terça-feira, 1 de março de 2022

Fechamento Fevereiro/2022: R$ 246.573,42 (-1,10%)

Antes de qualquer coisa eu já quero deixar claro que sou totalmente contrário a violação da soberania da Ucrânia pela Rússia, e minha torcida é para que Kiev de alguma forma consiga sair dessa ameaça e mantenha sua liberdade, a minha opinião pró-Ucrânia acredito ser a mesma da quase totalidade do povo brasileiro, entretanto o presidente do Brasil acredita que fazer acenos ao Putin e ir contra a opinião pública brasileira é vantajoso para ele em ano eleitoral. Quem aconselha esse homem?

A Rússia viu suas reservas internacionais serem praticamente confiscadas, o que é um problema sério para a avaliação sobre a capacidade de solvência do país (apesar da boa situação das finanças e da dívida russa), tudo foi feito em poucos dias e na base da canetada. Isso me fez pensar sobre o risco de confisco nos investimentos pessoais e como podemos nos proteger deles?

Alguns vão dizer “é por isso que o Bitcoin é o futuro”, olha sei que esse tópico de criptomoedas é polêmico e tem defensores apaixonados, mas acho complexo imaginar que qualquer pessoa possa ter seu patrimônio em ativos tão voláteis quanto o Bitcoin e seus similares, é só ver o que está acontecendo em El Salvador. Outros vão dizer que “só a diversificação salva!”, mas a Rússia tinha reservas bem diversificadas entre EUA, Europa, Reino Unido, Japão e outros países.

Que tal imóveis físicos? Bem, acho que apesar de muito mais raro o simples confisco, é muito difícil imaginar que ninguém possa inventar uma canetada.

O que eu quero dizer com tudo isso é que tenho medo de que no futuro governos sem dinheiro para bancar a previdência e seus gastos, acabem sendo pressionados a confiscar dinheiro de quem poupou a vida inteira. O que impede isso? Absolutamente nada.

É um começo de ano pouco sem muito a comemorar, a rentabilidade da carteira afundou ainda mais e em comparação ao já negativo mês passado (-1,10% em fevereiro), é o segundo pior resultado dentro de um mesmo mês desde o pânico em março de 2020.

A queda dos ativos no exterior são o maior problema, além dos ativos em Nova York estarem se desvalorizando o dólar perdeu muito valor frente ao real e mesmo com a recuperação no finalzinho do mês a queda acumulada nas primeiras semanas foi capaz de fazer grandes estragos na minha rentabilidade.

Dividendos: Foram recebidos R$ 226,60 ao longo do mês. É bacana ver que os R$ 200 parecem ser o novo piso dos dividendos. Destaque para os dividendos de BB Seguridade.

Aportes: Recebi a PLR + Bônus do segundo semestre no mesmo dia do salário no começo do mês, porém a tensão russa estava no ar e decidi aguardar um pouco antes de aportar, acabei tentando adivinhar o mercado, as coisas pioraram e eu pensei que fosse o momento certo de entrar, acabei entrando em 15 de fevereiro com aportes na Avenue (SCHD 50%, SCHP 30%, VNQ 20%), comemorei o bom dólar que peguei (no dia com o spread fechei a R$ 5,30 o câmbio) parecia tudo bem até que alguns dias depois o dólar mergulhou ainda mais... no final achei que tinha ganhado, mas na verdade perdi.

Por sorte não tinha aportado tudo e deixei um pouco para o final do mês, transferi o dinheiro para a corretora na quarta-feira (23) no começo da noite já decidido a aportar no dia (24), o que acabou por coincidência acontecendo no mesmo dia da invasão da Ucrânia.

Aqui está uma questão de disciplina, normalmente eu defino onde vou aportar vários dias antes de lançar a ordem de compra, faço isso na expectativa de evitar “paixões de momento”. Acabei seguindo fielmente a lista de compras apesar dos bons descontos, cheguei a olhar os preços de outros ativos antes de mandar a ordem de compra, vi Petrobras anunciar ótimos dividendos e mesmo assim com -2% no pregão, poderia ter comprado? Sim. Mas optei por seguir a lista.

Com a disciplina em foco acabei comprando: KNSC11, KNRI11, HGLG11 e Engie. Depois que encerrei as compras percebi que sobrou uma rapinha na corretora e comprei Sanepar.

O total de aportes foi de R$ 11.585,13 no mês, um crescimento em comparação ao último ano. Entretanto se não fosse um intenso enxugamento de gastos, acho que teria ficado mais ou menos no mesmo patamar do ano passado. O bônus veio levemente menor.

Ações: No geral a safra de balanços tenho avaliado de forma mista. Gostei do resultado de Itaúsa e principalmente dos comentários pós-balanço reforçando a visão de crescimento da companhia. Também achei positivos os resultados da Weg e da BB Seguridade.

A Engie apesar do lucro quer despencado continua se mostrando focada em uma estratégia segura de longo prazo.

Pelo lado negativo ficam os resultados de Bradesco (lucro abaixo do esperado e não entendi o que a empresa planeja para o futuro, se quer fazer novas aquisições e investimentos ou se pretende distribuir dividendos) e de Rumo Logística (resultados fracos e li em alguns sites que a comercialização de frete para a safra desse ano não foi feita em preços tão interessantes). Por ora, acho que vou retirar do radar o aporte nessas duas companhias até entender melhor o que planejam.

Fundos Imobiliários: A polêmica do MXRF11 foi embora. Decidi apostar na qualidade das gestoras e menos nos dividendos que são capazes de entregar.

A gestão é remunerada com o capital que pertence aos sócios dos fundos e é por isso que elas devem ter em mente que precisam fazer o melhor trabalho possível em defesa dos interesses dos cotistas, infelizmente algumas gestoras só tem pensado em formas de extrair mais dinheiro através de emissões sem sentido, péssimas alocações e cobranças de taxas e mais taxas. Vou focar em uma transição para ativos de valor.

Por ora estou satisfeito com a carteira de Fundos Imobiliários.

ETFs: Com o dólar recuando e as bolsas pressionadas no exterior, a rentabilidade mingou. A estratégia permanece a mesma e vou continuar aportando com foco no longo prazo.

Renda Fixa: A SELIC subiu e minha rentabilidade melhorou. Por enquanto não planejo novos aportes, é preciso ver como a questão ucraniana vai impactar a inflação.

Vida profissional: No mês passado mencionei que a minha unidade passaria por uma reestruturação, por enquanto nada aconteceu. Apesar disso algumas movimentações que tenho visto na empesa parecem sinalizar que isso acontecerá. Eu não acho que meus colegas de trabalho estejam cientes de algo, eu pretendo não compartilhar.

Nesse meio tempo decidi me inscrever para uma vaga interna na empresa em outro estado, ainda não recebi retorno ou algum tipo de contato, não considero que eu tenha chances significativas de conseguir a vaga, mas acho que não custa nada tentar.

Vida pessoal: Estou de folga no feriado de carnaval, mas vou passar em casa. Eu tinha planos de viajar para a praia nesse feriado, mas com as notícias da reestruturação na empresa resolvi dar uma apertada nos gastos.

Eu acho lamentável que a festa foi privatizada nesse país. O pobre não pode se divertir pois tem que trabalhar no feriado, mas os ricos podem viajar à vontade e fazer festas em chácaras e clubes. O pobre tem que ir trabalhar no comércio e indústrias de muitas cidades, pois os patrões simplesmente decidiram ignorar a tradição da folga no Carnaval, enquanto eles mesmos vão viajar e curtir. Enfim, o Brasil de 2022.

AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.

27 comentários:

  1. Bom dia PI! A guerra é ruim pra todo mundo...confesso que fiquei muito desapontado pois pensei que as grandes potências já tinham percebido que a guerra não é boa pra ninguém e que ia ficar apenas na ameaça/sanções. No mais sou a favor das sanções econômicas a Rússia e demais medidas restritivas (cancelamento de contratos, bloqueio de entrada de russos, etc), mas não do "calote" ou apropriação dos recursos russos no exterior. Isso abre um precedente perigoso que pode virar regra pra todos os lados...No mais realmente foi um mês ruim para nós que diversificamos nossas carteiras, apesar que mês ruim é oportunidade de aportes em menor preço... Esse ano promete!
    Grande abraço!

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    1. VVI,

      Compartilho do meu pensando que você. Esse calote forçado a Rússia terá implicações no futuro, independente da queda da Ucrânia ou não.

      Abraços,
      PI

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  2. PI, excelente aporte.

    Esse foi realmente um mês difícil para nossos patrimônios, porém bom para os aportes. Essa atitude do Putin mostrou que o mundo vive em uma linha muito tênue entre uma relativa paz e o início de um terceiro conflito mundial. Em casos extremos como esse eu realmente não sei se tem muita coisa que possamos fazer para nos proteger..

    No mais vamos continuar contando com a regra, que é a de que aportes constantes em bons ativos + tempo + paciência = liberdade financeira.

    Abraço.
    https://engenheirotardio.blogspot.com/

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    1. Engenheiro,

      Sobre um cenário extremo de terceira guerra eu sinceramente não penso em fazer nada para se "proteger", se isso vier a acontecer os investimentos estarão todos perdidos e serão a última das preocupações. O negócio seria apenas aceitar a morte.

      Abraços,
      Pi

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  3. O tal do canetaço é o que impede muitos brasileiros de investir, nós não temos muita segurança jurídica nesse sentido e todos os mais velhos que tiveram as poupanças confiscadas tem medo e por isso preferem investir em imóveis...

    Agora em tempos de guerra, eu acho que as ações são um dos investimentos mais seguros.

    Abs

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    1. Bilionário,

      Sempre tive o medo do Brasil passar por alguma canetada, mas pelo visto o risco nos EUA e na Europa tem crescido esse risco.

      Os governos ocidentais tem sido pressionados pela opinião pública e pelas mídias sociais a adotar um discurso politicamente correto de curto prazo, independente das consequencias.

      Abraços,
      Pi

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  4. Boa noite, P.I.

    Também acredito que às sanções econômicas aplicadas na Rússia são necessárias, mas a questão do "confisco" das reservas da Rússia nos faz pensar até que ponto estamos protegidos de eventuais canetadas governamentais. Claro que essa situação envolvendo a Rússia é bem delicada e talvez às sanções financeiras sejam a única forma de parar a praga do Putin, no entanto não deixa de ser preocupante.

    Belo aporte, P.I

    Abraço

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    1. PC,

      Os motivos hoje são justos? Podemos dizer que sim, mas quem decidirá no futuro sobre isso?

      O que impede algum governo de dizer "e essas pessoas egoístas cheias de renda passiva que não querem dividir suas rendas com o resto da sociedade que nunca se preocupou em poupar?"

      Não é um discurso meu contra a Previdência, mas tenho um certo medo de que no futuro quando o problema da Previdência for insustentável se recorra a coisas tão temerosas quanto o que a Rússia sofreu com as sanções.

      Imagina você economizar uma vida inteira e depois em uma canetada te ferram?

      Abraços,
      Pi

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  5. Olá, PI.

    A gente não tem sossego. Quando a pandemia dá indícios de acabar vem uma guerra para nos ferrar. Espero que eles resolvam isso e não parta para algo maior.

    O dólar caiu muito e já estou pensando mandar um pouco de grana para o exterior.
    Como você já investe há muito tempo no exterior é aproveitar essas quedas e comprar boas empresas.

    Abraços!

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    1. Estou vendo hoje que o dólar está em R$ 5,03. Por enquanto acho que vou ficar de fora, imagino que quando a pressão na Ucrânia baixar ele tende a cair abaixo dos R$ 5,00.

      É ficar de olho para aproveitar oportunidades de compras.

      Abraços,
      Pi

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  6. PI,
    O dólar caindo é sinal que nossa moeda está valorizando! É um hedge!

    Quanto a canetada, é isso mesmo. Em cada país tem um risco de canetada! Mas ainda sim, sou a favor da diversificação. O que está acontecendo com as reservas da Rússia, é um ataque em respostas a suas atitudes perante a Ucrânia. Para um investidor sofrer algo desse tipo, teria que está cometendo algo de errado, que envolva processo judicial.

    Abraço!

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    1. Caminhando e Poupando,

      Confesso que tenho receio de que no futuro a opinião pública acabe impulsionando o governo a tomar medidas parecidas contra os cidadãos comuns. As próprias sanções severas contra a Rússia só foram tomadas quando a opinião pública europeia pressionou seus governos.

      Abraços,
      Pi

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  7. Meu amigo, não existe proteção total ao risco. Seria sim muito ruim ter 100% do patrimônio em cripto (muito volátil e muito fácil perder tudo simplesmente "esquecendo a senha") e também ter 100% em um só país. Aqui, infelizmente, já confiscaram o dinheiro da poupança uma vez, o que de certa forma facilita que aconteça uma segunda vez (afinal, "este limite já foi quebrado"), e a insegurança jurídica tem piorado. A constituição de 88 é muito perigosa por conta de seus termos amplos e genéricos (como por exemplo a "função social do imóvel"), o que realmente facilita para que, com uma canetada, uma pessoa honesta e trabalhadora perca os investimentos de uma vida inteira.
    Contra possíveis canetadas do governo brasileiro, só temos 3 proteções: dinheiro físico (ou ouro e prata) guardado "embaixo do colchão", dinheiro investido no exterior (não vale o BB Americas, pois ele pertence ao Banco do Brasil, que pertence ao governo) e criptos (fora de exchange, preferencialmente em hardware wallet ou paper wallet, na minha opinião, ou no mínimo em exchange sediada no exterior). Mas hoje em dia me parece que a "canetada" pode ocorrer em qualquer lugar do mundo, até na Suíça se bobear, então realmente não existe proteção total ao risco.
    Outra proteção seria, claro, investir em você mesmo e ter passaporte estrangeiro em dia ("se eu perder tudo, posso recomeçar do zero fazendo tal profissão em tal lugar")

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    1. Mago,

      Muito boa análise!

      Essa questão da função social do imóvel é muito bacana no papel, mas ao mesmo tempo ela dá margem para muitas interpretações.
      Sobre a segurança de países como EUA e Suíça, confesso que tenho lá minhas dúvidas sobre o quão seguro ainda são, é só ver que os dois adotaram sanções contra os russos o que no caso da Suíça parecia algo impensável.

      Você mencionou bem a questão da dupla cidadania, é um dos meus maiores sonhos. Infelizmente meus bisavós e avós parece terem limpado a bunda com os documentos e qualquer coisa que pudesse ajudar no processo. Só sei que tenho direito a cidadania europeia, mas não sei como provar.

      Abraços,
      Pi

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  8. Olá, PI,

    Algo interessante nessas sanções é que, diferentemente de quando os EUA fizeram sanções contra a Coreia do Norte ou a Venezuela, desta vez os países que estão (ou irão) aplicar sanções também sairão bastante prejudicados, em virtude de algum grau de dependência das commodities russas (como o petróleo e o gás). Certamente as sanções serão duras, mas este ponto terá que ser colocado na equação e o fato é que todo o mundo será economicamente penalizado, não apenas a Rússia.

    Sobre a possibilidade de confiscos, acho importante termos em mente que isso sempre é uma possibilidade, e vejo como mais um motivo para a diversificação.

    No passado confiscaram a poupança. No futuro podem inventar uma justificativa qualquer para confiscarem qualquer coisa: renda variável, imóveis (apesar da dificuldade, como vc disse), e o que mais vier da criatividade dos governos.

    A diversificação mitiga isso: muita gente critica o investimento em imóvel físico, mas, num eventual cenário de confisco de renda física (como já ocorreu) e/ou de renda variável (vai saber se um dia não poderá ocorrer), será que não ficaríamos felizes em ter imóvel físico na carteira?

    Daí a importância de se ter RF, ações, FIIs, Stocks, Reits, conta corrente do exterior, imóveis físicos, dentro das possibilidades de cada um e dos percentuais que nos deixe confortável, claro. Mas sempre lembrando que, como disseram acima, nunca vai existir proteção contra tudo. É sempre uma questão de "não dar sorte pro azar", de colocar as chances ao seu favor. Abs!



    https://ficandotranquilo.wordpress.com/

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    1. Ficando Tranquilo,

      Agradeço a excelente análise.

      Vou me ater a comentar sobre a diversificação de investimentos em imóveis físicos. Acredito que a princípio a ideia é muito válida, mas existem dois grandes pontos que considero as maiores desvantagens em imóveis.

      1. Imóveis são caros: Na prática qualquer investimento em imóvel demanda uma grande alocação de capital em um único ativo e de forma imediata, hoje em dia em qualquer cidade mais ou menos estabelecida desse país e em um bairro de classe C, uma residência de padrão mediano já está custando na faixa de R$ 200k. O que significa que você terá uma grande fatia do patrimônio imoblizado.
      Existe a opção de compras de propriedades rurais, que são ainda mais valiosas. Vou dar como base o preço médio do alqueire de terra paulista (1 alqueire paulista = aprox. 24.200m²), em regiões de terra roxa o preço é facilmente encontrado acima de R$ 250.000,00 por alqueire e em regiões de arenito o preço está partindo de R$ 120.000,00 mesmo em regiões afastadas do perímetro urbano ou de rodovias asfaltadas.

      2. Problemas de rentabilidade: uma casa alugada ou sala comercial tem entregado média 0,4% a.m de rentabilidade vs. valor do imóvel. Em comparação no segmento de FIIs qualquer fundo de tijolo bem administrado consegue entregar pelo menos 0.6% a.m. Com a grande diferença sendo a quantidade de capital alocada. Você pode pegar R$ 200k e dividir entre dezenas e dezenas de imóveis em FIIs ou jogar tudo em um único imóvel físico que entrega uma rentabilidade menor.
      Existe a possibilidade de alguns imóveis serem alugados em patamares mais altos quanto comparados ao valor de venda, mas ainda assim são muito raros e são verdadeiros achados no qual um investidor médio da internet que trabalha fora do mercado imobiliário dificilmente conseguirá encontrar (aqui é igual a busca da próxima Magalu).
      Na questão da compra de propriedade rural existe um outro problema que é a necessidade de gerar produção na terra, para qualquer pessoa que deseja tirar lucros de um sítio é preciso ter em mente de que quanto menor a quantidade de terra disponível, menor tende a ser a rentabilidade que você terá, mesmo quando você possua uma propriedade de porte razoável (considero que a partir de 10 alqueires de terra), é preciso considerar que gerar produção no campo demanda uma quantidade significativa de capital e que é um investimento de risco sujeito a pragas, doenças em animais, raios, falta de chuva, excesso de chuva, geadas e etc.

      Logo o que quero frisar é que apesar de imóveis físicos serem hedges interessantes para a carteira de investimento, esse é um tipo de investimento que passa muito longe da realidade de qualquer brasileiro poupador.

      Existe a questão que não mencionei e que é defendida por unhas e dentes, que é a rentabilidade do imóvel, claro, imóveis se valorizam com o passar do tempo. Mas será que o suficiente para a relação risco vs. retorno?

      Considero que ter um imóvel físico como moradia é essencial em algum momento da vida, mas como investimento confesso que não me chamam a atenção.

      Abraços,
      Pi

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    2. Ah sim, concordo com tudo. Antes investir em imóveis é importante ter o conhecimento de todos estes pontos que você elencou, bem pertinentes, para que cada um saiba o local deles em sua carteira.

      Eu também não sou nem um pouco fã de imóveis físicos para fins de investimento. Comprar ações, FIIs, Tesouro e até stocks é algo tão simples e prático que só de pensar na burocracia que é a compra de um imóvel já dá uma preguiça grande. E quando se pensa nas desvantagens, trazidas por você (são sempre caros, possuem péssima liquidez, etc), a preguiça aumenta ainda mais.

      Mas, apesar disso, também tem seu lado positivo: é um ativo de difícil confisco, no longo prazo TENDE a se valorizar acima da inflação e acima da renda fixa, e se algo acontecer, você ainda pode morar dentro dele (o que não ocorre no caso dos FIIs). Ou seja, apesar de todas as desvantagens, possui características peculiares.

      Particularmente, acho que faz sentido numa carteira grande e diversificada. Quando o patrimônio for grande o suficiente para que um imóvel de aluguel represente um percentual razoável, de forma a minimizar os riscos comuns a este ativo, acho interessante incluir, com o intuito de ampliar a diversificação e a segurança.

      É uma questão de escolha, mesmo, e certamente não é o investimento mais prático a se fazer. Abraços!

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  9. Pi, mais um ótimo post, e parabéns pelo super aporte.

    Sucesso,

    Abraço

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  10. bem...mais uma guerra
    o mundo tá voltando ao normal mesmo

    abs!

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    1. Scant,

      O mundo pós-45 foi uma das épocas mais pacíficas da história, apesar da tensão entorno de uma guerra mundial a realidade mostrou-se limitada a meia dúzia de conflitos.

      Abraços,
      Pi

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    2. sim, tempos de calmaria, por exemplo:
      a Guerra do Vietnã (de 1955 a 1975);; as ditaduras militares no Cone Sul (durante as décadas de 1960 e 1970); o Massacre de Chatila (em 1982); o Genocídio de Ruanda (em 1994), o Genocídio de Srebrenica (em 1995); o conflito Israeli-Palestino (de 1947 até o presente); o Genocídio de Darfur (em 2003) e as violações de direitos no contexto de “Guerra Preventiva ao Terror”, levada a cabo pelos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro de 2001.

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    3. fonte: https://diversitas.fflch.usp.br/node/3469#:~:text=XX%3A%20o%20Genoc%C3%ADdio%20Arm%C3%AAnio%20(de,1945)%3B%20a%20Guerra%20do

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    4. https://www.youtube.com/watch?v=otdHOwDeZ2A

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  11. O crescimento está excelente!
    parabéns PI
    abraço

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