quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Fechamento Dezembro/2024: R$ 456.479,04 (-1,06%)

Mantendo a tradição de não comentar notícias no fechamento de final de ano, mas inovando e olhando para o futuro e não para o passado. Acredito que nossas últimas semanas de 2024 foram quase apocalípticas do ponto de vista do noticiário econômico, o governo parece quer desagradado demais o mercado com o pacote de cortes de gastos, o presidente Lula parece que tá pagando para ver a deterioração econômica acontecer nos próximos meses, eu ainda aposto que é quando a deterioração vier que ele fará um ajuste mais forte dos gastos públicos.

O maior medo do Lula é a impopularidade e a alta dos preços e do desemprego certamente não são às coisas mais populares para a população.

Olhando para a projeção do FOCUS de 2025 considero que se o PIB crescer 2% no ano será um resultado bem satisfatório e certamente incapaz de espalhar um sentimento de crise generalizada na economia. Se a geração líquida de emprego em 2025 ainda for positiva também será uma enorme conquista, apesar de parecer menos provável. O que duvido é de uma inflação de 5%, após uma alta tão intensa do dólar.

Dos fatores externos a relação Brasil-EUA será o fato mais significativo, exceto por alguma crise econômica internacional não prevista. Vamos ver até que ponto Trump está disposto a entrar em disputa econômica com o Brasil para pressionar a favor de Bolsonaro e seus aliados. Aposto que Lula tentará uma aproximação com o americano, ainda mais em um momento em que o governo petista está fragilizado.

FECHAMENTO DEZEMBRO – ANUAL

Rentabilidade

Em 2024 terminamos com uma alta de 8,85%, isso representa apenas 82% do CDI do período. Certamente um desempenho muito abaixo do esperado e abaixo da taxa livre de risco, claro, grande pare dessa perda de retorno aconteceu em dezembro. Se olharmos exclusivamente para o mês, o desempenho foi ruim, mas não tanto quanto o mercado de renda variável que viu o IBOV cair quase -4%.

De qualquer forma o principal objetivo que é ter uma valorização acima da inflação foi alcançado, um sinal claro de alerta é ter desempenho abaixo da inflação anual.

Aportes

Em 2024, aportei um total de R$ 47.832,25, foi um crescimento de +15,09% em comparação com 2023.

Sobre os aportes posso considerar que foi um ano melhor do que o esperado, principalmente levando em conta que passei por duas mudanças de cidade nesse período, apesar de ter feito um forte provisionamento de reserva em 2023, usei parte desse valor no começo de 2024 e todo o valor na segunda mudança no meio do ano.

Poderia até ter registrado um aporte ainda maior, mas como não fiz o aporte em dezembro, acabou que ficará para 2025.

Nesse mês especificamente investi apenas o saldo de dividendos acumulado na Avenue (equivalente a R$ 336,69) que já está incluso na soma dos aportes anuais.

Renda Passiva


Nos doze meses de 2024 recebi um total de R$ 7.799,04 em proventos de renda passiva, esse resultado significa um crescimento de +18,15% no ano.

O valor foi melhor distribuído ao longo do ano em comparação com 2023, se observamos no gráfico o recorde de melhor mês em proventos continua com 2023, quando alcançamos mais de R$ 1,2 mil em um único mês. Em 2024 em nenhum mês o total recebido ultrapassou R$ 1 mil.

De qualquer forma como uso os proventos integralmente para reinvestimentos não me preocupo com essa irregularidade nos meses e não me importo que às empresas utilizem os proventos para reinvestir nos negócios ou reduzir o endividamento, até considero que é melhor para a carteira no longo prazo. O que vale é termos consistência em dividendos e desempenho econômico-financeiro das companhias.

Composição da carteira

A carteira permanece com a tendência de crescimento da parcela de renda variável, hoje 54,24% dos ativos são de renda variável (ações brasileiras, ETFs BR, ativos do exterior, FIIs e Fiagros).

Ao contrário do ano passado onde o crescimento da parcela de renda variável foi impulsionado pela carteira de ações brasileira, nesse ano o impulso veio da carteira de ativos internacionais (IVVB11 e posições no exterior), ela cresceu de 15,41% para 20,55% do total do patrimônio.

O patamar de 20% do patrimônio em ativos do exterior ou atrelados ao exterior é algo que considero relativamente adequado para a carteira.

A parcela de fundos imobiliários e Fiagros recuou de 6,05% para 4,30%. Essa parcela da carteira não recebeu aportes ao longo do ano é natural que tenha perdido participação. Existe a possibilidade de voltar a aportar nessa classe para manter ela acima de 5% do total do patrimônio, mas não me empolgo com esses ativos.

Carteira de ações

A carteira registrou uma única troca nesse ano, com a aquisição da AES Brasil pela AUREN, decidi que não fazia sentido continuar com a companhia e por isso realizei a venda pouco tempo após o anúncio da fusão. A saída da AES Brasil foi seguida pela entrada da SLC Agrícola, o motivo é que a SLC é de um setor que não tinha representatividade na minha carteira.

Depois que a SLC entrou na carteira ela ficou com um percentual pequeno na composição total, pois a própria AES Brasil tinha uma baixa representatividade, mas aportei outras duas vezes (seguindo sempre a estratégia de comprar o papel que estava para trás em % na carteira). Hoje ela é a maior participação.

De resto posso destacar a derrocada da Hypera, que despencou praticamente pela metade do preço médio. A empresa sofreu com receitas abaixo do esperado, margens piores e invernos quentes (prejudicando a receita do antigripais). De qualquer forma não pretendo me desfazer dos ativos e receberá novos aportes em janeiro.

Fundos Imobiliários

Ativos

(%) da carteira de Fundos Imobiliários

CPTS11 (Papel)

14,98

HGLG11 (Tijolo - Logística)

13,54

KNRI11 (Tijolo - Diversificado)

13,27

KNSC11 (Tijolo - Papel)

26,13

MALL11 (Tijolo - Shopping)

16,56

RURA11 (Fiagro - Papel)

6,28

RZTR11 (Papel)

9,24

Essa classe de ativos segue abandonada por mais um ano. O destaque fica pelo desempenho ruim do RURA11 e do RZTR11 que sofrem com os problemas de inadimplência da classe e alguns problemas internos pontuais. Entretanto a queda também foi expressiva no MALL11 e no KNRI11 que são fundos de papéis, mas não acompanhei de perto para entender o motivo.

Ativos do exterior

Ativos

(%) da carteira de ativos no exterior

IVVB11 (S&P500BRL - com exposição cambial)

58,53

SCHD (ETF de dividendos americano)

25,12

SCHP (ETF de inflação americano)

8,63

VNQ (ETF de Real Estate americano)

7,72

A participação do IVVB11 cresceu levemente na carteira, impulsionado pelo IVVB11 que replica o todo do índice S&P500 e que performou melhor do que os outros índices replicados pelos outros ETFs.

O impulso cambial também ajudou a ampliar a participação relativa dessa classe na carteira.

Vida profissional

Ano complexo, me mudei de estado em busca de crescimento profissional, de fato consegui uma posição que é um avanço de carreira, mas confesso que em termos de custo vs. aumento de salário não foi tão interessante nenhuma das duas mudanças. Soma-se a isso que a segunda mudança foi basicamente uma bomba, o suficiente para destruir o crescimento do meu bônus, apesar de não ter extinguido ele como eu imaginava anteriormente.

Do ponto de vista do futuro infelizmente não é muito positivo, tive uma reunião complexa com meu gestor imediato, ficou claro que ele tem algo contra mim (não sei exatamente o que), me ameaçou de desligamento na próxima revisão de time, mas questionei exatamente o que era meu problema, ele não de respostas claras, inclusive levantei para ele que os times com quem eu trabalhava em conjunto em minha unidade gostavam muito do meu trabalho, ele reconheceu que havia recebido muitos feedbacks positivos, mas que isso não bastava para ele.

Vamos ver se ele levará até o fim às ameaças, de qualquer forma até lá sigo trabalhando normalmente.

Vida pessoal

Sem evoluções na vida amorosa. Pelo menos comecei a academia no final de outubro e tenho ido semanalmente 2x por semana (acompanhado por um personal), exceto por uma pausa agora no final de ano. Até agora sem ganhos perceptíveis, inclusive sinto que estou mais gordo, mas vou tentar começar a corrigir essa questão do peso agora em janeiro).

Para 2025 o objetivo é seguir na academia e aumentar meus ganhos de força e resistência. Se tiver algum ganho de massa muscular e definição, melhor ainda.

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Em linhas gerais não posso dizer que 2024 foi um ano ruim, não tive problemas de saúde e nem ninguém da minha família (isso é o mais importante). Do ponto de vista profissional acho que não foi uma mudança interessante, mas tudo bem, nada é para sempre. O lado financeiro foi melhor do que o esperado.

Seguimos firmes para 2025! Na torcida que o próximo ano seja ainda mais abençoado.

Um excelente 2025 para todos nós!

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AVISO: Esse blog é apenas um relato de experiências e opiniões pessoais, trata-se da visão do autor e aplicada apenas a singular realidade social, psicológica e econômica em que ele está inserido. Tendo isso em mente o leitor deve desconsiderar qualquer postagem ou comentário desse blog para a tomada de decisão sobre investimentos. Se você leitor deseja orientação de investimentos, procure profissionais qualificados.