso rever isso, mas diante de tudo, estou sem ânimo para aumentar o volume de atividade física. De qualquer modo tenho ido a academia, acho que agora já virou rotina.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

sábado, 1 de março de 2025

Fechamento Fevereiro/2025: R$ 481.470,05 (+0,28%)


Seguimos assistindo a queda de popularidade do governo, acredito que às pesquisas tem sido precisas ao apontar o descontentamento, é quase unanimidade a reclamação principalmente com o preço da alimentação, os preços estão muito mais altos do que seis meses ou um ano atrás, é impressionante que o contágio de inflação atingiu não apenas às carnes vermelhas, mas chegou até mesmo nos alimentos mais básicos como os ovos. Eu sei que muitos podem apontar fatores externos ao governo como responsáveis pela alta dos preços, mas boa parte da alta também é derivada da depreciação cambial que o governo construiu tão bem nos últimos 6 meses.

O dólar foi a R$ 6,30 e chegou a recuar para R$ 5,70, ainda assim em nível muito elevado, mas logo o governo resolveu ter mais ideias ruins e o dólar chegou a encostar nos R$ 5,90 novamente. E quem poderia imaginar que o mercado não gostaria da Gleisi Hoffmann como ministra da articulação política? Uma deputada tão radicalizada ideologicamente e combativa não é o perfil adequado para assumir a articulação do governo.

Parece que o Lula quer mesmo é perder a eleição do próximo ano, a oposição por outro lado ainda não conseguiu capitalizar bem o assunto. Precisaria esquecer o Bolsonaro e ungir logo o Tarcísio de Freitas como candidato a presidente.

O retorno da carteira segue no terreno positivo, se olharmos para o retrospecto dos últimos quatro anos é a primeira vez que os dois primeiros meses do ano são positivos. A alta no mês foi de 0,28% e o acumulado do ano é de 0,75%.

Esse resultado é muito abaixo do CDI no período, mas diante de tanta turbulência não dá para dizer que foi um desempenho dos piores.

O mês foi de desempenho muito abaixo da média no recebimento de proventos, em fevereiro desse ano recebi apenas R$ 263,88, esse valor representa uma queda de -42,66% em comparação ao ano passado. No acumulado de 2025, temos até agora R$ 1.130,77, uma alta de +6,79%.

Esse desempenho atipicamente ruim foi por conta de um calendário de balanços do quarto trimestre levemente mais tardio, imagino que por conta de o carnaval ter caído em março, muitas empresas não tinham motivos para apressar sua divulgação de resultados.

Aportes: Esse foi um mês de aportes recordes, ao todo foram R$ 16.398,94, uma parte fruto do salário mensal que infelizmente gastei mais do que o esperado no mês e uma boa parte fruto do pagamento de bônus da minha empresa, que foi o melhor valor que já recebi deles, apesar de que é bem abaixo do que muita gente ganha de bônus, em especial em cargos de alta gerência ou no mercado financeiro.

Os aportes foram totalmente destinado para ações brasileiras, sendo assim foram adquiridas: Alupar, Taesa, Rumo Logística, Suzano e Itaúsa. O critério de alocação permanece o mesmo de sempre: comprar quem ficou para trás seguindo um estilo parecido com o defendido pelo Bastter.

Estou bem contente com o começo do ano nos aportes, vamos ver como acontece nos próximos meses, mas esse início de ano foi muito melhor do que eu esperava.

Ações: Os balanços vieram relativamente negativos, pelo menos é a primeira impressão que tive. O Bradesco veio seguindo a tendência de melhora, mas empolgou muito pouco. A WEG trouxe um semestre ruim e a Suzano apesar de bons números continua um tanto volátil.

Fundos Imobiliários: Sem acompanhamento.

Ativos do exterior: O modo Trump de radicalizar negociações segue estressando o mercado, por enquanto parece mais bravata do que fatos práticos, mas vamos ver como a economia vai reagir a isso tudo.

Renda fixa: A Selic segue agora em 13,25% e o mercado parecer esperar os 15%, vamos ver o que acontece também no mercado de IPCA+.

Vida profissional: Meu gestor me deu uma rasteira muito boa, conseguiu me movimentar internamente para uma função que odeio, só fiquei sabendo por fofocas, se quer foi capaz de me avisar diretamente e quando fui questionar, se fez de songo. Eu pedi para que fosse mantido na função atual, mas ele não concordou e pediu para o chefe dele falar comigo, não foi uma conversa agradável, fui muito ofendido e recebi basicamente um “cala a boca e aceita”.

É curioso esse tipo de tratamento, trabalhei para um caralho no ano passado, ainda mais após o deslocamento para o estado atual onde moro, o trabalho foi muito bem visto por aqui, apesar dos imensos desafios que enfrento. Entretanto fico a mercê de um gestor que não me conhece e não vê o que faço no dia a dia. Acredito que o incomodo dele é porque outros pares meus tem tido problemas com filiais e o time da ponta e ele acaba não aceitando bem meu bom relacionamento.

Sei que alguns de vocês pensam: poxa, pede demissão! Negativo, vou encarar o novo desafio, mas foi parar de trabalhar igual um doido, isso não me levou a nada. Se quiserem me demitir, que demitam. Eu não vou abrir mão da minha rescisão tão fácil.

Também conversei com um colega do meu estado natal sobre como está a movimentação de vagas na empresa por lá, ele disse que por agora não tem nada, mas que vai ficar de olho e ele acha que é provável que em alguns meses acabe aparecendo algo. Se isso acontecer vou pedir minha realocação, pelo menos me livro do gestor doido da cabeça.

Vida pessoal: Nada de interessante acontecendo. Mantenho minhas idas a academia, mas preciso dar um jeito de fazer cárdio, o meu peso está estável em 72kg (ou estava até esse feriado de Carnaval), quero voltar pelo menos para abaixo de 70kg. Tenho mantido a frequência na academia. Gosto? Não, mas tenho ido. Aproveitei o feriado para viajar para a casa da minha família, vou passar descansando e longe da folia.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.